As cadeias de distribuição contribuem para segurar o preço dos produtos. Segundo um estudo da Roland Berger, apresentado pela APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição), os preços médios dos artigos que são, na sua maioria, vendidos através de supermercados e hipermercados cresceram abaixo da inflação entre 2003 e 2005. O preço do leite, por exemplo, com 88% das vendas feitas através da distribuição moderna, subiu 1,1% no período em análise, abaixo do valor da inflação no mesmo período, de 2,5%. O mesmo acontece com o queijo, cujo preço cresceu 0,7%, ou com as bolachas, que subiram 0,2%.
Para atingir a densidade de superfícies comerciais por habitante da União Europeia (UE), Portugal teria de abrir mais 1990 estabelecimentos: 117 hipermercados e 1873 supermercados e discounts. Isto porque, em Portugal, cada hipermercado serve 139 074 habitantes (a média da UE é de 53 517), cada supermercado, discount ou loja de conveniência serve 3 242 (acima dos 2 015 habitantes da média europeia). Pelo contrário, Portugal tem uma maior densidade no comércio tradicional - cada loja serve 518 habitantes, enquanto que na UE é 1 358.
Fonte: Diário de Notícias, aqui. Estes números são merecedores de reflexão. Portugal mudou muito em muitas áreas e a Distribuição é uma delas. Muito pequeno comércio desapareceu fruto do surgimento dos hipers mas, a avaliar pela tendência da Europa, não vamos ficar por aqui. As ameaças permanecem. Os sobreviventes terão de dar resposta a preocupações diferentes...descobrindo novas oportunidades.