"A luta é necessária e nós vamos ser capazes de lhe dar uma enorme dimensão." O líder da CGTP, Carvalho da Silva, encerrou ontem com um aviso ao Governo o desfile do 1º de Maio da Intersindical. Mas ainda sem concretizar, deixando todos os cenários em aberto - recurso à greve inclusive. "Não excluímos qualquer forma de luta possível, optaremos pelas que se mostrem necessárias e mais eficazes para defender os direitos de todos os trabalhadores", afirmou Carvalho da Silva, que remeteu depois para o Conselho Nacional (que reúne na próxima terça-feira) uma decisão mais concreta.
Quando ouvimos os discursos dos dirigentes sindicais não conseguimos situar-nos no tempo, de tão velhos e gastos que estão. Os principais protagonistas não mudam - Carvalho da Silva vai fazer uma década como secretário geral da CGTP - e o discurso é o mesmo de sempre "a luta é necessária e vamos ser capazes de lhe dar uma enorme dimensão". Agarram-se a um modelo de sociedade que se encontra esgotado e não têm em conta a globalização. Os sindicatos têm um papel importante nas sociedades democráticas, são essenciais para a construção da necessária coesão social mas os seus dirigentes têm de estar à altura dos novos desafios. Portugal precisa melhorar a sua competitividade. É preciso aumentar a flexibilidade mas ao mesmo tempo criar condições para que o trabalhador veja valorizado o seu papel. É um problemas de todos, não apenas dos empregadores. Os sindicatos devem fazer parte da solução, não do problema, se, de facto, pugnam pelo interesse dos trabalhadores.
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