Quem sabe faz, não espera apoios...

Publicada por José Manuel Dias


Pela primeira vez, nos últimos anos, o crescimento das exportações portuguesas de têxtil e vestuário superou a evolução das importações. O balanço dos dois primeiros meses deste ano, da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), aponta para um aumento das exportações do sector de 6,8% e das importações em 5,3%. Em números, o crescimento das vendas para o exterior correspondeu a 762,3 milhões de euros, enquanto as importações atingiram 600 milhões de euros. [...]
O saldo positivo da balança comercial de um milhão de euros, em 2007, e os primeiros dados deste ano são, para Nunes de Almeida, um sinal de que o crescimento das exportações "não é um fogacho". Já o comportamento até ao final de 2008 é impossível de prever. "É difícil fazer previsões porque trabalhamos, cada vez mais, com horizontes muitos curtos. A nossa indústria evoluiu para a resposta rápida e carteiras de encomenda muito curtas", o que torna tudo mais imprevisível, explica Nunes de Almeida
Do Jornal de Notícias desta data, a ler na íntegra aqui.
Sáo conhecidas as dificuldades do sector num passado recente, o fecho de inúmeros unidades, os despedimentos colectivos, as ameaças dos produtos chineses mas, para usar as palavras do presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção, Orlando Lopes da Cunha, "o poder de regeneração do têxtil é forte. É um sector que está bem enraizado, tem tecnologia e é especializado". Já não concordo quando afirma que se sector "sozinho conseguiu chegar até aqui, agora imagine o que aconteceria se tivesse tido o amparo que merecia da parte do Estado" . Quando se tem sem esforço, o estímulo para melhorar é muito menor ou, dito de outro modo, são as dificuldades que aguçam o engenho...

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