"Uma das principais questões - talvez a mais decisiva - em debate político na Europa, é a do destino do Estado-Providência. Estará ele condenado pela evolução das últimas décadas? Será ele capaz de inspirar novas respostas aos complicadíssimos problemas que o mundo enfrenta?"
Manuel Maria Carrilho, em artigo de opinião do DN de hoje, a ler na íntegra aqui, coloca-nos duas interessantes questões que vêm merecendo atenção crescente. Já ninguém questiona a dificuldade do Estado Social em assegurar o financiamento da sua actividade uma vez que promete quase tudo a todos mas que corre o risco de não cumprir com quase nada a quase todos.
No artigo ficamos a conhecer a posição do dinamarquês G. Esping-Andersen, autor do clássico The Three Worlds of Welfare Capitalism e um dos especialistas mundiais do Estado-Providência. Do que se lê podemos reter uma ideia: impõe-se uma reformulação do modelo de intervenção do Estado se queremos responder aos desafios do século XXI. No seu entender o Estado Social deve " assumir uma propensão mais dinâmica, enfrentando não só a nova situação que resulta hoje dos percursos individuais no mundo do trabalho, mas também as desigualdades entre os géneros e entre as gerações". Um artigo imperdível!
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