Cavaco Silva falou ao país de esperança, resumindo: é cada povo que faz o seu destino. Para que se cumpra o de Portugal, o Presidente quer resultados na educação, no crescimento económico e na justiça. Dito de outra forma, exige melhor educação, uma justiça mais rápida e a economia a crescer. Conversa do costume ? Não!
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Cavaco parece considerar que parte dos portugueses se habituaram a esperar resultados - não a batalhar por eles. Quando repisa que o país precisa de todos, esta a pedir menos passividade no contacto com a má moeda. Quer união de interesses. Crítica óbvia: isso todos dizem. É verdade. Mas o Presidente da República foi claro: identificou três áreas e comprometeu-se a avaliar se as reformas (essas três reformas) surgem já em 2007. Cavaco não estava a lançar avisos a Sócrates: estava a tentar motivar o país.
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O recado de Cavaco é para os empresários ( que precisam de copiar mais o investimento em inovação), como é para os alunos (a quem se exige que estudem mais) ou para os juízes que, sendo muito mais numerosos em Portugal do que Inglaterra (por habitante) são tremendamente menos eficazes. Numa frase, é um recado a um país de gente que se demitiu de fazer, esperando que alguém faça por si.
Martim Avillez de Figueiredo
Editorial do Diário Económico de 3 de janeiro de 2007
José Manuel... Parece que não há mesmo diferença entre a vida política de um país e a de cada um de nós: tudo depende das escolhas, dos objetivos a perseguir,do plantio ...reparaste q é a mesma coisa??? Beijo grande!
Assim é, de facto, Cris. Sucede que a maioria espera que o Governo lhe "dê a felicidade" esquecendo-se que a procura da felicidade é da sua inteira responsabilidade.
Bjs