Era uma vez um homem original que queria apanhar a sua própria sombra. Dava um passou ou dois na sua direcção, mas ela afastava-se. Acelerava o passo mas ela fazia o mesmo. No final, começou a correr e a sombra correu também, recusando-se totalmente a entregar-se, como se fosse um tesouro. Mas repare! O nosso excêntrico amigo aproxima-se e afasta-se rapidamente da sombra. Se olha para trás, agora é ela que corre atrás dele. Senhoras, sinceramente, com frequência tenho observado (...) que a sorte nos trata de forma semelhante. Um homem tenta com todas as suas forças agarrar a deusa, e apenas desperdiça tempo e trabalho. Outro parece fugir dela; mas não: é ela que tem prazer em o perseguir.
Ivan Kriloff (1768-1844)
Vim retribuir a visita.
Não conhecia este texto, e já anotei o autor.
Abraço e bom fim de semana
Anabela Quelhas
http://arkimagem.blogspot.com/
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José,
que belo e profundo texto.
Abraços, Guilherme
Gostava de ser o "Outro", aquele a quem ela persegue.
Se a sorte fosse tao previsivel como a sombra, saberíamos se deveriamos correr ou deixarmo-nos apanhar... Pelo menos a sombra obedece às leis da física!
Boa semana!
Como gostei de ler!
Olá José Manuel!
Este relato é, no fundo, a história da vida...Boa moralidade...
Bjs. Boa semana.
Excelente, passamos a vida atrás das sombras, enquanto outros na sombra nos perseguem. Boa semana
Bom dia!
...nada como saber perseguir os objectivos que podem ser perseguidos... mas nem sempre temos paciencia para a sabedoria!
Bjicos