O que perturba os homens não são as coisas, mas os juízos que os homens formulam sobre as coisas. A morte, por exemplo, nada é de temível - e Sócrates, quando dele a morte se foi aproximando, de maneira nenhuma se apresentou a morte como algo de tremendamente terrível. Mas no juízo que fazemos da morte, considerando-a temível, é que reside o aspecto terrível da morte. Quando somos hostilizados, contrariados, perturbados, atormentados e magoados, não devemos sacar as culpas a outrem, mas a nós próprios, isto é, aos nossos juízos pessoais e mais íntimos. Acusar os outros das suas infelicidades é mera acção de um ignorante; responsabilizar-se a si próprio por todas as contrariedades é coisa de um homem que começa a instruir-se; e não culpabilizar ninguém nem tão pouco a si próprio, então, sim, então é já feito de um homem perfeitamente instruído.
Epicteto, filósofo, Roma ( 55-135) in 'Manual'
Nem mais. Aqui fica o meu pedido de desculpa aos portugueses pelo estado a que conduzi este país.
Cpts.
PS: E também pela derrota do meu Sporting.
Caro Abel Cunha,
Permita-me que deixe aqui, para reflexão de todos, uma máxima do nosso grande António Sérgio:
" Ora a boa política...é também como a boa educação a arte de emancipar os homens: e estou na crença de que o grande político - como o grande pedagogo - é aquele que com a máxima simplicidade e humildade trabalha constantemente para se tornar dispensável; e que treina o povo para se governar a si mesmo, com o mínimo de intervenção de quaisquer políticos".
Cumprimentos
O que perturba os homens não são as coisas, mas os juízos que as mulheres formulam sobre eles. A Amor e sexo, por exemplo, nada é mais temível .
Mas no juízo que fazemos das mulheres, considerando-as temíveis, é que reside o aspecto terrível das mulheres. Quando somos hostilizados, contrariados, perturbados, atormentados e magoados, não devemos sacar as culpas a outrem, mas a nós próprios, isto é, aos nossos juízos pessoais e mais íntimos.
Desculpe lá... apeteceu-me.
Qto ao essencial concordo plenamente com o texto.
Ui! Tenho que me instruir!
me llama la atencion lo bueno que es tu blog, lleno de Cultura
un abrazo y que estes muy bien
besos y sueños
Mas o outro Sócrates, aquele que nós sabemos, é tremendamente terrível!!! he he he he
Beijinhos
Se todos assumissemos as nossas culpas e trabalhassemos sobre os nossos erros a seu tempo terriamos menos culpas para assumir.
Eu culpada me declaro de tudo o que esta mal neste mundo... por certo haveria alguma forma de ajudar e não o fiz.
Culpados somos muitas vezes de simplesmente andar distraidos... demasiado distraidos.
Isabel
Gostei!Concordo com tudo.
Mas é difícil não culpar ninguém incluindo nós! Claro que o que interessa aqui é não culpar mesmo ninguém, mas sim, aprender que devemos tentar fazer sempre melhor!De quem é ou foi a culpa não ajuda em nada...só se perde tempo a veriguar enquanto há muita coisa por fazer.
Beijo
Excelente escolha José.
Por acaso conhecia e estive, inclusive, para o publicar no meu Mar.
Há, no entanto, uma afirmação com a qual estou em desacordo, esta: "Quando somos hostilizados, contrariados, perturbados, atormentados e magoados, não devemos sacar as culpas a outrem, mas a nós próprios, isto é, aos nossos juízos pessoais e mais íntimos".
Se sou inopinadamente hostilizada, contrariada, perturbada, atormentada e magoada pelos outros, posso considerá-los culpados (independentemente de lhes sacar culpa e lhes pedir responsabilidades).
Não posso culpabilizar-me por algo a que não dei azo,ou no qual não tive participação alguma.
Um BOM fim-de-semana.
Muitas vezes a culpa não é mesmo nossa! :)
Ora, caro Amigo JMD, eu estou na segunda fase, começo a instruir-me.
Bfs para si e todos os que aqui passam.
Viva Dr.:
Pois... mas isso é uma lição para aprender ao longo da vida.
O problema passa a existir quando as pessoas "passam" pela vida sem isso terem descoberto.
Passa um bom fim de semana.
Um abraço,