OE 2007

Publicada por José Manuel Dias


A tradição organizacional portuguesa deu sempre menos atenção ao desafio da produtividade, quer no sector privado, quer no sector público.
No primeiro, a preferência pela ausência de concorrência, desde os bens aos serviços, deu maior prioridade à captação de subsídios ou de licenças do Estado e no segundo conhece-se mal o próprio conceito de custo, especialmente nas empresas públicas cujos orçamentos acabam por ser supridos pelo Estado, aumentando a dívida pública.
Compreende-se, assim, que os indicadores actuais de produtividade do nosso país estejam próximos de apenas 60% da média comunitária.
A proposta de Orçamento de Estado para 2007, ao reduzir a despesa pública em 2,4% do PIB de 2005 para 2007 ( 47,8% para 45,4% ) insere-se no plano traçado e permitirá melhorar a qualidade de serviços prestados pelo sector público desde que se estabeleçam os necessários programas de melhoria da eficiência dos organismos e dos processos actuais.
Luis Valadares Tavares
Presidente do Instituto Nacional de Administração
in Diário Económico de 25 de Outubro de 2006

3 comentários:

  1. Guilherme Roesler disse...

    José, realmente, a competição é a alma do "negocio". Bons produtos e com baixo preço. Abraços, Guilherme

  2. Arauto da Ria disse...

    Caro José M.Dias, a produtividade tem sido o nosso "calcanhar de Aquiles", mas se os nossos trabalhadores no estrangeiro são dos melhores, porque será que aqui produzem tão pouco? Ou a mentalidade deles muda logo que passam a fronteira, ou então nós não os sabemos aproveitar e insentivar.
    Mas é uma realidade nós produzimos pouco.
    Bfs

  3. A Professorinha disse...

    Quem produz o PIB? As empresas públicas ou as privadas? É que tenho a ideia que são as privadas... Se isso é verdade então não serão as privadas que estão a trabalhar e a produzir deficientemente?

    É só uma ideia que tenho, nem sei se estará correcta.

    Fica bem