O sector da cortiça ocupa lugar de destaque no panorama industrial português, sobretudo pelo seu valor estratégico, que é derivado, basicamente, do papel privilegiado que Portugal detém em termos de matéria - prima - o sobreiro - e da sua transformação, nomeadamente no seu principal produto que é a rolha.
O sobreiro tem uma longa vida, de 150 a 200 anos, tornando-se produtivo ao fim de 25 anos. Ao processo de extração da cortiça dá-se o nome de descortiçamento. Em média, cada sobreiro dá 16 descortiçamentos, sempre de 9 em 9 anos. Após a extração, inicia-se o processo de fabrico de diversos produtos, sendo o principal, no qual Portugal dispõe de liderança absoluta em termos de quota de mercado mundial, a rolha.
Michael Porter, no seu estudo sobre a economia portuguesa, considerou este sector como um cluster", ou seja, um dos principais pólos de competitividade da economia portuguesa.
O sector dos vinhos consome a nível mundial 13,5 mil milhões de rolhas de cortiça, refere o semanário Sol, de 30 de Setembro p.p.. A cortiça domina o mercado de vedantes para o vinho com uns expressivos 79,4%, correspondendo, no caso português, a exportaçõe de 874 milhões de euros, segundo dados a APCOR, Associação Portuguesa de Cortiça, relativos a 2004.
As rolhas de cortiça estão, no entanto, a perder terreno para outros vedantes (cápsulas de alumínio e de plástico). A Associação Portuguesa de Cortiça sentiu, por isso, a necessidade de promover o uso da rolha e, em parceria com o ICEP, contratou José Mourinho, treinador do Chelsea, para recuperar os mercados do Reino Unido. " If it´s not a real cork, take a walk" é a frase do cartaz que associa o José Mourinho a uma rolha de cortiça natural. Uma campanha com efeitos positivos e que tem ajudado a combater vedantes alternativos à rolha de cortiça. Os portugueses sabem que um bom vinho merece uma boa rolha...Têm, por isso, a reponsabilidade de "avisar toda a gente", a bem da nossa economia.
Sim senhor.
Recado entendido. Assim farei.
E mais, não permitirei que me seja servido vinho se não vier acompanhado da devida rolha de cortiça natural. :-)
que interesante tu blogs
es un maravilla encontrar espacios asi, donde ademas se conoce mas
gracias por tus saludos en Fragmentos, es un espacio para lo que a veces se olvida del mundo y se comparte
un abrazo y que estes muy bien
besitos y muchas gracias
Portugal es para mi un bello pais con un idioma maravilloso y bellas personas
algun dia lo conocere
besos y sueños
O ataque às rolhas de cortiça começou faz uns anos sem que o Amorim tivesse conseguido até agora, inverter a tendência crescente da utilização de outros vedantes.
Esta é uma excelente noticia (Mourinho), porque este, é sem dúvida um problema nacional.
Um abraço
O teu blog trata um tema muito pertinente. Eu sou natural de uma região de bom vinho e simultaneamente a maior produtora de cortiça a nível nacional, o Alentejo. Não posso estar mais de acordo com a desfesa do que é nosso.Nada melhor do que uma rolha de cortiça para conservar a qualidade do vinho.
Um beijo
Boa rolha, bom vinho. Infelizmente, na América do Sul alguns produtores estão utilizando "rolhas" de plástico. É uma desgraça.
Abs.
Portugal é uma jóia rara!