Depois de ter lido isto, fiquei com uma dúvida. Será que foi tido em conta o PSC, isto é, o melhor projecto que poderia ser realizado e financiado directamente pela Administração Pública - em "procurement" tradicional - para efectuar, com todos os requisitos especificados, o provimento do serviço e atingir os mesmos objectivos que o projecto PPP (Parceria Público Privada)? E será que foi apresentado o VfM (Value for the money) tendo em conta o valor líquido de cada uma das alternativas e os correspondentes benefícios (económicos e sociais), sujeitos a critérios de ponderação que traduzam as exigências e requisitos previamente definidos para o projecto e output?
Todos sabemos que as PPP estão a implicar uma mudança da hábitos na Administração Pública e uma transferência de poder de decisão para novos centros. Um acordo de PPP não se confina a um contrato redigido por Advogados. Deve ser o confluir de pareceres de diversos especialistas ( gestores, financeiros, juristas...) que especifiquem quais são os outputs esperados. É bom que não se negligenciem aspectos críticos para que a "boa decisão" de hoje não se venha revelar o "erro de amanhã", com elevados custos para o contribuinte.
Para um maior desenvolvimento desta temática permito-me sugerir " AS PPP/PFI Parcerias Público Privadas e a sua Auditoria", Pombeiro, António A. Figueiredo, Áreas Editora, Lisboa (2003)