Voltaire, vivia exilado em Inglaterra, numa época em que o sentimento anti-francês estava no auge. Um dia, ao caminhar pelas ruas, viu-se cercado por uma multidão irada. «Enforquem-no, enforquem o francês», gritavam. Voltaire calmamente dirigiu-se à turba, dizendo o seguinte: «Ingleses! Desejam-me matar porque sou francês. Não fui já suficientemente punido por não ser inglês?!». A multidão aplaudiu as suas palavras sensatas e escoltou-o de volta aos seus alojamentos.
Serve esta pequena história para ilustrar uma das situações com que, de modo recorrente, nos confrontamos. O que muitas vezes nos causa problemas não é o facto em si mas a nossa reacção exagerada. A sensatez recomenda-nos que nos inclinemos, embora por dentro possamos permanecer firmes. Sem motivo para se zangar o adversário fica confuso e temos tempo e espaço para pensarmos numa estratégia adequada em ordem a salvaguardarmos os nossos interesses.
Também acredito na força da argumentação e não no confronto direto e sem sentido..todos acabam perdendo..Forte Abraço.
Mais do que argumentação, foi uma boa saída diplomática...
É assim em tudo na vida.
"Voltaire vivia exilado em França"?
Tirando isto, é uma boa lição. Mas, por vezes, os que mais precisam das lições são as que menos as ouvem. Como é que a formação lida com isso?
Abraço.
Caro Porfírio,
Obrigado pela nota, já está corrigido. A questão colocada não tem resposta fácil. Todos são adultos, todos são responsáveis...Por outro lado, o estado não pode divorciar-se da realidade. O estado deve ou não intervir? E se o deve fazer, até aonde deve ir? Essa é a grande discussão dos dias de hoje.
Uma coisa é certa : não convém pedir ao estado o que ele não pode dar...
Abraço