Sabedoria dos clássicos

Publicada por José Manuel Dias


As minhas escolhas de pensamentos clássicos que ainda hoje nos inspiram:

1. Nada perdura, senão a mudança.
Heraclito, filósofo grego
2. Somos aquilo que fazemos consistentemente. Assim a excelência não é um acto mas sim um hábito.
Aristóteles, filósofo grego
3. Os Deuses ajudam aqueles que se ajudam a eles próprios.
Esopo, fabulista grego
4. Tememos as coisas na medida em que as ignoramos.
Tito Lívio, historiador romano
5. Não é por as coisas serem difíceis que não temos ousadia. É por não termos ousadia que as coisas são difíceis.
Séneca, escritor romano
6. O nosso gasto mais dispendioso é o tempo.
Teofrasto, filósofo grego

Kaizen

Publicada por José Manuel Dias


O Kaizen é uma das muitas ideias orientais que foram adoptadas por empresas ocidentais. O Kaizen, nas palavras de Masaki Imai, antigo Presidente do Instituto Kaizen, significa uma melhoria contínua que envolve todos de igual forma, trabalhadores e gestores. O Kaizen é também conhecido por «refinamento», como um processo pelo qual um diamante é polido até se tornar uma jóia de elevada qualidade. A empresa Toyota é conhecida por aplicar os princípios do Kaisen.
O Kaizen baseia-se em três preceitos estruturantes:
1) os recursos humanos são o bem mais importante de uma empresa;
2) os processos devem desenvolver-se através de uma melhoria contínua;
3) a melhoria deve traduzir-se numa avaliação qualitativa do desempenho nos diferentes processos.
Uma analogia que ilustra estes princípios é a história do "O Tesouro de Bresa". Um pobre alfaiate compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo, ele tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Com esse propósito tem de estudar e aprender os idiomas. Em resultado dos novos conhecimentos começam a surgir-lhe oportunidades. O alfaiate, lentamente e de forma segura, começa a prosperar. Depois, é preciso decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar os estudos e, por essa via, melhora as suas competências e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum - na busca do segredo, a pessoa desenvolveu-se tanto que ela mesma passa a ser o tesouro. O processo de melhoria não deve acabar nunca, e os tesouros são conquistados com saber e trabalho. Por isso, a viagem é mais importante que o destino.

O excessivo peso da despesa pública e a ilusão da gratuitidade

Publicada por José Manuel Dias


"Em Portugal, à semelhança do que acontece na maior parte do mundo ocidental, a despesa pública tem vindo a crescer de tal forma que o Estado absorve já cerca de metade de toda a riqueza produzida. Não obstante a existência, em cada período, de diferentes ritmos de crescimento da despesa pública, ao longo das últimas décadas a tendência tem sido de franca expansão, mesmo quando o discurso político dos governantes aponta em sentido contrário.
De facto, e apesar dos avanços no sentido de devolução à iniciativa privada e à sociedade civil de alguns sectores da economia, o Estado continua a monopolizar o fornecimento de muitos bens que não podem caber em nenhuma definição de «bem público», por mais abrangente que esta seja. É o caso do fornecimento estatal de serviços como a educação, a saúde, os meios de comunicação social, os transportes e parte significativa das obras públicas , que reunem indiscutivelmente as características de rivalidade e exclusão no consumo, constituindo por isso bens privados (bens privados «puros» se preferirmos) perfeitamente passíveis de serem fornecidos pelo mercado. Ainda que se entenda que o acesso a alguns desses bens privados, como a educação ou a saúde, deve ser garantido pelo Estado, tal não é de modo algum justificativo do monopólio estatal da sua provisão. ( .../...)
O facto de os bens produzidos pelo Estado serem financiados colectivamente gera, por parte de quem deles beneficia, a ilusão de que os mesmos são gratuitos. Dado que os custos são difundidos por todos os contribuintes, esta «ilusão» torna-se, pelo menos até certo ponto, uma realidade quando os bens em causa beneficiam, como frequentemente acontece, os interesses particulares de grupos de reduzida dimensão. O problema é que, como refere Pascal Salin, cada grupo ou indivíduo tende a estar mais interessado em obter privilégios à custa do Orçamento de Estado do que em combater os privilégios concedidos aos restantes grupos ou indivíduos. "
in " O que é a Escolha Pública? Para uma análise económica da política, pág 93,94, André Azevedo Alves e José Manuel Moreira, Principia, Publicações Universitárias e Científicas, Cascais ( 2004)

+ 52.801 empregados

Publicada por José Manuel Dias


Mais 52.801 indivíduos passaram a ocupar um posto de trabalho, entre o primeiro trimestre do ano e o segundo. Este total resulta da subtracção de número de pessoas que, neste período, entraram no mercado de trabalho (139.958), pelo total de indivíduos que passaram a uma situação de desemprego ( 87.157).
Estas contas pertencem ao Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério de Economia e Inovação e foram divulgadas hoje pelo Caderno Economia do Semanário "Expresso".
Esta dinâmica, mais pessoas a conseguirem emprego do que pessoas a perderem posto de trabalho, concorreu, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, para a diminuição da taxa de desemprego ( desceu de 7,7% para 7,3% de um trimestre para outro).

10 Provérbios Chineses

Publicada por José Manuel Dias


Com ensinamentos intemporais:
1. "A quem sabe esperar o tempo abre as portas."
2. "Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa."
3. "Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos."
4. "Temos uma boca e dois ouvidos mas jamais nos comportamos proporcionalmente."
5. "Jamais desespere no meio das mais sombrias aflições da sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda."
6. "Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."
7. "Não há que ser forte. Há que ser flexível."
8. "Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje."
9. "Aquele que pergunta, pode ser um tolo por cinco minutos. Aquele que deixa de perguntar, será um tolo para o resto da vida."
10. "Se parares cada vez que ouvires o latir de um cão, nunca chegarás ao fim do caminho."

A liderança e os Vinte e sete artigos

Publicada por José Manuel Dias


A estratégia dos Aliados para derrotarem os alemães durante a I Grande Guerra, estava dependente do comportamento dos britânicos perante os turcos no Médio oriente. Os exércitos árabes eram decisivos no apoio ao exército de Sua Magestade. Os oficiais britânicos que falavam árabe foram destacados para o exército árabe como conselheiros. Um destes oficiais foi T.E. Lawrence. que ficou para a história como Lawrence da Arábia. O capitão Lawrence teve grande sucesso junto dos árabes devido à compreensão da sua cultura e à sua capacidade para ser bem aceite.
Em Agosto de 1917, Lawrence escreveu uma súmula das regras que utilizou para lidar com os árabes, num artigo a que deu o título de " Vinte e sete artigos" e que foi publicado no Arab Bulletin destinado aos oficiais britânicos em combate na Arábia. São regras que ainda hoje têm actualidade e das quais nos permitimos transcrever:
- Vá devagar no início. É difícil recuperar de um mau começo.
- Aprenda tudo o que puder acerca dos seus constituintes. Ganhe e mantenha a confiança dos seus constituintes. Não desencoraje as ideias, mas garanta que pode controlar o resultados dos acontecimentos.
- Mantenha-se em comunicação com os seus constituintes. Um elogio bem colocado é a forma mais eficaz de conquistar alguém. Nunca discuta nem apresente emoções negativas em público: pode degradar-se a si mesmo.
- Os líderes são como actores num palco. Para serem bem sucedidos exige-se-lhes uma atenção constante ao papel que estão a desempenhar.
-Guarde a sua vida pessoal para si. Adira aos hábitos e costumes dos seus constituintes.
- O início e o fim do segredo de liderar pessoas é estudá-las constantemente. Mantenha-se sempre em guarda; nunca diga nada desnecessariamente. O seu sucesso será proporcional à quantidade de esforço mental que você lhe devotar.

Escuta activa

Publicada por José Manuel Dias


Quem já não não cometeu erros na transcrição de números? Quem já ouviu um nome que pouco mais tarde se apagou da memória? Quem já não falou com amigos e/ou clientes e foi confrontado com a pergunta : onde é que está(s) ?!
São situações vivenciadas de modo recorrente e que podem ser tendencialmente eliminadas se conseguirmos praticar a escuta activa. Não basta ouvir, é preciso captar o significado do que o nosso interlocutor está a dizer, exigindo-se, por isso, motivação e disciplina.
Para praticar a escuta activa devemos observar os seguintes procedimentos:
1- Estar consciente de si próprio. "Ouvir" com olhos, cabeça e ouvidos, olhando o interlocutor nos olhos e inclinando-se ligeiramente para a frente, de vez em quando reforçando a atenção.
2- Centrar a atenção no interlocutor.Tentar descobrir aquilo que , de facto, pretende dizer e , por via das perguntas, clarificar a sua mensagem.
3- Repetir o que se ouve. Reformular por palavras próprias aquilo que se entendeu que foi dito, tanto no que concerne às ideias como aos sentimentos.
Estudos já realizados comprovaram que, por regra, ouvimos metade do que é dito, prestamos atenção a metade do que ouvimos e lembramo-nos apenas de metade do que prestámos atenção. De facto, temos a tendência para ouvir o que queremos ouvir e ver o que queremos ver. Em resultado deste facto, a mensagem percebida por nós é muitas vezes completamente diferente daquela que o emissor desejava transmitir. A escuta activa visa, assim, melhorar a compreensão da mensagem.

Gestão matricial

Publicada por José Manuel Dias


A gestão matricial é um sistema para gerir empresas que tenham quer uma diversidade de produtos quer uma diversidade de mercados. Numa estrutura de matriz, existe uma dupla responsabilidade, a nível de produtos e a nível de mercados. Os gestores passam, assim, a ter uma dupla informação: uma por via da direcção de produtos e outra através da direcção de mercados.
Foi a multinacional holandesa Philips quem deu início a este tipo de organização, no período pós II Grande Guerra, contudo, na década de 90, procedeu a um reajustamento total, em virtude dos resultados já não estarem em consonância com o esperado.
O problema tinha sido diagnosticado por Christopher Ballet e Sumantra Ghoshal, em artigo publicado na Harvard Business Review:
"A dupla informação levava ao conflito e à confusão; a proliferação de canais criava obstruções de informação na medida em que uma proliferação de comissões e relatórios parava a organização e a sobreposição de responsabilidades produzia lutas e perda de responsabilização".
A gestão matricial tem, no entanto, os seus entusiastas que alegam que é a melhor forma de organização nos casos em que a empresa tem de lançar novos produtos ou desenvolver um novo negócio.

e-Gov

Publicada por José Manuel Dias


Depois de ter partido em 2001 nos últimos 20 lugares do nível de governo electrónico («e-gov», na gíria) em 198 países, Portugal galgou, em 5 anos, uma centena e meia de posições, mas ainda está a uma distância considerável do pelotão da frente, conforme estudo efectuado pelo Centro de Políticas Públicas da Universidade de Brown nos meses de Junho e Julho deste ano, publicado hoje no caderno Economia do semanário "Expresso". Portugal figura em 48º lugar, atrás do nosso país irmão, Brasil, que está em 38º e muito atrás da vizinha Espanha, 10º. Na liderança do «e-gov» estão, hoje, três «tigres» asiáticos - Coreia do Sul, Taiwan e Singapura - seguindo-se os EUA, Canadá, Grá Bretanha, Irlanda, Alemanha, Japão e Espanha.
A nível de Portugal merecem particular referência a qualidade do Portal do Cidadão e o sítio da Direcção Geral de Contribuições e Impostos, já utilizado por uma larga percentagem de contribuintes.
Nos último 5 anos andámos bem... mas temos de andar ainda mais depressa se queremos estar entre os melhores. Esse desiderato tem de ser conseguido com a participação de todos os utilizadores da internet e, neste domínio, a avaliar pela informação da comScore World Metrix, divulgada pelo "Expresso", nem estamos nada mal classificados. Passamos, em média, por mês, 39 h 48 m «on line» enquanto que a média mundial se situa em 31,3 horas. Os israelitas são o povo que mais tempo passa por mês a navegar na internet: 57,5 horas em média, ao passo que os brasileiros ocupam 41 h 12 m.

Os perigos de não ter rumo....

Publicada por José Manuel Dias


Era uma vez um Cavalo-Marinho que queria ser rico. Agarrou no seu "pé de meia" e partiu em busca de fortuna. Não tinha andado muito, quando encontrou uma Águia, que lhe disse:
"Bom amigo. Para onde vais?"
Vou em busca de fortuna", respondeu o Cavalo-Marinho, com muito orgulho.
"Estás com sorte", disse a Águia. "Pela metade do teu dinheiro, deixo que leves esta asa, para que possas chegar mais rápido".
"Que bom!", disse o Cavalo-Marinho. Pagou-lhe, colocou a asa e saiu como um raio. Logo encontrou uma Esponja, que lhe disse:
"Bom amigo. Para onde vais com tanta pressa?"
"Vou em busca de fortuna" respondeu o Cavalo-Marinho.
"Estás com sorte", disse a Esponja. "Vendo-te este meu propulsor por muito pouco dinheiro, para que chegues mais rápido".
Foi assim que o Cavalo-Marinho pagou o resto de seu dinheiro pelo propulsor e sulcou os mares com velocidade quintuplicada. De repente, encontrou um Tubarão, que lhe disse:
"Para onde vais, meu bom amigo?"
"Vou em busca de fortuna", respondeu o Cavalo-Marinho.
"Estás com sorte. Se tomares este atalho", disse o Tubarão, apontando para sua imensa boca, "ganharás muito tempo".
"Está bem, agradeço-lhe muito", disse o Cavalo-Marinho, e lançou-se no interior do Tubarão, sendo devorado.

Pausa

Publicada por José Manuel Dias




Até já...

Teoria e prática

Publicada por José Manuel Dias


Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria. Quem não sabe nada dum assunto, e consegue alguma coisa nele por sorte ou acaso, chama «teórico» a quem sabe mais, e, por igual acaso, consegue menos. Quem sabe, mas não sabe aplicar - isto é, quem afinal não sabe, porque não saber aplicar é uma maneira de não saber -, tem rancor a quem aplica por instinto, isto é, sem saber que realmente sabe. Mas, em ambos os casos, para o homem são de espírito e equilibrado de inteligência, há uma separação abusiva. Na vida superior a teoria e a prática completam-se. Foram feitas uma para a outra.
Fernando Pessoa, in 'Palavras iniciais da Revista de Comércio e Contabilidade'

A contas com a verdade (*)

Publicada por José Manuel Dias


Era uma vez uma menina que, para gáudio dos seus pais, se revelou, logo nos primeiros anos de escola, muito boa a Matemática. " A minha filha é muito boa nas contas", costumava gabar-se o pai.
Com o tempo e à medida que, com o andar dos estudos matemáticos, os "números" e as "letras" mais se misturavam, atrapalhando a tabuada, a boa aluna passou a ser apenas razoável. O pai, contabilista, passou então a queixar-se de como as "letras" também atrapalhavam a filha nas contas.
Muita gente, que triunfou na vida e que se debate com as dificuldades escolares dos seus filhos em fazer bem as contas, pensa que o seu desempenho melhorará à medida que os seus números se misturarem com cada vez mais cifrões...
Estou perante uma assembleia de mulheres e homens que, se não tivessem outras nobres e notáveis qualidades, teriam em comum uma experiência única e às vezes difícil: saber quanto os cifrões podem minar o acerto das contas e quanto essa dificuldade pode afectar as consciências.
(.../...)

(*) Excerto de comunicação apresentada por José Manuel Moreira na Sessão Plenária presidida pelo Professor Rogério Fernandes Ferreira, " A Ética, a Deontologia, a Pedagogia e a Didáctica", das VII Jornadas de Contabilidade e Auditoria, Coimbra, 1998.

Reengenharia

Publicada por José Manuel Dias


A ideia de reengenharia foi apresentada pela primeira fez num artigo da Harvard Business Review de Julho/Agosto de 1990, por Michael Hammer. Enunciava-se uma nova abordagem à mudança nas empresas que implicaria um redesenho radical dos processos de negócio com o objectivo de obter melhorias em três áreas: nos custos, nos serviços e no tempo.
A técnica consiste na análise dos processos centrais de uma empresa e o seu redesenho de uma forma mais eficiente. Quem faz, quem controla, quem dirige, como se faz, porque se faz, que informação se disponibiliza, que recursos são precisos, que competências são requeridas, que resultados se desejam...são questões para as quais se procura resposta com uma intenção: que ajustamentos a fazer, para termos uma organização mais simples e mais eficiente?
Hammer referia que " Num mundo em que há tanta gente desprovida, é um pecado ser-se ineficiente".
O trabalho de reengenharia tem sido adoptado por muitas empresas no nosso país, que procuram, por essa via, tornar-se mais competitivas. Eliminaram-se muitas funções, generalizaram-se as novas tecnlogias de informação, requalificaram-se colaboradores, dispensaram-se os menos capazes, redefiniram-se procedimentos, clarificaram-se objectivos...
Numa ideia simples : as empresas emagreceram e orientaram-se para os resultados. A maior parte das organizações só pode lucrar com a implementação deste método que, a ser aplicado nas autarquias locais, traria benefícios para todos nós, cidadãos contribuintes.

Marca na hora

Publicada por José Manuel Dias


Depois da criação da "Empresa na hora", lançada há um ano , com grande êxito, a avaliar pelas 8.500 sociedades já criadas , foi recentemente apresentada a "Marca na hora".
Existe, a partir de agora, a possibilidade de criar uma empresa e, de imediato, obter uma "marca", encurtando um processo que, no passado, se estendia por mais de um ano. Não será , no entanto, possível criar uma "Marca na hora", sem que primeiro se tenha constituído uma "Empresa na hora", mas a dependência entre a empresa e a marca só existirá no acto da constituição, uma vez que a mesma empresa pode adquir mais do que uma marca associando-a a diversos tipos de produtos e serviços. Esta medida, que já se encontrava contemplada no programa Simplex, vai estar em regime experimental durante os próximos 4 meses, de acordo com declarações do Secretário Estado da Justiça, efectuando-se, no termo desse prazo, um balanço efectivo e os ajustamentos que a experiência, entretanto recolhida, recomendar.
Aplausos para esta Medida que cria condições de atractividade para o investimento e melhora a competitividade da nossa economia.
Registe-se, entretanto, o balanço da aplicação da "Empresa na hora" ( divulgado pelo Ministério da Justiça) :
- início de aplicação : 14 de Julho de 2005
- poupança para empresários : 1,1 Milhões de euros
- eliminação de 230.000 dias de trabalho em deslocações a Conservatórias
- 19.500 postos de trabalho criados
- 93 Milhões de euros de investimento gerado.
- constituem-se em média 5o "Empresas na hora" por dia.
Quem pode condenar o "Simplex" por reduzir a burocracia? Só mesmo os burocratas, como me dizia um amigo que recentemente constituiu uma "Empresa na hora", no Centro de Formalidades de Empresas, em Aveiro.

Subida de juros incentiva portugueses a poupar (*)

Publicada por José Manuel Dias


O Banco dos doze, que reúne hoje, deverá subir o preço do dinheiro em 0,25 pontos para 3%. A taxa de referência deverá continuar a subir, terminando 2006, nos 3,5%, asseguram os analistas. Este movimento pesa negativamente na carteira dos endividados, sejam eles famílias, empresas ou Estado, mas no médio e longo prazo promove os comportamentos prudenciais dos agentes económicos, levando-os a agir de forma mais consentânea com as suas possibilidades reais de rendimento. O potencial é limitado e levará anos a melhorar, tendo em conta o contexto de crise/estaganação económica que advém da falta de competitividade da economia.
(*) Artigo de Luis Reis Ribeiro, no Diário Económico de hoje.
Uma "ajuda externa" para esse desiderato em que estamos todos empenhados. Poupar é preciso e o exemplo, como diz o povo, tem de " vir de cima"...

Um dia vou construir um castelo...

Publicada por José Manuel Dias



Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
E se tonar autor da sua própria história.
É atravessar desertos fora de si,
Mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É falar de si mesmo.
É ter coragem de ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa, poeta português ( 1888-1935)