O SIADAP (Sistema integrado de avaliação de desempenho da administração pública) é um modelo de avaliação global que permite implementar uma cultura de gestão pública, baseada na responsabilização de dirigentes e outros trabalhadores relativamente à prossecução dos objectivos fixados, mediante a avaliação dos resultados. Está ser objecto de implementação em toda a Administração Pública e assenta em três componentes:
1) objectivos individuais - tendo em vista os objectivos do Serviço;
2) competências comportamentais - tendo em vista avaliar as características pessoais que diferenciam os níveis de desempenho numa função;
3) atitude pessoal - tendo em vista avaliar o empenho pessoal para alcançar níveis superiores de desempenho ( esforço, interesse e motivação).
A sua concretização está suscitar naturais dificuldades e algumas críticas, oriundas dos sectores que não estavam habituados a prestar contas do seu desempenho. As mudanças exigem sempre esforços adicionais e uma cultura de exigência e rigor ainda não é característica da nossa Administração Pública. Este sistema foi aprovado durante o Governo de Durão Barroso - Lei nº 10/2004, de 22 de Março - mas só, agora, por iniciativa do actual executivo, está a ser materializado. Quem está identificado com as práticas do sector privado e conhece as empresas mais competitivas sabe que a avaliação de desempenho é um instrumento essencial para termos profissioanis mais qualificados e serviços com a mais qualidade. Anda, pois, bem o Governo, ao fazer, o que está a fazer. Estamos no bom caminho. Histórias, como a que referimos infra, vão deixar de ter aderência à realidade da nossa Administração Pública.
Era uma vez quatro pessoas que se chamavam toda a gente, alguém, qualquer um e ninguém. Havia um importante trabalho que tinha que ser feito e toda a gente acreditava que alguém é que o iria executar.
Qualquer um poderia fazê-lo, mas ninguém o fez. Alguém ficou aborrecido com isso, porque entendia que a execução do trabalho era responsabilidade de toda a gente. Este pensou que qualquer um o poderia fazer, mas ninguém imaginou que toda a gente não o faria. Toda a gente culpou alguém, quando ninguém fez o que qualquer um poderia ter feito!
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