Formação ao longo da vida e Plano Tecnológico

Publicada por José Manuel Dias


Portugal é, num grupo de 13 países da União Europeia (UE), o que menos tem investido nas pessoas. De acordo com um estudo publicado pelo "think tank" Lisbon Council, com sede em Bruxelas, a aposta nas qualificações ao longo da vida ( educação na família, escola, universidade, formação de adultos, aprendizagem/formsação laboral, etc) foi apenas 69,6 euros por português, em 2005. Menos 11% do que a vizinha Espanha e menos que metade face ao líder Suécia. O artigo da responsabilidade de Peer Ederer, economista da Universidade de Zeppelin, na Alemanha, sublinha as consequências das práticas seguidas por Portugal. A economia portuguesa tende a especializar-se em sectores de mão de obra barata e de baixo valor acrescentado.
Baseado em notícia do Diário Económico de 2 de Novembro de 2006
Esta realidade reforça a importância do Plano Tecnológico que, entre outras metas, reconhece a necessidade de qualificar os portugueses e estimular a inovação e modernização tecnológica, em ordem a aumentar de modo sustentado da nossa produtividade. O Plano Tecnológico está estruturado em três eixos de acção:
1 - Conhecimento - qualificar os portugueses para a sociedade de conhecimento;
2 - Vencer o atraso científico e tecnológico;
3 - Inovação - Imprimir um novo impulso à inovação.
Iniciativas como : a generalização do ensino de Inglês no 1º Ciclo, fazer do 12º ano o referencial mínimo de formação para todos, aumentar para 50% a percentagem de jovens que frequentam o ensino tecnológico, triplicar o número de patentes registadas, criação de um Cluster nas áreas das energias renováveis, criação da Marca na Hora e Empresa na hora, adopção da factura electrónica para todos os serviços do Estado, requalificação de um milhão de portugueses com a iniciativa Novas Oportunidades são apenas algumas dos objectivos/metas preconizadas pelo Plano Tecnológico e que têm como horizonte de realização plena o ano de 2010.
Temos metas ambiciosas que exigem esforço, motivação e empenho de todos nós. O futuro não é de facilitismos. Temos agora uma estratégia e a necessidade da sua materialização começa a ser óbvia até para os mais distraídos...

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