Os dois lados da questão

Publicada por José Manuel Dias


Bernard Shaw era dotado de grande inteligência mas, ao que dizem, extremamente feio. Em dada período da sua vida terá tido um romance com uma actriz conhecida por ser uma das mulheres mais bonitas da sua época, embora pouco dotada de inteligência.
Um dia disse ela : « Bernard, deveríamos ter um filho. Imagina o que seria um filho com a minha beleza e a tua inteligência».
Bernard Shaw voltou-se para ela e limitou-se a responder tranquilamente :
« Não me parece que seja uma grande ideia. Imagina que ele tinha a minha beleza e a tua inteligência...»
Esta pequena história, extraída de um artigo publicado num semanário em 1996, serve para alertar para a possibilidade de todas as decisões poderem acarretar consequências diversas das esperadas. A ponderação da decisão é um acto de responsabilidade. Decidir implica a tomada de riscos mas tudo na vida tem riscos, até o simples acto de atravessar uma rua.
É comummente aceite que uma boa decisão, apesar de imperfeita, seguida de firme execução, é preferível a espera prolongada duma resolução ideal que nunca ou só tardiamente será executada. Decidir, de facto, não é uma tarefa fácil. Antes de decidirmos devemos pensar naquilo que realmente queremos e nas consequências que podem advir da nossa decisão.
Se nos é permitido, elencamos algumas sugestões que podem concorrer para uma decisão mais segura:
- ser honesto consigo próprio;
- pedir opinião de pessoas próximas;
- encarar com optimismo a decisão tomada e, se não for a mais acertada, encará-la como oportunidade de aprendizagem ;
- confiar nas suas decisões.
Em síntese, a vida feita é feita de decisões, pequenas e grandes. Somos nós que as temos que tomar. Cada decisão é um passo na nossa caminhada pela vida.

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