O dilema do prisioneiro

Publicada por José Manuel Dias


Dois suspeitos são interrogados pelo Delegado do Ministério Público sobre um roubo importante que cometeram (embora não existam provas suficientes para os condenar). Possui apenas provas para os condenar por crimes menores. Os prisioneiros são interrogados em salas separadas, sem possibilidades de comunicação. Cada um deles tem a escolha de confessar ou não, o crime grave. A proposta do Delegado é : se você confessar, mas o seu parceiro não, fornece as provas desejadas e fica livre, apanhando o seu parceiro vinte anos; se confessarem ambos apanham dez anos cada um; se nenhum confessar apanham cinco anos cada cada, pelos crimes menores.
Qual será a atitude de cada um dos prisioneiros? Se um deles confessar e o outro não, o primeiro sairá livre, enquanto o outro apanhará vinte anos. Mas se o outro pensa o mesmo e, portanto, confessam os dois? Apanham dez anos cada um. O que pensará cada um? Qual será a atitude mais racional?
Esta é uma das metáforas apresentadas quando se estuda a cooperação entre os indivíduos. Sujeitos com interesses antagónicos procuram colocar-se de acordo. Que decidir ? Que fazer? Escolha o que se escolher, passamos a fazer parte da história, uma vez que não existe uma segunda oportunidade para actuar de modo diverso. Este exemplo ajuda a esclarecer as diferenças entre estilo competitivo e estilo cooperativo.
Na nossa vida vida somos confrontados com regularidade com situações desta natureza. A posição que assumimos no imediato, não deixará de se repercutir no longo prazo. Ter noção desta realidade contribuirá para a ponderação da decisão a tomar.

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