Coisas difíceis (1)

Publicada por José Manuel Dias


Com maior ou menor alcance, o Governo reestruturou a Administração central, implementou a avaliação de desempenho, alterou o vínculo da maioria de funcionários, reduziu o número de efectivos. Mas a alegada "resistência sub-reptícia" à mudança já fazia antever algum grau de conflito. Agora a avaliação é a dos funcionários: da adesão dependem votos e pode depender o êxito da reforma. Foi difícil no Estado como seria difícil numa empresa privada. Quando Marta (nome fictício) integrou o instituto público, em 2004, não havia um verdadeiro sistema de avaliação. Em 2006, porém, é aplicado o Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho (SIADAP). Absorvida no espírito "meritocrático", esta técnica superior levou a avaliação a sério. Mas nem todos fizeram o mesmo. "Existe uma discrepância brutal por parte dos avaliadores e não existe ninguém que controle os objectivos. Eu estabeleço metas exigentes e o avaliador do lado escreve algo como 'tem de vir ao trabalho'. Por isso há pessoas muito boas que são ultrapassadas ". Difícil foi enfrentar os avaliados: "Está a ver como nos prejudicou?"
Para continuar a ler este artigo de Catarina Almeida, no Diário de Notícias desta data, clicar aqui.

0 comentários: