O desemprego e a formação

Publicada por José Manuel Dias


A taxa de desemprego na Zona Euro e nos 27 Estados-membros da União Europeia em Abril foi de 7,1%, uma quebra de 0,1 pontos percentuais em relação a Março, revelou hoje, em Bruxelas, o Eurostat.
Portugal registou em Abril último uma taxa de desemprego de 8%, sendo que a Holanda é o que regista a percentagem mais baixa (3,3), seguida da Dinamarca (3,4) e da Irlanda (4%). No fundo da tabela estão a Polónia (11,2), a Eslováquia (10,5), a França e Grécia (ambas com 8,6%).
Dos Jornais
As notícias sobre a evolução do desemprego não devem deixar de nos preocupar mas, se reflectirmos um pouco, poderemos concluir que é uma inevitabilidade dum crescimento económico que se suporta em padrões de maior exigência. Prevê-se para Portugal um crescimento do PIB na ordem dos 2%. Sucede, entretanto, que a modernização do tecido produtivo continuará a ser acompanhada pelo aumento de desemprego dos menos qualificados ( as empresas que apostam nos custos de mão de obra mais baixos vão continuar a deslocalizar-se) e pelo aumento do investimento em novas tecnologias, acompanhado pela contratação de trabalhadores mais habilitados. Este balanceamento é, por ora, desfavorável ao crescimento do emprego mas é condição essencial para num futuro próximo recuperarmos novos empregos, em indústrias e sectores, onde se possa ser competitivo de modo sustentável. Importa, entretanto, que se sublinhe em todos os lados a importância de se investir na formação. Melhorar competências está na ordem do dia. Uma responsabilidade de todos e de cada um.

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