O Estado social

Publicada por José Manuel Dias


Apesar de estarmos hoje melhor do que nunca – nunca tantos viveram tão bem –, a nossa economia não cresceu em bases sustentáveis e enferma de problemas diversos que, naturalmente, se agravam à medida que a globalização avança e a nossa competitividade é confrontada com outras economias, outros mercados.
Se é verdade que temos dificuldades decorrentes dos nossos condicionalismos – justificação muito discutível – e sobretudo de erros exclusivos da nossa acção (ou inacção), é simultaneamente verdade que padecemos de uma doença social grave, comum à maioria dos países membros da União Europeia: um Estado que sofre de obesidade mórbida.
Este Estado, que cresceu para nos cobrir paternalmente com a manta do bem-estar colectivo, acabou por se tornar naquele monstro dos pesadelos de infância que nos asfixia durante a noite quando dormimos. Ele, visto pela maioria como uma entidade abstracta e gratuita – o conto de fadas que nos contaram para adormecermos –, afirmou-se como gigantesco e ineficiente, na maioria dos casos, prestador de serviços, enorme empregador, abrigo de amigos, compadre de clientelas políticas, culturais e económicas, capataz económico e, naturalmente, um insaciável sorvedor de recursos.
Transcrito do trabalho sobre o modelo social europeu, apresentado em co-autoria com Ângelo Ferreira e Miguel Oliveira, no âmbito da Cadeira de Políticas Públicas do Mestrado em Gestão Pública da Universidade de Aveiro

2 comentários:

  1. feniana disse...

    olá:)

  2. Anónimo disse...

    Caro J.M.Dias!
    Na sociedade em que vivemos é imperativo ser-se competitivo, ser exigente na qualidade de modo a vencermos a batalha feroz da globalização.

    Abraço