No bom caminho...

Publicada por José Manuel Dias



Pela primeira vez, ao fim de cinco anos, o crescimento económico ultrapassa os 2%, o que representa um factor de confiança e um número que espelha com clareza a recuperação da nossa economia. Esta é a leitura possível das estimativas do Instituto Nacional de Estatística, que mostram um crescimento do Produto Interno Bruto de 2,1%, no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2006. Comparativamente com o 1º trimestre de 2006, o valor das exportações cresceu 11,2%, enquanto o das importações subiu 1,1%. Dados que comprovam que estamos no bom caminho...Pouco dirão alguns. Mais que no passado recente, dirão outros. Uma coisa é certa : é o maior crescimento dos últimos 5 anos mas quando o nosso atraso, em relação às restantes economias europeias é grande, importa crescer mais depressa.
Confiança no futuro, orientação para os resultados, combate ao desperdício, melhoria da produtividade, eliminação de privilégios injustificados, redução do absentismo, adopção das melhores práticas de gestão, reforço de competências, prémio para os mais competentes, têm, cada vez mais, de ter aderência à nossa realidade se queremos ter futuro.

2 comentários:

  1. Terra e Sal disse...

    Meu Caríssimo José Manuel Dias:

    É interessante e animador visitar o seu Blog. O meu estimado Amigo vive o país como se, ele fosse seu, no bom sentido da palavra. Entusiasma-se e entusiasma-nos sempre que há um pulinho de mosca na nossa economia.

    Mas esse entusiasmo será compartilhado pela maioria dos portugueses?
    Será que cada um de nós, vive interiormente essa vontade férrea de sairmos de um marasmo em que nos atolamos, ou nos atolaram?

    Terão a convicção de que vale a pena, ou pensarão que daqui a uns tempos tudo volta ao mesmo?

    Que garantias são dadas ou demonstradas de que o crescimento é irreversível?
    Será que vai haver força herculea e saber salomónico para um país que tendo entrado na mesma ocasião que a Espanha na U.E., se tem vindo a afastar “fogosamente”, para trás?

    Será que José Sócrates, com todas as “contestações” de que tem sido alvo, consegue resistir a tanta pressão, sem desistir?

    Sabemos que as sondagens lhe reconhecem mérito e lhe dão crédito para tudo o que está a fazer para tirar o país do atoleiro. E se ele perder as próximas eleições?

    Será que vai haver, na hoje, Oposição, gente capaz e com a mesma força anímica para não desistir do projecto e do trabalho que está a ser desenvolvido?

    E a nossa gente? Principalmente os mais novos que estão agora a ingressar no mundo do trabalho? Temos milhares e milhares de licenciados que não encontram trabalho, e de todos eles quantos são os que saem da Universidade ou das Escolas técnicas, com verdadeiros conhecimentos para inovar e “revolucionar” as nossas industrias?

    Bem, mas quero dizer-lhe que compartilho da sua esperança, fico contente por saber que algo mexe, mas logo me vem ao pensamento a razão mais pobre desse crescimento que é, o de se ter apertado cada vez mais, o cinto, e os furos se não acabaram devem estar mesmo no fim..

    Escrevi ao “correr da pena” deixei que os pensamentos não fossem filtrados, e saiu como geralmente sai quando escrevo, o que sinto e o que, me vai na alma.

    Mas acredite que nem comentando gosto de passar pelo “Cogir” faz-me sentir bem, dá-me alento, é reconfortante.
    Um abraço amigo para si, e uma boa senmana.

  2. José Manuel Dias disse...

    Caro Terra e Sal
    Compreendo o seu cepticismo. Penso, no entanto, que as mudanças só dependem de nós...Se cada um fizer o que lhe compete, o nosso país, uma das mais antigas nações do mundo, terá futuro.
    Temos, no entanto, de verberar aqueles que "matam o pai e depois choram porque ficaram órfãos".
    A propósito da actual situação do nosso país não resisto a citar Vinicius de Moraes " fomos feitos para a esperança do milagre".
    Volte sempre!
    Cumps