O desafio que me foi lançado pelo Porfírio Silva, do Máquina Especulativa, é complexo e pode ser gerador de equívocos: 10 livros que não mudaram a minha vida. Quando escolhemos um livro fazemo-lo com um dado propósito e temos, por regra, uma dada expectativa. Aquele pode (ou não) ser cumprido e esta pode (ou não) ser concretizada. Deste balanceamento podem resultar várias apreciações que são ditadas, pelo menos em parte, pelas circunstâncias das leituras. Quem somos , o que fazemos, onde estamos, o que vivemos, ajudam-nos a formular um juízo valorativo sobre as leituras que fazemos. A nossa vida não muda pela leitura dum livro mas acredito que cada livro que lemos contribui para uma melhor leitura da vida que temos. Escrito isto, melhor será escolher os 10 livros que não se apagaram da memória e são passíveis de recomendação de leitura:
1. Guerra e Paz, Tolstoi
2. Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões
3. O Crime do Padre Amaro, Eça de Queiroz
4. Terceira Vaga, Alvin Tofler
5. Tornar possível o impossível, Marta Harnecker
6. Direito à Preguiça, Paul Lafargue
7. Escuta Zé Ninguém, William Reich
8. Império à deriva, Patrick Wilcken
9. O Eduquês em Discurso Directo, Nuno Crato
10. O difícil é sentá-los, Marçal Grilo
Não sei se os livros mudam a nossa vida se os livros a constroiem...ou se os livros a confirmam ou se os livros a descobrem....Fico a pensar nisso.
Para mim...só dez não chegam!!!!
Preciso de muitos mais!!!!
Afinal ajudaram a mudar ou não? Eu por mim, acho que tudo que lemos, ouvimos,...enfim...tudo quanto vivemos muda a nossa vida, porque nos ajuda a construí-la, desconstruí-la, reconstruí-la, fazer e refazer...
E continuo curiosa quanto ao comentário deixado no meu blog aqui há uns tempos atrás. :)