Até já

Publicada por José Manuel Dias


O desafio e o tubarão

Publicada por José Manuel Dias


Os japoneses apreciam muito peixe fresco. Contudo nas águas perto do Japão não abundam os peixes. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar e quando o peixe era colocado no mercado já não era fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes. Para resolver este problema as empresas de pesca instalaram câmaras figoríficas nos barcos. Pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Entretanto, os japoneses conseguiam notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado, e é claro, eles não gostavam do sabor do peixe congelado. Entretanto o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Como resposta a esta situação as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, "como sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam cansados e abatidos, porém, vivos. Infelizmente, os japoneses ainda notavam a diferença do gosto. Em resultado de não se se mexerem, os peixes colocados nos tanques perdiam o gosto de frescos. Os japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.Então, qual foi a resposta dos japoneses para este este problema?
Como eles conseguiram trazer para o Japão peixes com gosto de fresco ? A solução foi muito simples.
L. Ron Hubbard observou no começo dos anos 50 que "O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador". Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais gosta de um bom problema. Se consegue concretizar os seus objectivos mais ambiciosos fica naturalmente satisfeito. Identifica os desafios e sente-se com mais energia. Fica mais empenhado, mais determinado, mais vivo!
Para conservar o gosto de peixe fresco as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega "muito vivo". Os peixes são desafiados. Portanto, ao invés de evitar desafios, encare-os. Se seus desafios são grandes e numerosos, não desista. Coloque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se alcançou os objectivos, aumente a fasquia. Se as suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas vá de encontro aos objectivos do seu grupo e da sociedade. Não se acomode nele. Tem recursos, habilidades e destrezas para fazer diferença. Duvida ? "Então, ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar".
Adaptado de um texto de um MBA, fonte Best Swiming

Perseverança

Publicada por José Manuel Dias


O que tentarias fazer se soubesses que não podias falhar?
Robert Schuller
Falhamos 100 por cento dos tiros que nunca disparamos.
Wayne Gretzky
A nossa maior glória não está em nunca cair mas em levantarmo-nos de cada vez que caímos.
Confúncio
A perseverança não é uma longa corrida; são muitas pequenas corridas, uma a seguir à outra.
Walter Elliott

Ontem e Hoje

Publicada por José Manuel Dias


A Europa comemora 50 anos do Tratado de Roma, amanhã, 25 de Março. Portugal celebra os 21 anos da adesão à então Comunidade Europeia. Um período de grandes mudanças no nosso país. De Bruxelas vieram mais de 60 mil milhões de euros para ajudar a modernizar o nosso país. A introdução do Euro permitiu controlar a inflação. Os portugueses têm hoje uma qualidade de vida muito superior à que usufruiam em meados da década de 80. Vejamos, apenas, alguns exemplos que atestam, a nosso ver, a apreciação efectuada:
- Há vinte anos havia uma única televisão hoje à quatro canais em sinal aberto e muitos outros distribuídos por cabo;
- A bolsa portuguesa era incipiente, com reduzido número de transacções e poucas empresas cotadas, hoje é um verdadeiro mercado financeiro integrado numa plataforma europeia;
- A máquina de lavar roupa existia apenas em 43% dos lares, hoje 82% das casas possuem este electrodoméstico;
- Apenas 5,8% das residências tinha máquina de lavar louça, hoje o número foi multiplicado por 3;
- O Continente era o único hipermercado no País ( Matosinhos e Amadora), hoje são vários e disseminados por todo o país;
- Os computadores eram usados apenas nas grandes empresas e a taxa de penetração era de 2,6%, hoje é de 42%;
- A taxa de penetração de telefone era de 14% em 1986, hoje, o principal meio de comunicação é o telemóvel, e Portugal está no topo com uma taxa de penetração de 115%;
- Em 1986 a rede de caixas Multibanco dava os primeiros passos (existiam 70 caixas), hoje esse número subiu para 11.585, espalhadas por todo o território nacional e das quais foram levantados, no ao transacto, 23,5 mil milhões de euros;
- O parque de automóveis era de 1,605 milhões, hoje é de 5,523 Milhões.
Fonte: Caderno Economia do Semanário Expresso desta data

Palavras que impõem respeito

Publicada por José Manuel Dias


3,9% ! É o défice orçamental que temos. Muito melhor que o compromisso do Governo. Muito pior do que o que precisamos. E do que precisamos? De nos livrar da ditadura do Orçamento. E até lá chegar falta ainda muito. Mais que 0,9%.
Com este valor, Portugal ganha credibilidade em Bruxelas e o Governo de Sócrates ganha confiança do eleitorado. Não há propaganda governamental que consiga estragar isto: 3,9% é um bom número. Nesta fatídica equação, numerador e denominador estão melhor: a diferença entre despesas e receitas é menor do que se esperava, a economia cresce mais que o esperado. E isso é importante para um país traumatizado com o seu défice, móbil de vários delitos cometidos no passado recente.
Externamente, os 3,9% são uma boa notícia primeiro porque é importante cumprir o PEC (agora que não há mais alunos que diluam a lassidão dos nossos políticos), depois porque o "rating" da República pode sair beneficiado, embaratecendo o custo das nossas dívidas (e essas não estão a diminuir...).
Internamente, porque este Governo assumiu um compromisso de honra. Não foi o único. Mas é o primeiro deles com défices reais melhores que o esperado. E esse é um retorno do investimento dos portugueses em sacrifícios.
Pedro S. Guerreiro, Jornal de Negócios de 21 de Março

O Relatório

Publicada por José Manuel Dias


Uma história muito contada sobre Kissinger... Winston Lord tinha sido incumbido de preparar um dado relatório e empenhara-se na sua elaboração, tendo-lhe dedicado vários dias. Depois de o entregar a Kissinger, Lord recebeu-o de volta com a anotação, « É o melhor que consegue fazer?». Lord redigiu tudo de novo e, finalmente, voltou a apresentar o relatório; lá voltou ele de novo com a mesma breve pergunta. Depois de o redigir mais uma vez - e mais uma vez receber a mesma pergunta de Kissinger - Lord exclamou « Que diabo, é sim, é o melhor que consigo fazer.» Ao que Kissinger respondeu: « Óptimo, acho que desta vez vou lê-lo».
Kissinger, Walter Isaacson, 1992

Agenda-Setting

Publicada por José Manuel Dias



A ideia desta teoria (alguns defendem tratar-se mais de uma hipótese) consiste em dividir os assuntos da sociedade em agendas (política e jornalística) que são apresentadas ao público para este discutir. Os assuntos são igualmente hierarquizados. Em resultado da acção dos jornais, da televisão e de outros meios de comunicação social, o receptor tem a tendência para escolher os assuntos que mais lhe interessam, e pensar sobre eles, já que os media não nos dizem como fazê-lo, dão-nos só os assuntos. São os media que organizam a agenda, são eles que a hierarquizam, ao receptor resta-lhe aceitar essas regras, sendo o seu papel o de escolher as suas prioridades temáticas. Existe contudo uma tendência para que as pessoas acabem por valorizar aquilo a que os media dão ênfase. Os mass media, de acordo com esta teoria, descrevem e precisam a realidade exterior, fornecendo, ao mesmo tempo, uma listagem sobre o que é preciso discutir e ter opinião. Os receptores acabam por formular as suas opiniões, com base na própria hierarquização de importância ditada pelos media e, em certa medida, limitam as sua análises a leituras a aspectos marginais e superficiais dos temas mais estruturantes. Recorde-se a, título de exemplo, a visita do Primeiro Ministro à China e o espaço ocupado pelas infelizes declarações do Ministro da Economia, em detrimento duma análise mais cuidada das nossas vantagens competitivas num mercado como o chinês ou do modo como podemos aumentar o grau de atractividade de investimento estrangeiro. Os jornais, a rádio e a televisão "fizeram eco" dessas palavras e foi sobre essa situação em concreto que sindicalistas (UGT e CGTP), oposição (à esquerda e à direita) e Primeiro Ministro acabaram por exprimir posições, levando-nos, por arrastamento, a pronunciar sobre tal questão e a optar por uma das várias posições em confronto.
O desenvolvimento desta temática pode ser feita em Teorias da Comunicação, Wolf, Mauro, Editorial Presença, Barcarena (1987)

John Naisbitt

Publicada por José Manuel Dias

John Naisbitt, formado em Cornell, trabalhou como executivo na IBM e na Eastman Kodak , é um futurologista que vendeu milhões de livros, dos quais se destaca o título "Macrotendências". Nesta obra, publicada na década de 80, previu, entre outras, as seguintes reestruturações: passagem de uma sociedade industrial para uma economia de informação; a actuação estratégica das empresas centrar-se-á na tecnologia e na respectiva resposta humana; a passagem de uma actuação de curto prazo para o longo prazo; a redescoberta da capacidade de inovar e obter bons resultados; a maior capacidade individual para assumir responsabilidades e tomar decisões. Alertou-nos, também, para a progressiva obselescência do modelo de democracia representativa em face da exponencial partilha de informações; para a redução da importância das hierarquias e a sua substituição por redes de trabalho informais e para as novas necessidades de formação escolar e profissional em ordem a respondermos aos desafios do futuro. O "aviso à navegação" foi feito com tempo...

Três preciosas virtudes

Publicada por José Manuel Dias


Tenho três coisas preciosas, que conservo e aprecio. A primeira é a delicadeza; a segunda a frugalidade; a terceira a humildade, que me impede de colocar antes dos outros. Seja delicado, e poderá ser ousado; seja frugal e poderá ser liberal; evite colocar-se antes dos outros e poderá ser um líder.
Confúncio (551 - 479 a. c), pensador e teórico político chinês

Preço Natural

Publicada por José Manuel Dias


Outro preço é o que as coisas têm por si mesmas, independente de qualquer lei humana ou decreto público. Aristóteles e muitos outros autores chama a este preço preço natural. Chamam-lhe assim não porque não dependa em grande medida da estima com os homens apreciam umas coisas mais do que outras. como acontece com certas peças preciosas, que às vezes se estimam em mais de vinte mil moedas de ouro e mais que muitas outras coisas que, pela sua natureza, são muito melhores e mais úteis, nem tão pouco lhe chamam assim porque esse preço não flutue e se altere, posto que é evidente que se altera; mas chamam-lhe natural porque nasce das mesmas coisas, independentemente de qualquer lei humana ou decreto público, mas dependente de muitas circunstâncias com as quais varia e da afeição e estima que os homens têm às coisas segundo os diversos usos para que servem.
Luis de Molina (1535-1600), uma das figuras mais importantes da denominada Escola de Salamanca, nasceu em Cuenca, Espanha, mas a sua formação e actividade académica desenvolveu-se quase exclusivamente em Portugal, tendo sido professor na Universidade de Coimbra e na Universidade de Évora .

Formação é prioridade total

Publicada por José Manuel Dias


«A formação tem de assumir-se como uma prioridade total do País nos próximos anos», disse o Primeiro-Ministro na apresentação da campanha de divulgação da Iniciativa novas oportunidades, em 7 de Março. José Sócrates referiu que «em matéria de melhoria da qualificação - tendo Portugal 480 mil jovens entre os 18 e os 24 anos sem o Ensino Secundário concluído - não há receitas milagrosas, nem medidas que respondam aos problemas em meia dúzia de meses». No presente globalizado qualquer cidadão «pode adquirir bens e serviços em qualquer parte do mundo e em poucos segundos»; «mas não podemos importar formação ou qualificação. O desafio da formação é com os portugueses», sublinhou. Para destacar a importância do tema, Sócrates disse que Portugal enfrenta no presente «três grandes desafios: pôr as contas públicas em ordem, aumentar o seu crescimento económico e o mais difícil de todos, porque é de carácter estrutural, qualificar os portugueses». O programa Novas Oportunidades vai qualificar um milhão de pessoas até 2010. Já se registaram alguns progressos relevantes: «Com o alargamento do leque dos cursos profissionalizantes e tecnológicos no Ensino Secundário, pela primeira vez houve em 2006 um aumento do número de alunos; foram celebrados mais de 350 acordos com empresas e associações para formação profissional; e o número de centros de novas oportunidades chegaram aos 270 no final de 2006, quando a meta prevista para 2007 era de 250».
Não podemos deixar de considerar esta preocupação como salutar. Melhorar as competências dos portugueses é vital. Temos, no entanto, de ter presente que o impacto destas acções não surgirá no imediato. Só a médio de prazo se verificarão os seus benefícios. Importa, por isso, repescar as palavras de Peter Drucker quando defendeu que o elemento humano é para as empresas " a única vantagem sustentável" em relação às concorrentes. Não desperdicemos pois esta oportunidade de melhorar o capital humno do nosso país, seguramente um factor de aceleração e multiplicação do progresso económico, social e cultural.

Jean Baudrillard

Publicada por José Manuel Dias

Jean Baudrillard, sociólogo francês, morreu ontem em Paris, com 77 anos. Leccionou sociologia na Universidade de Nantes, escreveu mais de 50 obras, entre as quais me permito relevar "La societé de consomation" e de que destaco este pequeno excerto:
" A comunicação de massas exclui a cultura e o saber. Não se trata de entrarem em acção verdadeiros processos simbólicos ou didácticos porque seria comprometer a participação colectiva que constitui o sentido de semelhante cerimónia - participação que se efectua unicamente por meio de uma liturgia e de um código formal de sinais cuidadosamente esvaziados de todo o conteúdo de sentido.
Como se vê , o termo «cultura» está carregado de mal entendidos. A miscelânia cultural, o «digest» reportório de perguntas respostas codificadas, a M.C.C. ( Menor Cultura Comum) está para a cultura assim como o seguro de vida está para a vida, destina-se a conjurar os seus riscos e, com base na recusa da cultura viva, a exaltar os signos ritualizados da culturalização."
Se atentarmos na realidade do nosso panorama televisivo podemos identificar os riscos para os quais Baudrillard nos advertiu faz mais de três décadas.

A oportunidade difícil de resolver

Publicada por José Manuel Dias


Causas, efeitos, consequências, problemas, oportunidades, objectivos, resultados, eficiência e eficácia são palavras, cada vez mais, usadas no quotidiano das empresas. Sucede, entretanto, que nem todos se sintonizam com o verdadeiro significado dessas palavras e, quando agem, acabam por ter comportamento diverso da nossa expectativa. Conta-se que numa dada empresa o seu director - geral reuniu todos os seus colaboradores e determinou que, a partir daquele momento, deveriam passar a assumir uma atitude mais positiva. A palavra "problema" deveria ser eliminada do seu vocabulário. O vocábulo "problema" seria substituído pela palavra "oportunidade". Os problemas deveriam ser sempre considerados oportunidades.Alguns dias depois, o director - geral foi foi interpelado por um trabalhador quando se dirigia para uma reunião com a Administração:
- Sr. Director - geral, preciso de lhe falar, disse o empregado da empresa que acrescentou " Estou a enfrentar uma oportunidade difícil de resolver!".
Uma frase simples e elucidativa. Não basta mudar as palavras para que a atitude das pessoas se modifique. Não basta comunicar intenções é preciso que as pessoas compreendam o alcance dos nossos propósitos. Existe um grande trabalho a desenvolver neste domínio se queremos mudar atitudes. Um desafio para todos.

Orçamento Geral do Estado : um novo modelo

Publicada por José Manuel Dias


Foi ontem publicado em Diário da República o despacho do Ministro das Finanças que cria uma comissão "com a missão de propor um modelo e respectiva metodologia para a estruturação do Orçamento do Estado por programas". Esta comissão - que será coordenada pelo professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto João Manuel de Matos Loureiro - deverá remeter ao Governo o relatório final da sua actividade até ao dia 30 de Maio de 2008.
No preâmbulo do despacho Teixeira dos Santos garante que "o Governo está empenhado em aprofundar e efectivar processo de elaboração da proposta de OE, bem como no posterior acompanhamento da respectiva execução, um modelo de orçamentação por programas que de forma sistemática e coerente assegure, numa perspectiva plurianual de afectação da despesa pública, um melhor acompanhamento, avaliação e controlo da execução orçamental".
Depois de lembrar ainda que o Governo "teve já a oportunidade, em 2006, de submeter à Assembleia da República um relatório em que se apresenta um plano de trabalhos calendarizado", tendo em vista o cumprimento do objectivo de estruturar a proposta de OE por programa. Entretanto, em declarações ontem à Lusa, o coordenador da comissão defendeu que "a principal vantagem [da estruturação do OE por programas] é poder orçamentar-se a despesa mais a médio/longo prazo, o que implica uma muito mais eficaz responsabilidade por parte de quem vai gerir os projectos do que nos casos de orçamentos parcelares ano a ano", afirmou João Manuel de Matos Loureiro. "O controlo orçamental do lado da despesa será seguramente muito mais eficaz, que é precisamente o que se deseja", acrescentou, salientando que "a ideia é fazer uma orçamentação que cruze vários ministérios, por grandes programas, em vez de termos apenas orçamentos ministério a ministério".
Fonte: Diário de Notícias