O perfil das exportações portuguesas está a modificar-se e a demonstrar mais tecnologia, depois da industria tradicional ter ganho quota nas exportações industriais entre 2006 e 2007, altura em que interrompeu uma tendência de modernização dos produtos verificada desde o princípio da década. Ainda assim, os sectores de produtos de baixa intensidade tecnológica, considerados como tradicionais - têxteis, calçado, produtos alimentares, pasta, papel - representam ainda mais de um terço das vendas industriais para fora de fronteiras. Dados oficiais indicam que 34,1% das exportações nacionais ocorridas nos primeiros cinco meses do ano, têm como base produtos da fileira da indústria tradicional. Isto representa uma queda de 1,1 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado, depois de em 2007 este tipo de produtos ter angariado posições face a 2006. Esta realidade contrasta com a que se verificava em 2001, em que mais de 44% das exportações industriais eram constituídas por produtos tradicionais e as exportações de produtos com tecnologia intermédia rondava a mesma percentagem. Oito anos depois, o raio X à qualidade das exportações já acusa outro esqueleto da economia. A predominância da baixa tecnologia no tecido industrial parece assim ter passado à história. A economia está a fazer a transição da "baixa tecnologia" para a "média tecnologia". A média tecnologia está presente em 55% das vendas industriais, enquanto o peso dos produtos base (tradicionais) caiu dez pontos percentuais.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Estamos a assistir a uma profunda mudança no perfil das nossas exportações. Sem darmos por isso, em 5 anos, o acréscimo de produtos de "média tecnolgia" aumentou cerca de 25%. Um realce justificado.
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