Menos 100.000 pobres

Publicada por José Manuel Dias


O estudo que o INE publicou recentemente sobre "risco de pobreza e a desigualdade na distribuição dos rendimentos" permite objectivamente concluir que:
- Houve uma redução da taxa de pobreza para 18 por cento — era 19 por cento em 2005 e 20 por cento em 2004;
- O grupo com maior incidência de pobreza , idosos, foi aquele em que a taxa mais se reduziu — passa de 28 por cento em 2005 para 26 por cento em 2006;
- O impacte das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de risco de pobreza mantém-se em sete pontos percentuais, sendo que, de 2004 para 2006, aumenta um ponto percentual o impacte das pensões.
Impõe-se retirar uma conclusão: os resultados são positivos, mas existe um enorme trabalho pela frente. A sustentabilidade do sistema de segurança social é essencial para reduzir o risco de pobreza em Portugal mas a sociedade civil não pode divorciar-se desta realidade. O Estado somos todos nós.

3 comentários:

  1. Rui Caetano disse...

    Seja qual for a estatística a questão é que há pobres entre nós e isso não pode acontecer, há que comvbater as causas e já.

  2. Tinta Azul disse...

    É preciso combater em simultâneo dois tipos de pobreza. Aquela que aqui é tratada e a chamada pobreza de espírito. Talvez desta dependa, em larga medida, a outra, que é uma vergonha para a Humanidade. Para cada um de nós.

  3. Rogério Carvalho disse...

    Estatisticas, tudo bem. Menos pobres, mas onde? Ninguém vê isso, a nossa pobreza é não haver oportunidades para todos. Desemprego aumenta, a crise e problemas sociais também, maior é a dependência de jovens (a geração 500 (€/mês)).

    Já me lembra uma que há uns tempos ouvi, "a única coisa que os pobres têm é a pobreza, se lha tiramos ficam sem nada", logo também já não são pobres.

    Ista notícia ainda não é de orgulho, como diz o Rui caetano, há que combater as causas e já.