O atual desastre econômico é o resultado de uma combinação de negligência, excesso de confiança e uma teoria econômica desastrosa. Durante décadas, as políticas fiscais e monetárias foram praticadas baseando-se na ilusão do "não importa". Primeiro veio a ilusão de que "déficits não importam". Depois, a política do "não importa" se estendeu para a criação monetária, para a expansão do crédito, para a bolha da bolsa de valores e para o boom imobiliário. Agora, já estão dizendo que a compra que o banco central está fazendo de títulos podres, com o intuito de amparar bancos e corretoras, também não importa.
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O fato é que a economia americana está sobrecarregada por uma estrutura de capital altamente desequilibrada, conseqüência de uma enorme discrepância entre consumo e produção. E essa discrepância, por sua vez, é resultado da política monetária. Uma balança comercial persistentemente deficitária é o sintoma dessa discrepância. Isso significa que taxas de juros menores e incentivos do governo voltados para estimular o consumo irão funcionar como um verdadeiro veneno para a economia americana. Ao invés de mais consumo, são necessários menos consumo, mais poupança e menos importações.
A atual crise financeira significa que muitos devedores atingiram seu limite de endividamento e também que os credores estão diminuindo esse limite. De agora em diante, empresas e consumidores, governos e investidores terão de trabalhar sob as restrições impostas por um teto de endividamento menor.
A atual crise financeira significa que muitos devedores atingiram seu limite de endividamento e também que os credores estão diminuindo esse limite. De agora em diante, empresas e consumidores, governos e investidores terão de trabalhar sob as restrições impostas por um teto de endividamento menor.
Antony P. Mueller, via Mises Brasil, para ler na íntegra aqui.
Um contributo da Escola Austríaca para a compreensão da actual crise financeira americana que, segundo Mueller, decorrendo de desequilíbrios estruturais da economia real vai obrigar a uma profunda reestruturação do capital global. Uma leitura imperdível para quem quer avaliar a bondade das políticas de intervenção defendidas pelo FED.
Meu Caríssimo José Manuel Dias:
Não vale a pena sermos teóricos, nem lermos a opinião de afamados economistas para chegarmos à conclusão da miséria que se instalou, graças ao sistema capitalista e ao liberalismo de lucros a qualquer preço.
Na minha opinião de leigo, de gente do povo, livre das tormentas de dinheiros às resmas, penso que foi a procura desmesurada de lucros, a ganância de mais e mais, e cada vez mais lucros, que nos levou ao beco sem saída em que o mundo, e particularmente, a América e a Europa, estão metidos.
Penso que ninguém sabe como tudo isto vai acabar, nem há ninguém por muito capaz e técnico que seja, de prognosticar até quando vamos viver assim, tal é o abismo onde caímos.
Neste nosso cantinho que é Portugal, em que tudo gira à volta de meia dúzia de cêntimos, veja o que se passa, e particularmente, o que se passou até hoje.
Sabemos que há muito crédito mal parado, muito mesmo, seja na habitação, com certeza com maior incidência, mas nem por isso podemos esquecer outras rubricas.
Depois, será que não haverá jogos para que o crédito mal parado não seja mais assustador ainda?
Sabemos que há muitas famílias endividadas. Os bancos com clientes que não cumprem os seus compromissos, são bancos endividados, penso eu.
Ora o meu Amigo, melhor que eu sabe, que os banqueiros de ano para ano querem mais lucros, melhores resultados, e têm-nos conseguido, pelo menos aparentemente, já que, para conseguirem cada vez mais, têm de jogar, de arriscar, e arriscar cada vez mais, uma autentica ganância encapotada.
Assim os lucros serão à custa de quê?
Não sabemos!
Bem, eu penso que é à custa de eles próprios estarem endividados perante outros, mas não sei, o tempo o dirá, como vem dizendo por outros lados.
O que sei é que o próprio Governo tem feito diligências para atenuar os “abusos” que eu penso fazerem em serviços que prestam, como por exemplo, um cliente mandar cancelar um cheque que passou, e ter de pagar quase 8 euros pela operação, que demora segundos.
Um exagero, mas isto penso eu, claro. Na minha pequenez acho que devia ser um serviço gracioso ao cliente.
Assim, sou levado a concluir que os bancos estão aflitos, até dão a sensação que estão em agonia e que procuram pôr mão para fazerem dinheiro, em tudo o que lhes aparece à frente, o que está mal, mas isto penso eu, claro!
Mas no fim de cada ano, e de ano para ano, vemos sempre resultados fabulosos do resultado do exercício de um qualquer banco, o que não dá para entender.
De qualquer modo eu olho para os números e pasmo, porque penso que é impossível haver tantos lucros mesmo com os cêntimosinhos que vão buscar a todos os servicinhos que prestam. Ali deve haver coisa, penso eu, que sou desconfiado por natureza.
Será que aqueles lucros são mesmo reais, ou serão “balancetes” dos lucros reais que têm e do que lhes devem?
É que se assim for, estão fritos eles e por arrastamento nós também, porque me vão cobrar mais uns cêntimos em cima dos que pago por mandar cancelar um mísero cheque perdido.
Cumprimentos meu Amigo, e acredite, é assim que pensa o Zé Povinho, que faz conjecturas pela sua própria cabeça, sem saber quem são os grandes “melões” do mundo, que dizem como as “finanças” e a economia devem ser reguladas, porque esses meu Caro, são os mesmos que nos atiram para o abismos, como este, onde estamos agora.
Uma boa semana para si.
"...vai obrigar a uma profunda reestruturação do capital global"
É o anseio de quase todos os viventes, ou não?
Abraço
(Pronto - uns tempos sem cá vir e lá me vou perder, interessantemente, neste Cogir a pôr tudo em dia:)