Brincar com o fogo

Publicada por José Manuel Dias


A Câmara dos Representantes chumbou o plano de ajuda ao sector bancário norte-americano, por 228 votos contra e apenas 205 a favor. A maior oposição surgiu da bancada republicana, onde metade dos representantes votou contra a iniciativa da Administração Bush. O resultado fez mergulhar o Dow Jones, principal índice de Wall Street, mais de 400 pontos.O plano, desencadeado para evitar novas falências entre os gigantes do sector bancário (com inevitáveis consequências na economia), autorizava o Departamento do Tesouro a gastar até 700 mil milhões de dólares para comprar os activos mais arriscados, que os bancos não conseguissem liquidar.
Fonte: Público, aqui.
A crença na "mão invisível" pode sair cara à maior economia do Mundo. Só é pena é que todos os outros venham a "apanhar por tabela". O nervosismo, também, não é bom conselheiro. Os índices de confiança estão a cair e os mercados ressentem-se. Se não forem injectados os fundos necessários no sistema financeiro é toda a economia que sofre. Esperemos que as diligências tendentes a encontrar uma solução sejam coroadas de êxito. Aguardemos com tranquilidade, por ora.

Não Importa?!

Publicada por José Manuel Dias


O atual desastre econômico é o resultado de uma combinação de negligência, excesso de confiança e uma teoria econômica desastrosa. Durante décadas, as políticas fiscais e monetárias foram praticadas baseando-se na ilusão do "não importa". Primeiro veio a ilusão de que "déficits não importam". Depois, a política do "não importa" se estendeu para a criação monetária, para a expansão do crédito, para a bolha da bolsa de valores e para o boom imobiliário. Agora, já estão dizendo que a compra que o banco central está fazendo de títulos podres, com o intuito de amparar bancos e corretoras, também não importa.
[.../...]
O fato é que a economia americana está sobrecarregada por uma estrutura de capital altamente desequilibrada, conseqüência de uma enorme discrepância entre consumo e produção. E essa discrepância, por sua vez, é resultado da política monetária. Uma balança comercial persistentemente deficitária é o sintoma dessa discrepância. Isso significa que taxas de juros menores e incentivos do governo voltados para estimular o consumo irão funcionar como um verdadeiro veneno para a economia americana. Ao invés de mais consumo, são necessários menos consumo, mais poupança e menos importações.
A atual crise financeira significa que muitos devedores atingiram seu limite de endividamento e também que os credores estão diminuindo esse limite. De agora em diante, empresas e consumidores, governos e investidores terão de trabalhar sob as restrições impostas por um teto de endividamento menor.
Antony P. Mueller, via Mises Brasil, para ler na íntegra aqui.
Um contributo da Escola Austríaca para a compreensão da actual crise financeira americana que, segundo Mueller, decorrendo de desequilíbrios estruturais da economia real vai obrigar a uma profunda reestruturação do capital global. Uma leitura imperdível para quem quer avaliar a bondade das políticas de intervenção defendidas pelo FED.

€ 235,12

Publicada por José Manuel Dias


Cada português pagou, em média, 235,12 euros no ano passado em impostos municipais, mais 25,9 por cento em relação ao ano passado em que a média cobrada foi de 186,81 euros. Na origem desta subida estará o aumento dos valores do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT).Dados da Direcção-Geral das Autarquias Locais indicam que as receitas do IMI e do IMT recolhidas cresceram 32 por cento e 33 por cento, respectivamente, entre 2006 e 2007. Além disso, no ano passado a derrama também melhorou bastante, já que depende da cobrança de IRC, cuja receita cresceu 31,2 por cento. No ano passado, as 308 câmaras municipais do país recolheram junto da população cinco impostos: IMI, o IMT, o Imposto Único de Circulação, recebendo ainda cinco por cento da receita de IRS.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Um aumento de 25,9% em relação ao ano transacto é obra! Uma razão - mais uma - para reforçarmos a nossa exigência no que concerne ao desempenho das autarquias. Para além destes recursos, há que também ter em conta as receitas que a Administração Central transfere para os municípios. Dinheiro dos contribuintes que deve ser gerido com rigor, avlaiando a custo/benefício das possíveis afectações.

Concentrar-se no essencial

Publicada por José Manuel Dias



Uma organização deve assentar as suas actividades numa reflexão estratégica sobre quem são os clientes-alvo, sobre qual a sua proposta de valor e sobre qual o seu posicionamento sustentável, de modo a evitar desperdícios em recursos, motivação e atenção. Se atentarmos neste filme veremos que o vencedor é discreto, espera o momento certo e actua concretizando o seu propósito: ganhar o combate. Uma metáfora que pode ser transposta para o quotidiano. Na vida não são os que "dão nas vistas" que alcançam os melhores resultados mas os que se concentram no essencial. A eficiência e a eficácia devem andar de "braço dado".

Falhado não é quem falha

Publicada por José Manuel Dias


Falhado não é quem falha uma vez, mas quem se recusa a tentar de novo. O estigma de um mau negócio é muito pesado no mercado português: desde a banca até ao Estado, o empresário que ouse recomeçar enfrenta um longo caminho contra o preconceito.
Em Maio de 2006, a administração da fábrica de cerâmica Ceres manifestou vontade de pedir a insolvência da empresa. Francisco Lemos fazia parte dessa administração, apesar da estratégia da Ceres estar nas mãos de um accionista maioritário, cuja má gestão colocou a empresa numa posição de difícil sobrevivência. Este revés na carreira não fez Francisco Lemos recuar. Pelo contrário. O empreendedor lançou-se no desafio de reactivar a empresa, após uma paragem de dois anos e meio.Esta semana a Ceres reabriu com meia centena de trabalhadores. “A situação de dificuldade continua a existir e tem a ver com o aspecto financeiro”, confessa Francisco Lemos. Neste processo, a maior dificuldade está no acesso ao crédito. “Sentimos preconceito por parte da banca. Isto acontece porque hoje são os departamentos de risco quem manda nos bancos”, acusa o administrador da Ceres, acrescentando que “os bancos só oferecem créditos às empresas quando estes não são necessários”.
Para ler na íntegra, aqui, Semanário Económico.

Acabaram as comissões (*)

Publicada por José Manuel Dias

A partir de hoje (ontem) acabaram as comissões cobradas pela Banca nos contratos de crédito à habitação. A entrada em vigor do decreto-lei, aprovado no final de Julho em Conselho de Ministros, proíbe os bancos de cobrarem comissões na renegociação dos contratos e de fazerem depender a renegociação das condições da subscrição de produtos. Desta forma, pedir uma análise do processo de crédito à habitação, renegociar o ‘spread’ ou o prazo do empréstimo vai passar a sair a custo zero, mas apenas para os empréstimos já em vigor. Nos novos contratos de crédito à habitação tudo se mantém na mesma.O decreto-lei foi bem recebido pelas associações de defesa de consumidores, por considerarem que o diploma “vem aumentar a capacidade negocial dos consumidores”, adiantou Carla Oliveira, jurista da Deco, ao Diário Económico.No actual contexto de subida das taxas de juro, e com muitas famílias em dificuldades para pagar o empréstimo da casa, a isenção de comissões na renegociação do contrato pode ser um incentivo para rever o crédito à habitação. De acordo com os últimos números da Deco, de Setembro do ano passado, as comissões de análise de processo situavam-se entre os 52 euros e os 166 euros.O decreto-lei também colocou limitações à prática de ‘cross-selling’ (venda de produtos associados para beneficiar de melhores condições).
Notícia integral pode ser lida no Diário Económico, aqui.
(*) Na renegociação dos contratos de crédito habitação.

Mais vale tarde...

Publicada por José Manuel Dias


Queremos que as escola fiquem na linha da frente das mudanças tecnológicas. Por isso, este Governo tem apostado no plano tecnológico da educação”, afirmou o Chefe do Governo, respondendo a questões da bancada parlamentar do PS durante o debate quinzenal na Assembleia da República.
Os 400 milhões de euros serão usados na instalação de Internet e de quadros interactivos em todas as salas de aula, aumento da velocidade da Internet e distribuição dos computadores “Magalhães” a crianças do Ensino Básico.
“Queremos que os cidadãos que entrem daqui a 15 anos no mercado de trabalho já não tenham dificuldades por desconhecem inglês ou por não estarem impreparados para usar novas tecnologias”, justificou.
Fonte: Correio da Manhã, aqui.

Toca a todos, quase de certeza

Publicada por José Manuel Dias


O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou ontem que o mundo inteiro sofrerá com a crise financeira com origem nos Estados e alertou que "quase de certeza vai atingir os portugueses"."Aqueles que sofrem esta crise financeira estão espalhados pelo mundo", disse Aníbal Cavaco Silva, em declarações à comunicação social durante a sua visita à sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. "Não só porque têm menos acesso ao crédito, [mas também porque] pagam taxas de juro mais elevadas", justificou.
"A Wall Street é o epicentro do ciclone financeiro", afirmou o chefe de Estado português, acrescentando que tem a sua ideia sobre aquilo que falhou: "Os reguladores, os supervisores, bancos centrais, a invenção que se fez de produtos financeiros". "Permitiram-se todas as invenções. De tal forma que, agora, nem se consegue descortinar o que é que está dentro dos vínculos financeiros que foram inventados. Os produtos são tão complexos, nem os próprios reguladores entendem o que está dentro desses produtos", sublinha.
No entanto, o Presidente da República assegurou não acreditar que esta crise signifique a falência da economia de mercado. "Funciona se houver uma regulação. Não podia funcionar segundo uma regra geral da mão invisível. Por isso é que existem entidades reguladoras, por isso é que existe responsabilidade dos governos. Alguém disse, a democracia é o pior dos regimes, excepto todos os outros; a economia de mercado é a pior, excepto todas as outras", afirmou.
Fonte: Jornal Público, aqui.

Economia, impostos e despesas

Publicada por José Manuel Dias


A receita fiscal está em derrapagem. Nos primeiros oito meses do ano faltam nos cofres fiscais pelo menos 595 milhões de euros e só adiamentos de despesas e excedentes com a Segurança Social - aumento de contribuições e "cortes" no subsídio de desemprego - seguram o défice orçamental entre os 2,2% e os 2,5% do PIB.Em impostos indirectos, mais sensíveis ao andamento da economia, o Estado já perdeu 707,3 milhões de euros, entre Janeiro e Agosto. Em IVA, "faltavam" 304 milhões de euros, justificados pelo abrandamento da procura interna - consumo e investimento - já que a descida do imposto de 21% para 20% ainda não teve impacte significativo na receita. Em contrapartida, os impostos directos - destaque para o IRC, o imposto sobre os lucros - excedeu as estimativas em 103,8 milhões de euros.
É a Segurança Social que "salva" o défice. Um excedente de 1,5 mil milhões de euros, um acréscimo de 616,6 milhões de euros face a igual período do ano passado, explicado por um aumento de 7,5% nas receitas e um crescimento de apenas 2,9% nas despesas.
Fonte; Diário de de Notícias, aqui.
Se a economia abranda as receitas arrecadadas, via impostos, diminuem. As despesas do Estado, nas quais se incluem os salários dos funcionários públicos, mantêm-se, dada a sua rigidez. O acréscimo do défice seria, assim, o corolário lógico desta situação não fosse o bom desempenho da Segurança Social. Resta saber até quando...

Estadista ou estatista?

Publicada por José Manuel Dias


Um dia destes, George W. Bush ainda acabará por ser recordado, não como um grande estadista, mas como um grande estatista. Tudo por causa do combate aos estragos causados pelos mágicos do dinheiro fácil e pela atitude crédula de que viveremos eternamente no mundo do crédito sem fim.
O que assistimos agora é o resultado, como sempre desastroso, de mais uma forma de se conseguir mais lucros e bónus através da utilização do dinheiro de muita gente no mercado financeiro global. Ganhar dinheiro de todas as formas possíveis sempre foi glamoroso durante o século XX. Lembremo-nos dos "roaring twenties" descritos por F. Scott Fitzgerald, antes da crise de 1929. Ou dos loucos anos 60, antes da crise petrolífera. Ou de "A Fogueira das Vaidades" de Tom Wolfe, nos anos 80, antes da próxima crise. A economia e o sistema financeiro sempre viveram crises destas, em que se gastou mais do que se poupou, em que se investiu demasiado em sonhos que acabaram em pesadelos. Vivemos numa época em que a massificação da cultura da riqueza fácil (dos concursos televisivos ao investimento em derivados) se tornou global. E em que todos nos atirámos ao mar, ao som de sereias que cantavam a facilidade do crédito inesgotável. O Estado só regressou para que o dilúvio universal não aconteça devido à irresponsabilidade geral. Ronald Reagan, afinal, é que tinha uma visão simples e realista da economia: "Se se mexe, taxem-na; Se se continuar a mover, regulamentem-na; Se parar de se mexer, subsidiem-na".
Fernando Sobral, no Jornal de Negócios, aqui.

Queen - Bohemian Rhapsody

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Os maus créditos...

Publicada por José Manuel Dias


O crédito malparado atingiu em Julho os 2,73 mil milhões de euros, mais 3,2 por cento do que no mês anterior, diz o Banco de Portugal.
Os dados, divulgados esta segunda-feira, apontam ainda para outro cenário: o malparado das famílias portuguesas disparou 24% no espaço de um ano. Mais um reflexo de que a crise já se faz sentir no bolso dos portugueses é o facto do crédito de cobrança duvidosa no sector da habitação ter subido para os 1,48 mil milhões de euros no mesmo mês em análise. Já ao nível do crédito ao consumo, o malparado subiu 3,2% até aos 678 milhões de euros.
Deste modo, e ainda de acordo com o Banco de Portugal, o malparado está já a valer 2,1% do total de crédito concedido. Por outro lado, o crédito da banca concedido a particulares situou-se em Julho nos 133,2 mil milhões de euros, mais 0,5% do que em Junho.
Fonte: Agência Financeira, aqui.
...têm, por regra, origem nos bons tempos. Alterações nos rendimentos dos devedores, em resultado de causas diversas, como desemprego, divórcio ou doença, podem conduzir a situações de incumprimento se não se encontrarem tempestivamente soluções adequadas.

Green Day - Wake Me Up When September Ends

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Ser simpático compensa!

Publicada por José Manuel Dias


Um livro escrito por duas mulheres, Linda e Robin, cujo sucesso pode ser explicado pela observância do princípio orientador: ser simpático compensa!
As autoras, líderes da poderosa agência de publicidade Kaplan Thaler, socorrem-se de vários estudos para provar porque as pessoas simpáticas têm mais sorte no amor (ou menos divórcios); porque ganham mais dinheiro; porque são mais saudáveis e, por fim, porque passam menos tempo nos tribunais. No capítulo seguinte apresentam os seis princípios da simpatia. O primeiro salienta a importância de causar uma boa primeira impressão. O segundo refere que vale a pena ser simpático com estranhos pois nunca se sabe de onde virá a recompensa. Na mesma linha as autores advertem, no terceiro princípio, que é um erro apenas ser simpático para os nossos chefes ou pares. O quarto diz que a simpatia deve ser espontânea. O quinto salienta que as más impressões propagam-se como um vírus. No sexto as autoras apelam a que ouçamos sempre a nossa consciência. Seguem-se vários casos de pessoas e empresas que põem em prática essa filosofia de vida. Um livro simpático que pode ajudar a melhorar as nossas competências.
Fonte: Público,
aqui.

Alguém falhou... (*)

Publicada por José Manuel Dias


O departamento do Tesouro norte-americano publicou ontem à noite uma ficha explicativa do plano governamental de 700 mil milhões de dólares (483 mil milhões de euros) que está a ser negociado com o Congresso para salvar o sector bancário nos Estados Unidos.
Segundo um comunicado do departamento, o plano dá ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, a autoridade, em concertação com o presidente da Reserva Federal (FED), Ben Bernanke, “para adquirir activos incertos” dos bancos ligados a empréstimos hipotecários, tal como “outros activos, desde que necessário, para estabilizar efectivamente os mercados financeiros”.
“As instituições financeiras que participam (neste programa) devem realizar operações significativas nos Estados Unidos, a menos que o secretário (do Tesouro) não determine, em concertação com o presidente da Reserva Federal, que uma definição mais ampla é necessária para estabilizar eficazmente os mercados”, refere o plano. Os activos serão geridos por gestores privados sob a direcção do Tesouro, que terá plenos poderes sobre a sua gestão, e que terá três meses até apresentar contas pela primeira vez ao Congresso, após o que só deverá fornecer relatórios semestralmente.Por fim, o produto da venda dos activos, num prazo não fixado, será incluído no Orçamento geral do Governo Federal.
Fonte: jornal Público, aqui.
...mas agora tem que ser ou, dito de outro modo, não há alternativa porque o "mal do sector" financeiro pode estender-se a toda a economia. Os americanos podem ser muito liberais mas "não são parvos".

Zélia Duncan - Quase Sem Querer

Publicada por José Manuel Dias

Sobe, sobe, taxa sobe

Publicada por José Manuel Dias


As taxas Euribor a três e seis meses atingiram hoje máximos históricos. A instabilidade no mercado de crédito europeu está a ditar o aumento das taxas interbancárias, o que deixa antever novas subidas da prestação da casa.
A Euribor a 6 meses, o indexante mais utilizado para o crédito habitação em Portugal, fixou-se nos 5,223%. Com esta subida, a média mensal do indexante a seis meses volta a aumentar, situando-se nos 5,181%, o valor mais elevado de sempre. A manter-se a tendência, as famílias cuja revisão do contrato aconteça no próximo mês já vão sentir o aumento na prestação da casa. Também os novos contactos de crédito à habitação feitos em Outubro vão pagar um juro mais elevado. A Euribor a três meses, o indexante que os bancos têm mais adoptado nos últimos anos para os novos empréstimos, também subiu, e atingiu os 4,991, o valor mais alto de sempre.
Fonte: Diário Económico, aqui.
Más notícias para todos nós. Vamos pagar mais pelo mesmo crédito. Se quisermos pagar a mesma prestação (amortização de capital mais juros) só nos resta dilatar o prazo ou, caso se tenha poder negocial, melhorar o spread. Quem, como eu, faz consultadoria financeira sabe, no entanto, que só não há "solução para a morte e para o pagamento de impostos".

Ontem já não era tarde?

Publicada por José Manuel Dias


A Autoridade da Concorrência (AdC) garantiu hoje que vai analisar o desfasamento entre a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais e os preços finais praticados pelas gasolineiras.Segundo o comunicado da AdC, a "análise aprofundada" do mercado dos combustíveis líquidos em Portugal resulta de dados adicionais solicitados às empresas petrolíferas (entre outros operadores no mercado) após a divulgação do Relatório sobre o Mercado dos Combustíveis em Portugal, de 2 de Junho de 2008. A entidade "não deixará de actuar atempadamente, fazendo uso da sua competência sancionatória", se verificar a existência de práticas anómalas ou factores que afectem a concorrência do mercado.
Fonte: Jornal Público,
aqui.

Caso único na Europa

Publicada por José Manuel Dias


Os dados da Associação Portuguesa da Indústria de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), indicam que, em 2007, as vendas de calçado português para o exterior somaram 70 milhões de pares, no valor de 1230 milhões de euros, tendo o calçado sido vendido a um preço médio de 17,66 euros. Já as importações ascenderam a 52 milhões de pares, no valor de 318 milhões de euros, e o preço médio do calçado comprado foi de 7,03 euros. Nesse ano, o calçado português apresentou um saldo comercial positivo de 17 milhões de pares e 862 milhões de euros. O preço médio de exportação de calçado português, na ordem dos 18 dólares, destaca-se como um dos mais elevados do mundo, logo a seguir a Itália, traduzindo a aposta dos industriais em segmentos de elevado valor acrescentado. De acordo com a APICCAPS, este ano as exportações de calçado deram já mostras de algum dinamismo, estando de novo a crescer "ainda que a um ritmo moderado".
Fonte: Diário Económico, aqui.
Quando as empresas se redireccionam para mercado mais atractivos e melhoram a sua proposta de valor alcançam níveis de produtividade superiores. Mudar depende da gestão. Melhorar o desempenho por via do reforço da formação dos colaboradores é condição necessária mas não basta. É preciso escolher os clientes que se quer servir e agir em conformidade de modo a alcançar uma vantagem competitiva. O sector do alcançado constitui um excelente exemplo. Hoje já rivalizamos com o calçado italiano. Temos boas empresas mas algumas - as que não se conseguiram adaptar às novas exigências - ficaram pelo caminho. Podemos dizer com orgulho que Portugal é o único país da Europa com saldo comercial positivo no sector do calçado.

Réplicas

Publicada por José Manuel Dias


Condições de crédito mais difíceis para o Estado, para as instituições financeiras, para as empresas e para as famílias, quer por via do aumento das taxas de juro, quer pela escassez de financiamento, são o principal impacto desta crise financeira iniciada em finais de Julho do ano passado nos Estados Unidos. O alerta é de António Borges em declarações ao Negócios.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.

A cronologia da crise (*)

Publicada por José Manuel Dias


Daqui: Janeiro de 2001, "Mortgage lending excesses in the early years of this decade ultimately took a toll on the financial sector, bringing down lenders like Countrywide Financial and Wall Street icons like Bear Stearns. As confidence ebbed, credit tightened, and central banks took steps to limit the damage to the economy and the financial system".
Até aqui: 15 de Setembro de 2008, "Mortgage lending excesses in the early years of this decade ultimately took a toll on the financial sector, bringing down lenders like Countrywide Financial and Wall Street icons like Bear Stearns. As confidence ebbed, credit tightened, and central banks took steps to limit the damage to the economy and the financial system".
(*) do subprime vista pelo The New York Times, pode ser vista em detalhe aqui, com imagem picada daqui.

Bob Marley - No Woman No Cry

Publicada por José Manuel Dias

Uff

Publicada por José Manuel Dias


O sistema bancário português tem uma exposição pouco significativa à Lehman Brothers, reflectida no balanço, garantiu esta segunda-feira o Banco de Portugal.
«De acordo com a informação recolhida pelo Banco de Portugal (BdP), a exposição no balanço do sistema bancário português à Lehman Brothers não é significativa», disse à «Lusa» fonte oficial da instituição.
Após o anúncio hoje da falência do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, o supervisor do sistema financeiro português fez uma recolha de informações junto dos bancos portugueses, precisamente para saber qual a exposição do sistema bancário português.
A Lehman Brothers não tem activos em Portugal e está registada apenas como uma instituição que presta serviços.

Senhora do vinho

Publicada por José Manuel Dias


Teresa Cadaval venceu o prémio 'Senhora do Vinho' dos Prémio Eva 2008, em Espanha. Trata-se do único prémio gastronómico feminino internacional, uma criação da Associação de Mulheres Empresárias de Navarra e do Governo de Navarra.
O objectivo é homenagear um conjunto de personalidades internacionais que se destacam a nível mundial como promotoras da excelência gastronómica nos mais diversos campos, através da selecção realizada por um júri onde estão especialistas do Estados Unidos da América, França, Espanha, Itália e Brasil.
Fonte da agência de Comunicação responsável pela internacionalização da Casa do Cadaval, a Força Motriz, sublinhou a importância deste prémio: «Assume uma especial relevância, dada a importância estratégica de Espanha, enquanto parceiro económico de Portugal e possibilita também o reconhecimento de um produtor português num mercado onde os vinhos nacionais se tem deparado com reconhecidas dificuldades de penetração».
A casa Cadaval é uma empresa do sector agro alimentar que gere cerca de 5,400 no Ribatejo. A herdade está na posse da família desde 1648, e integra a Casa Cadaval Investimentos Agrícolas, uma sociedade anónima que factura cerca de quatro milhões de euros por ano, empregando cerca de 40 pessoas.
Fonte: Semanário Sol, aqui.

Livro de leitura obrigatória (*)

Publicada por José Manuel Dias


A Peter Drucker é atribuída a paternidade da gestão. Ele é dos poucos pensadores que se pode gabar de ter mudado o mundo com as suas ideias.Inventou conceitos como as privatizações ou a gestão por objectivos, profetizou a emergência dos trabalhadores do conhecimento e tornou a gestão uma disciplina séria, respeitada e acessível a milhões de pessoas. Na sua visão, a gestão é simultaneamente uma arte e uma prática. É uma “arte” que se alimenta de ciências como a economia, psicologia, história, matemática, teoria política e filosofia. E é também uma “prática” – como a medicina - no sentido em que não interessa se um tratamento é, ou não, científico, mas sim se cura ou não o doente. No seu entender, a gestão é fundamentalmente uma ciência social que lida com pessoas e cujo âmbito não se confina ao mundo empresarial (por isso, o autor dedicou uma grande atenção às organizações sem fins lucrativos). Apesar de todas estas contribuições, Peter Drucker com a sua proverbial modéstia, recusava o título de “pai do management”.
Fonte: Jornal Público, aqui.
(*) agora, também, em português.

Festejar o início das aulas

Publicada por José Manuel Dias


Um grupo de profesores e alunos da Escola Secundária S. João do Estoril deslocou-se a Lviv, a segunda cidade Ucraniana, para assistir ao início do ano lectivo. As aulas iniciam-se no dia 1 de Setembro, ainda que seja sábado, domingo ou feriado.
Da reportagem que pode ser lida na íntegra aqui destacamos estas passagens:
1) "É quase tudo diferente, desde a maneira como os alunos estão nas aulas até à forma de lidar com os professores e a directora. O respeito que têm pelo país. Levam a escola a sério, como se fosse um trabalho", diz Ricardo Lobato, 16 anos, 11.º ano de Humanidades;
2) Por outras palavras, Maria de Lurdes Valbom, 55 anos, professora de Economia, tira a mesma conclusão: "Há uma maior exigência na Ucrânia. A nível da disciplina, da postura dos alunos. A educação é encarada como fundamental na vida do cidadão. Em Portugal, a escola devia ser mais exigente a todos os níveis, em relação aos alunos e aos professores";
3) "A partir de agora valorizo mais a escola portuguesa. E acho que se facilita demasiado em Portugal. Tive colegas que passaram e deveriam ter chumbado", comenta a Inês. Vem do privado tal como acontece com 80% dos alunos que participaram no intercâmbio. A Catarina acrescenta: "A escola na Ucrânia é mais rígida. Os alunos levam a escola mais a sério. Têm outro tipo de atitude."

Faz todo o sentido...

Publicada por José Manuel Dias


O Governo aprovou em Conselho de Ministros o regime jurídico relativo à Central de Responsabilidades de Crédito, com o qual pretende que se previna situações de sobreendividamento.
«Este Decreto-Lei vem modernizar e dotar de maior fiabilidade o actual regime jurídico que rege o serviço de centralização de riscos de crédito, gerido pelo Banco de Portugal», refere o comunicado do Governo.
Assim, adoptam-se medidas que «permitem complementar» a informação disponível junto do Banco de Portugal, de modo a «promover a eficiência» na agregação das responsabilidades de crédito de cada cliente e a fiabilidade dos dados que são disponibilizados.
Por outro lado, favorece-se, também, a acessibilidade a essa informação pelas entidades responsáveis pela concessão de crédito.
«Desta forma, através do aperfeiçoamento da Central de Responsabilidades de Crédito, reforçam-se as condições de análise de solvabilidade do consumidor prévia à concessão ».
Fonte: Agência Financeira, aqui

As leis não são para cumprir?

Publicada por José Manuel Dias


Cerca de 80% das empresas públicas não cumpriram com os requisitos de divulgação de informação e transparência a que passaram a estar obrigadas a partir de Abril de 2007, altura em que entraram em vigor os princípios de bom governo, conclui o primeiro balanço feito sobre o tema pelo Ministério das Finanças. Entre as 77 empresas analisadas, que representam 90% das carteiras de participações relevantes do Estado, houve sete - entre elas a agência de compras públicas, a AICEP e a Metro do Porto - que não remeteram qualquer informação às Finanças ou o fizeram de forma muito deficiente.
Fonte: Jornal de Negócios,
aqui.

Bob Marley - Redemption Song

Publicada por José Manuel Dias

Sinais dos tempos

Publicada por José Manuel Dias


“(…) Citado pela agência AP, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, afirmou hoje que a administração Bush decidiu intervir para impedir o colapso dos dois colossos do crédito imobiliário, cujas consequências seriam catastróficas.
A intervenção estatal poderá custar milhares de milhões de dólares aos contribuintes norte-americanos, mas o custo de uma falência de uma destas sociedades seria ainda mais pesado, garantiu Paulson.
«A Fannie Mae e o Freddie Mac têm uma dimensão tal que a falência de um deles causaria uma enorme turbulência nos mercados financeiros, tanto nos Estados Unidos como no estrangeiro», afirmou o responsável, numa intervenção televisiva.
«A falência (de uma das instituições) afectaria a capacidade dos americanos de obter créditos à habitação, empréstimos automóveis e crédito ao consumo», acrescentou Paulson. (…)”
Transcrito da Agência Financeira, aqui.

Postas taberneiras

Publicada por José Manuel Dias


Lemos a capa do DN de hoje e parece que estamos a ouvir o Sr. Júlio da taberna a resmungar: "O pior Agosto de sempre no turismo português". No título interior, desaparece o "português". E quando acabamos de ler o texto, percebemos que afinal era basicamente só ao Algarve que se referiam, com um remate final do género "ah e tal, e no resto do país a situação foi semelhante", para aligeirar a coisa. Mas, adiante, que nem são as considerações geográficas que me fazem escrever.
Por uma simples questão de rigor, há palavras que deviam ser excluídas do léxico jornalístico. Uma delas é a palavra "sempre". Porque "sempre" é, por definição, um conceito temporalmente indefinido, o que não combina bem com rigor. O que é que a Leonor Matias quer dizer com "sempre"? Desde o ano passado? Nos últimos dez anos? Desde o 25 de Abril 1974? Desde 1143? No texto, apenas se diz que "ocupação hoteleira (...) baixou face face a igual mês de 2007". Ah, talvez o "sempre" signifique "desde o ano passado"...
E o "pior", já agora, refere-se a quê? Número de turistas mais baixo de sempre? Será a "ocupação hoteleira" mais baixa de sempre? (E o que raio é isto? Será taxa de ocupação hoteleira? Será número de turistas que ocupam as instalações hoteleiras?) Ou será antes o volume de negócios mais baixo de sempre? Não sabemos...
Com a devida vénia do Blogue A Pente-Fino, aqui.

Estamos a mudar os hábitos (*)

Publicada por José Manuel Dias


Há cada vez mais condutores a deixar o carro em casa e a utilizar transportes públicos. O sistema ferroviário registou, no primeiro semestre, o volume mais elevado de passageiros dos últimos seis anos e o metro ganhou clientes.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o tráfego total em comboios suburbanos e interurbanos atingiu 79,7 milhões de passageiros, no primeiro semestre. Este valor não só representa um crescimento de 1,4%, em termos homólogos, como é necessário recuar seis anos nos registos do INE para encontrar um volume total de passageiros mais elevado, até Junho (81,5 milhões, em 2002).
Fonte: Jornal de Notícias, aqui.
(*) ou o menor recurso ao automóvel foi apenas ditado por restrições orçamentais?

Ano da mudança

Publicada por José Manuel Dias



Este é o ano do centenário da General Motors, a famosa GM, mas pode ser uma data marcada pela derrota: as vendas no primeiro semestre do ano mostram uma vantagem de 300 mil unidades por parte da Toyota, com a empresa japonesa a crescer 2%, enquanto a sua rival americana regista uma quebra de 5%. Com este cenário é previsível o fim de 77 anos de liderança da GM como maior vendedora de automóveis a nível mundial. E dificilmente se repetirá o milagre de 2007: depois de a Toyota liderar quase todo o ano, as contas finais acabaram numa espécie de empate na ordem dos 9,3 milhões de unidades vendidas. Mas visto ao pormenor, a GM comercializou mais três mil carros que os japoneses.Com as vendas de carros a registarem níveis recordes na China e restante Ásia, com excepção do Japão, é sobretudo a situação de recessão económica nos Estados Unidos que explica a quebra da GM.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.

U2 Bono Pavarotti

Publicada por José Manuel Dias

Banca on line

Publicada por José Manuel Dias


Mais de cinco milhões de clientes já aderiram aos serviços de Banca online das principais instituições financeiras nacionais. Segundo uma avaliação feita pelo SOL junto dos principais bancos, este modo de relacionamento entre clientes e Banca virtual tem crescido 15% a 40% ao ano.
O Millennium BCP é o banco com maior adesão à banca virtual, tendo, até ao momento, 1,8 milhões de clientes registados. E, de forma recorrente, cerca de meio milhão de utilizadores acede mensalmente aos produtos e serviços disponibilizados no site do Millennium.
Fonte: semanário Sol, aqui.
Uma forma de contacto com o Banco que vem crescendo de forma muito acelerada, com vantagens para os utilizadores e para os próprios Bancos que assim reduzem os seus custos operacionais.

Síndrome pós férias

Publicada por José Manuel Dias


Problemas de sono, falta de energia física, sinais de ansiedade. Se foi atacada/o por algum destes sintomas ao regressar de férias, então,... tudo normal. Os especialistas identificam o stress pós-férias como uma variante “de um fenómeno bastante mais amplo que é conhecido por Stress Relacionado com o Trabalho (SRT)”. Este tipo de sofrimento começa muitas vezes antes mesmo que as férias acabem, com um aumento da ansiedade e instabilidade de humor. Como o fenómeno é cíclico, há que adoptar ‘truques’ para não sucumbir ao drama do regresso ao trabalho. Na vida pessoal: regressar a casa alguns dias antes do fim das férias, para ‘normalizar’ o ritmo; reconhecer que retomar horários (de trabalho, refeições) exige adaptação; dormir sete ou oito horas por dia, para ter energia; retomar ou manter uma alimentação saudável (regular e rica em fruta e legumes); evitar realizar tarefas que impliquem deslocações nos primeiros dias – se deixar isso para a segunda semana prepara uma transição mais tranquila; praticar desporto e convívio com amigos nos dias de semana, ou prosseguir com os seus hobbies no resto do ano. No local de trabalho: mentalizar-se que o rendimento vai aumentar ao longo dos dias – por isso, começar de forma gradual; estabelecer objectivos alcançáveis/novos na vida laboral, que sejam motivadores; evitar retomar o trabalho a uma segunda-feira, para evitar a percepção de uma semana longa; adoptar uma atitude positiva face ao trabalho e evitar concentrar-se nos incómodos que sente.
Fonte: Semanário Económico, aqui.

Afinal toca a todos...

Publicada por José Manuel Dias


Os europeus e os norte-americanos têm o sentimento de ter perdido poder de compra nos últimos três anos, em particular os franceses e os italianos, segundo uma sondagem Harris Interactive/France 24/International Herald Tribune hoje publicada. "Os franceses e os italianos são os mais severos face à evolução do poder de compra ao longo dos últimos três anos, 88 e 90 por cento respectivamente considerando que o poder de compra baixou no país", sublinha a sondagem, que não abrangeu Portugal.
O lazer, os produtos culturais e os bens de equipamento são os principais afectados destas restrições, enquanto o consumo de bens alimentares foi o menos afectado.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Sinais dos tempos, efeitos da globalização a que também nós não escapamos. É a vida. Só nos resta consumir menos, decidindo criteriosamente os nossos gastos.

O Banco de Portugal esclarece...

Publicada por José Manuel Dias


Como é possível identificar uma conta de depósito? Como podem ser classificadas as contas de depósitos a ordem? Quando é que os bancos podem negar a concessão de crédito? Quando podem pedir elementos adicionais de identificação? Quais os documentos que podem ser exigidos na abertura de uma conta de depósito? Quando é que pode ser impedida a movimentação dos fundos depositados? Pode o banco pode retirar fundos da conta de um cliente que esteja devedor da instituição? As contas de DO podem ser encerradas? O que são "serviços mínimos" bancários? E muitas outras questões são respondidas aqui, pelo Banco de Portugal.
(*) caderno publicado nesta data pelo Banco de Portugal que aborda um conjunto de informação considerada relevante sobre deveres de informação, tipos de depósitos e regimes, titularidade, abertura de conta e elementos identificativos, movimentação e encerramento de conta e serviços mínimos bancários.

Boletim dos professores

Publicada por José Manuel Dias


O Boletim dos Professores n.º 12, distribuído por todas as escolas, dá especial destaque às medidas desenvolvidas no âmbito do Plano Nacional de Leitura, com o objectivo de promover a criação de hábitos de leitura, considerados essenciais para alcançar melhores níveis de aprendizagem. No início deste ano lectivo, a oferta de um livro a todos os alunos que entram para o 1.º ano pretende assinalar o início da vida escolar das crianças, incentivando o gosto por ler. O alargamento da Acção Social Escolar é outra das temáticas privilegiadas, com a explicitação das regras que vão mudar, de modo a abranger um maior número de alunos.
O Boletim dos Professores aborda, ainda, as seguintes temáticas:
Organização e gestão do currículo;
Alargamento da rede de educação pré-escolar;
Programa de Modernização do Parque Escolar do ensino secundário;
Regras de funcionamento dos centros de formação de associação de escolas;
Regras a observar no concurso para a eleição de directores das escolas.

Stop and Hear the Music

Publicada por José Manuel Dias

Uma mão amiga fez-me chegar este mail que não resisto a partilhar convosco:"Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Um sujeito entra na estação do metro, vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo da entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora de ponta matinal. Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemovel no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de marca".


A Universidade e as reformas

Publicada por José Manuel Dias


A Universidade tende sempre a escapar às reformas. Não foi atingida pelo PRACE, foi parcialmente poupada a medidas de contenção financeira, vê adiada a avaliação de docentes e ensino, escapa a grandes traumas na distribuição interna do poder e viu adiado, (para que calendas?) o estatuto dos docentes.
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A pressão orçamental, mais que tudo, já havia forçado a universidade a fazer contas, abandonar megalómanos pedidos de pessoal, cancelar cursos sem procura, utilizar as reservas financeiras dos anos gordos. Esforço desigualmente prosseguido. Mesmo na assumpção de responsabilidades de parte patronal na Caixa Geral de Aposentações, a universidade foi temporariamente poupada, (não o sendo os hospitais) e só este ano entrou no regime comum. Daí o clamor de dívidas acumuladas no valor de 90 milhões de euros; mas já se lê que elas serão objecto de generosa regularização em 2009.
António Correia de Campos, no Diário Económico, aqui.
Na parte final do artigo, este ex-Ministro, grande implusionador de reformas no sector da Saúde, apresenta um conjunto de sugestões para aplicação às Universidades. A serem lidas com atenção.

Subsídios para a história da criminalidade

Publicada por José Manuel Dias


O salazarismo transfigurou a violência da sociedade em violência do Estado. Desde então, os crimes contra o património (e, durante a ditadura, os crimes contra a ordem pública) passaram a dominar as estatísticas, superando o homicídio e os demais crimes violentos. Mas ainda em 1994 se registava mais de 400 homicídios dolosos por ano (mais de um por dia) e até 2000 o número não desceu abaixo de 300. Até 2004 o número excedeu sempre 200, começando, nos anos seguintes, a situar-se em menos de 200 – tendência que hoje persiste.
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Todavia, o crime em períodos anteriores interessava mais à Imprensa especializada, desprezada pelas elites. As ameaças terroristas suscitaram uma situação de insegurança mundial. A corrupção, o branqueamento e os tráficos tornaram--se temas políticos por excelência. Também os maus tratos e a violência doméstica aumentaram a partir do momento em que a lei os tornou públicos (não dependentes de queixa) em 1998, alterando a natureza que lhes fora ainda atribuída em 1995. Mas os homicídios de todo o género e os roubos violentos, incluindo o ‘esticão’, foram persistindo.
A inovação criminosa da sociedade de segurança e tecnológica foi o carjacking. A visibilidade mediática deste crime sugere-nos uma violência que não existia. A vantagem das notícias é a intolerância para com a violência. O seu maior defeito é criar um passado idílico e fazer eco – sem razão – de relações erradas, como a que se pretende estabelecer entre a restrição dos crimes sujeitos a prisão preventiva e a criminalidade violenta, à qual nunca deixou de ser aplicável tal medida. Devemos enfrentar o crime violento e atacar as suas raízes para melhorar o Mundo e não para obter ganhos partidários ou sindicais.
Fernanda Palma, no Correio da Manhã, aqui.

Exportações: tecnologia já pesa mais de 50%

Publicada por José Manuel Dias


O perfil das exportações portuguesas está a modificar-se e a demonstrar mais tecnologia, depois da industria tradicional ter ganho quota nas exportações industriais entre 2006 e 2007, altura em que interrompeu uma tendência de modernização dos produtos verificada desde o princípio da década. Ainda assim, os sectores de produtos de baixa intensidade tecnológica, considerados como tradicionais - têxteis, calçado, produtos alimentares, pasta, papel - representam ainda mais de um terço das vendas industriais para fora de fronteiras. Dados oficiais indicam que 34,1% das exportações nacionais ocorridas nos primeiros cinco meses do ano, têm como base produtos da fileira da indústria tradicional. Isto representa uma queda de 1,1 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado, depois de em 2007 este tipo de produtos ter angariado posições face a 2006. Esta realidade contrasta com a que se verificava em 2001, em que mais de 44% das exportações industriais eram constituídas por produtos tradicionais e as exportações de produtos com tecnologia intermédia rondava a mesma percentagem. Oito anos depois, o raio X à qualidade das exportações já acusa outro esqueleto da economia. A predominância da baixa tecnologia no tecido industrial parece assim ter passado à história. A economia está a fazer a transição da "baixa tecnologia" para a "média tecnologia". A média tecnologia está presente em 55% das vendas industriais, enquanto o peso dos produtos base (tradicionais) caiu dez pontos percentuais.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Estamos a assistir a uma profunda mudança no perfil das nossas exportações. Sem darmos por isso, em 5 anos, o acréscimo de produtos de "média tecnolgia" aumentou cerca de 25%. Um realce justificado.