Assim se faz Portugal...

Publicada por José Manuel Dias


Nove selecções que participam nos Jogos Olímpicos deste ano em Pequim, incluindo a portuguesa, vão vestir fatos de hipismo made in Portugal, salvando 500 postos de trabalho em Paços de Ferreira.
A fábrica que produz os equipamentos que serão usados pelos atletas olímpicos, a Profato, estava há um ano na falência quando foi «descoberta» pelo alemão Dieter Klein, que viu na pequena unidade um grande potencial de investimento. «Comprei essa fábrica e uma outra de corte também em Paços de Ferreira por um euro e fiquei com todas as dívidas, num total de 4 milhões de euros, e prejuízos acumulados de 7 milhões de euros nos últimos três anos», contou à agência Lusa o proprietário da Profato, que falava à margem de uma apresentação organizada pelo Ministério da Economia para dar a conhecer as empresas envolvidas no evento olímpico.
Segundo Dieter Klein, o risco que assumiu no início de 2007 foi um «tiro certeiro», visto que ambas as unidades estão já a dar lucro, esperando fechar o ano a Profato com um resultado positivo de 500 mil euros e a Supercorte de 800 mil euros.
Fonte: semanário Sol, aqui.
Uma empresa em situação de quase insolvência é recuperada pelas mãos de um gestor alemão e vai apresentar lucros de 500 mil Euros. Não são as condições nem os recursos que impedem a consecução de bons resultados, a liderança parece ser determinante. Um bom caso de estudo...

Cost to income (*)

Publicada por José Manuel Dias


Em alturas de forte expansão ou de contracção económica, o denominador da equação apresenta uma maior elasticidade, mas os custos não se adaptam de forma automática, sobretudo na rubrica de pessoal onde existem vários direitos adquiridos. Na actual conjuntura, de abrandamento no crescimento das receitas, os três maiores bancos cotados estão a fazer um esforço para reduzir os seus encargos fixos, com o objectivo de contrariar a subida registada nos rácios de eficiência. A fórmula tem sido: antecipar as reformas dos funcionários, cortar nas pensões e recorrer ao ‘outsourcing’.
Mas como não existem fórmulas mágicas, este é um processo que leva o seu tempo e até lá os lucros do sector continuam a ressentir-se da crise. Nos primeiros seis meses do ano, os quatro maiores bancos privados em Portugal lucraram menos 500 milhões de euros.
Pedro Carvalho no Diário Económico, aqui.
(*) Relação entre os custos e as receitas geradas

Atenção aos BRIC

Publicada por José Manuel Dias


A lista das 500 Globais é interessante porque diz muito sobre o que vai por esse mundo. Por exemplo, nos últimos anos, as petrolíferas e as empresas ligadas às matérias-primas tem subido muitos lugares nos rankings. Simultaneamente, os EUA, tem menos empresas na lista (153) mas ainda assim quase um terço do total. Ora, esta perda relativa da América, que se deve também à quebra do dólar, é compensada pelo ganho da China que apresenta 29 companhias, tantas quantas a Itália, a Espanha e a Austrália somadas. Nada mau, para um país que até há poucos anos nem queria ouvir falar no capitalismo e que continua a considerar-se comunista. Mas não é só a China que sobe. Os outros BRIC (nome cunhado pela Goldman Sachs para Brasil, Rússia, Índia e China) também ganham lugares: o Brasil tem cinco empresas, três bancos mais a Petrobras e a CVRD. A Rússia tem também cinco; quatro no sector energético, petróleo e/ou gás e um banco e a Índia tem sete. Se as empresas portuguesas querem saber quais são os clientes ou parceiros do futuro, ou melhor, do presente, não restam dúvidas. É preciso apostar na China. Das grandes economias emergentes é a maior e a que mais cresce. É seguro afirmar que para o ano os BRIC terão mais empresas nas 500 Globais e que a China terá ainda mais. E, para os países que procuram investimento estrangeiro, a China é, também, um gigante que convém ter em mente.
João Caiado Guerreiro, no Semanário Económico, aqui.

The Star Tracking

Publicada por José Manuel Dias


Mais de 800 portugueses com experiência de vida e de trabalho no estrangeiro vão estar reunidos quinta-feira (hoje) no Campo Pequeno, em Lisboa, para mostrarem o empreendedorismo, a iniciativa e o "talento global português" que existe fora de Portugal.
Organizado pela Odisseia de Talento The Star Tracking, o evento vai contar com a presença do chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Nascido de uma iniciativa privada, o The Star Tracking pretende identificar o talento global português e incentivar a partilha de experiências e informações dessa comunidade com o objectivo de criar valor para o país.
Com a filosofia de que "o que é nacional é bom" e que tem de se valorizar o "ser português", o The Star Tracking proíbe que os seus mais de 15 mil membros falem mal de Portugal.
Ler notícia desenvolvida aqui.
Iniciativas como estas são de aplaudir. Portugal precisa de melhorar a sua auto-estima e banir os eternos maledicentes que por aí pululam. Quem "cospe na sopa" não a deve comer. Valorizar o "ser português" e estabelecer uma ligação mais forte e positiva com o País, inscrevem-se nos objectivos da rede de talento português global que conta já mais de 15.000 associados. Vale a pena conhecer o site "Star Tracking - A Odisseia", clicando aqui.

Vão faltar médicos. Saiba porquê...

Publicada por José Manuel Dias

O gráfico e a notícia (do Público) dão um contributo para a compreensão do problema que tenderá a agravar-se a partir de 2013 (ano a partir do qual 40% dos médicos de família estão em condições de se reformar). Informação via Sindefer, aqui.

Reforçar a competitividade

Publicada por José Manuel Dias


Um grupo de bancos europeus organizou-se em consórcio, liderado pelo Santander Totta, para permitir a Carlos Moreira da Silva, presidente da BA Glass (que controla a BA Vidro, ex-Barbosa e Almeida), avançar com uma proposta de compra da área internacional de embalagens em vidro do grupo francês Saint Gobain.Caso se confirme, o negócio envolveria um investimento de cerca de quatro mil milhões de euros e permitiria à empresa portuguesa, com sede em Avintes, dar um salto significativo na sua expansão e ganhar dimensão mundial. A proposta de negócio já chegou à administração da multinacional francesa, embora não seja ainda do conhecimento de todos os accionistas.
A compra da unidade de embalagens de vidro da Saint-Gobain, se tiver luz verde, vai exigir da parte de Moreira da Silva (cuja empresa factura anualmente cerca de 230 milhões de euros) um investimento de quatro mil milhões de euros, só comparável à oferta pública de aquisiçãolançada pelo BCP sobre o BPI. E é por esta razão que a transacção está a ser equacionada com grande ponderação e discrição. Mas a sua concretização permitiria à BA Vidro consolidar uma importante posição internacional.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Aumentar a capacidade instalada, alargar mercados, reforçar a competitividade...

Leonard Cohen - If it be your will

Publicada por José Manuel Dias

Que chatice!!

Publicada por José Manuel Dias


O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Governo irá fazer um investimento de 400 milhões de euros na área da Educação nos próximos sete meses, nomeadamente na instalação de Internet em todas as salas de aulas.
Um dos projectos, adiantou, visa a instalação de Internet em todas as salas de aula. Além disso, irá ser aumentada a velocidade da banda larga nas escolas para um mínimo de 48 megabites por segundo.O Governo pretende também, segundo o primeiro-ministro, instalar uma rede de vídeo-vigilância nas escolas para aumentar a segurança e pretende criar um novo cartão estudante, "para acabar com o dinheiro nas escolas". "O maior investimento nos próximos sete meses será na Educação", salientou.
Fonte: jornal Público, aqui.
O reforço do investimento no sector da Educação é uma boa notícia. Generalizar o acesso à internet e às tecnologias de comunicação foi sempre uma exigência dos Sindicatos. Agora que o Governo se compromete com a sua implementação, não faltará quem diga: "Que chatice!! (*)"
(*) Retiram-nos uma das nossas bandeiras de luta.

O trabalho, os pobres e a gandulice

Publicada por José Manuel Dias


Alguém consegue convencer um jovem que nunca teve que estudar ou trabalhar a carregar um balde de cimento ou a apanhar amêndoas aos 20 anos? Duvido muito, com essa idade quem nunca fez nada na vida descobre que em Portugal o melhor estatuto é o de gandulo, até porque graças às preocupações dos sociólogos, governantes e estatísticos são uma espécie protegida.
Uma boa parte dos nossos apoios sociais não são outra coisa senão o financiamento da gandulice, mas isso é coisa que os nossos cientistas sociais nunca perceberão, eles nunca souberam o que é ser pobre. Não percebem que enquanto vão ficando felizes com os resultados estatísticos do seu trabalho vai germinando entre os portugueses uma profunda revolta contra toda esta hipocrisia, porque há muita boa gente que nunca precisou de roubar e superou a pobreza trabalhando e sem quaisquer apoios sociais.
Há um profundo divórcio entre a abordagem de elites bem pensantes e com complexos de culpa e o povo que nunca lhe passou outra coisa senão trabalhar para ganhar a vida, as elites fazem estudos bem pagos para explicar a pobreza e acabam por confundir pobreza com outros fenómenos bem diferentes, ainda que convergentes nos resultados. Não conseguem perceber o mais elementar e confundem o pobre que ganha pouco ou está no desemprego com aquele que é pobre porque não quer trabalhar.
Transcrito do blogue O Jumento, a ler na íntegra aqui.

Premiar os melhores

Publicada por José Manuel Dias


O aluno que em cada escola obtiver a melhor média de conclusão do Ensino Secundário vai receber um prémio de mérito de 500 euros, atribuído pelo Ministério da Educação já em Setembro.
Premiados serão ainda os melhores alunos dos cursos profissionais e tecnológicos, que tenham obtido a melhor classificação final, anunciou o Ministério tutelado por Maria de Lurdes Rodrigues.
Com o galardão, pretende-se "reconhecer e valorizar o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e desempenho escolares" dos melhores estudantes de cada escola do ensino público ou privado, bem como das escolas profissionais.
Notícia completa no Jornal de Notícias, aqui.
Já tinha sido criado o Prémio para o Melhor Professor, faz, também, sentido, criar o Prémio para o aluno que em cada escola tiver melhor classificação. Há que premiar os melhores. É um sinal claro para todos: o esforço traduz-se em resultados e os bons resultados são ainda mais recompensados.

Maior rigor, mais transparência....

Publicada por José Manuel Dias


O novo código dos contratos públicos (CCP) entra hoje em vigor, depois de apenas ontem terem sido publicadas as dez portarias que vão regulamentar este novo diploma.
Este Codigo vem estabelecer novas regras para a contratação de empreitadas de obras públicas e para a aquisição de todo o tipo de bens e serviços a que, a partir de hoje, se deverão submeter toda a administração pública (central e local) bem como as empresas públicas que não estejam a operar em mercados abertos à concorrência.
Uma das principais novidades, em termos procedimentais, e que vai obrigar a um grande esforço de adequação das entidades contratantes, bem como dos fornecedores, prende-se com a obrigatoriedade de todos os concursos serem lançados pela forma electrónica.
As portarias regulamentares publicadas definem, também, como deverá ser feita a divulgação, no Portal dos Contratos Públicos (http://www.base.gov.pt/), onde passarão a estar publicitados todos os contratos celebrados por ajuste directo (sem tal publicitação os contratos não têm eficácia jurídica), assim como a publicitação obrigatória dos actos de modificação do contrato que representem valor superior a 15% do preço contratual.
Fonte: Jornal Público, aqui.
As preocupaçõe expressas são salutares - maior simplificação, com recurso à via electrónica e maior transparência, divulgação de todos os contratos com ajuste directo superior a 15% - e poderão concorrer para um maior rigor na gestão das empreitadas públicas com óbvias vantagens para o erário público. Sucede que a experiência ensina que entre as intenções e as realidades vai, por vezes, um passo de gigante. Eventuais discrepâncias poderão, no entanto, ser assinaladas pelo Observatório de Obras Públicas e pela Comissão de Acompanhamento. O futuro dirá se os propósitos de "eficiência, eficácia e economia" serão alcançados...

Magalhães

Publicada por José Manuel Dias



O primeiro computador 'Magalhães', o mais barato do mercado português, sai da fábrica em Setembro e destina- -se a crianças dos seis aos 10 anos. O investimento, a realizar na fábrica de Matosinhos, para produzir o PC deverá criar cerca de 1000 postos de trabalho.
Hoje no Pavilhão Atlântico em Lisboa numa cerimónia presidida pelo primeiro ministro, o Governo e a norte-americana Intel, que conta com a presença do seu presidente Craig Barret, assinam um acordo estratégico para a criação da "Iniciativa Magalhães", nome escolhido em homenagem ao navegador português Fernão Magalhães que comandou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. A iniciativa tem três grandes objectivos. O primeiro deles é a criação do computador também denominado Magalhães, desenvolvido em consórcio pela Intel, com a JP Sá Couto, uma empresa que já tem hoje uma unidade de produção de equipamentos informáticos em Matosinhos e com a Inforlândia, uma sociedade também portuguesa. "Iniciativa Magalhães" pode assim, por um lado, facilitar o acesso dos portugueses a computadores de baixo custo e, por outro lado, promover a incorporação de produção nacional nesses equipamentos. O produto, pelas suas características inovadoras e de preço permite cumprir o segundo e terceiro objectivo da "Iniciativa Magalhães", que é disponibilizar equipamento informático e serviços de implementação, a preços acessíveis, para programas e iniciativas de carácter educacional a desenvolver noutros países, ou seja, exportar. E fornecer, já no próximo ano, portáteis para todos alunos portugueses do primeiro ciclo, adequados à suas realidades e exigências. Fonte: Diário de Notícias desta data, aqui.
De acordo com o jornal Público, aqui, vão ser distribuídos 500.000 computadores aos alunos do primeiro ciclo do ensino básico, no âmbito do novo programa “e.escolinhas”, uma réplica de um outro programa, o “e.escolas”, que nasceu o ano passado. Contudo, no caso dos computadores "Magalhães", e ao contrário do que acontecia no programa “e.escola”, a opção de ligação à Internet é facultativa.

Trabalhar para as estatísticas?!

Publicada por José Manuel Dias


A média da segunda fase do exame nacional de Matemática A do 12º ano não atingiu os nove valores, registando um resultado pior que o do ano passado (9,3) e contrariando, assim, a tendência positiva da primeira época em que a média foi de 12,5 valores – a melhor dos últimos anos. Nas restantes disciplinas registou-se uma melhoria global dos resultados, ainda que sejam inferiores aos da primeira chamada, com 16 a subirem a sua média e 70 por cento a terem resultados positivos.Matemática A obteve piores resultados que no ano anterior, passando de 9,3 para 8,9 valores, o que significa que 24 por cento dos estudantes chumbaram, face aos 18 por cento de 2007.
Fonte: Jornal Público, aqui.
E o que dizem agora os críticos da Ministra da Educação? Vão acusá-la de trabalhar para as estatísticas?

Bons conselhos

Publicada por José Manuel Dias


Assim, no caso de recorrermos a crédito, os empréstimos devem ser contraídos quando o nosso rendimento está abaixo da média do que prevemos obter no futuro, pagando-os em épocas em que os nossos rendimentos são superiores a essa média.
Por isso, ao contrairmos dívida, não devemos apenas avaliar as nossas capacidades de pagamento com base nos rendimentos actuais.
O importante é avaliar se, quando pagarmos a dívida, iremos ter activos e aptidões produtivas que nos permitam gerar rendimentos capazes de manter os nossos padrões de vida actuais.
Olhar apenas para os rendimentos correntes no momento da contracção de dívida para consumo é como olhar para a lua. Esquecemos a sua face negra, e vemos apenas a sua face iluminada, uma cara simpática a dizer nos que a vida vai melhorar. Teresa Lloyd Braga, Professora da Universidade Católica no jornal Expresso
aqui.

Rihanna - Cry

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Viagens na minha terra (1)

Publicada por José Manuel Dias


Aldeia da Pena, no concelho de S. Pedro do Sul. Um lugar único, longe de tudo, no fundo dum vale, onde o silêncio é apenas quebrado pelo canto dos pássaros.
Contam- se 20 casas, construídas à base de xisto e lousa. Ainda se podem ver alguns espigueiros. Lugares destes são cada vez mais raros. Temos de enfrentar a íngreme descida 2,5 Km da estrada que serve a aldeia antes de vislumbrar um cenário de sonho.
Uma visita que "vale bem a pena".

Sempre a crescer

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Barak Obama in Berlin

Publicada por José Manuel Dias

Fui ver "isto" e já voltei

Publicada por José Manuel Dias

Os destruidores

Publicada por José Manuel Dias


No decorrer da história, sempre houve construtores e destruidores. Os primeiros cultivaram a terra, edificaram cidades, desenvolveram as ciências. Os outros, em geral pastores incultos mas óptimos guerreiros, saquearam e destruíram o que os primeiros tinham construído. Os grandes construtores foram os egípcios, os gregos e os romanos e deixaram-nos um imenso património constituído por edifícios, cidades, templos, estradas e também ciências como a filosofia, a literatura e o teatro. Pelo contrário, os destruidores como os godos, os vândalos, os hunos só nos deixaram ruínas e a recordação do terror que semeavam à sua passagem.Na política – e por vezes também nas empresas – repete-se um pouco aquilo que acontece nas guerras de conquista. Há políticos que procuram o poder para pôr em prática um programa próprio. Nessa altura, destroem aquilo que consideram estar errado para dar lugar ao novo. Posicionam dirigentes e colaboradores fiéis mas se encontrarem pessoas de valor também as convidam para trabalharem no seu projecto. Mas também há políticos que apenas desejam o cargo em si, que não têm nenhum sonho nem nenhum projecto para realizar. Quando chegam ao poder, a sua primeira preocupação é destruir o que o antecessor construiu, mesmo que excelente, para poderem brilhar.Não podemos esquecer que tudo aquilo que fazemos, quer se trate da nossa casa, de um livro, de uma canção, ou de uma escola, é uma materialização de nós mesmos. É algo a que damos o que temos de melhor, o que queremos oferecer aos outros, o que desejamos que nos sobreviva. Quem destrói e trava os outros fá-lo por não ter nada para dar e apenas sentir inveja. Pelo contrário, quem cria, realiza e edifica, mesmo quando é ambicioso, mesmo quando é autoritário, tem uma alma generosa, e realiza-se através de coisas que são úteis para os outros.
Francisco Alberoni no Diário Económico, aqui.

Simply Red - Sunrise

Publicada por José Manuel Dias

Alemães ou marroquinos?

Publicada por José Manuel Dias


"Os portugueses têm uma produtividade marroquina mas vivem como alemães". Era esta, aproximadamente, a ideia que, há uns anos, surgiu escrita num artigo do "Wall Street Journal" em que era analisada a situação da economia portuguesa e o progressivo endividamento das empresas, famílias e Estado. O cenário pouco mudou desde essa altura e, periodicamente, instituições nacionais e estrangeiras vêm recordar o país de que algo vai mal, sendo necessário mudar de hábitos".
João Cândido da Silva, em artigo de opinião no Jornal de Negócios, aqui, alerta-nos apara necessidade de de retomarmos os hábitos de poupança.

Faço minhas as palavras do Luís

Publicada por José Manuel Dias


Ao tentar aceder ao o Jumento recebe-se (por vezes) uma mensagem de barramento e o aviso do Blogger a informar que se trata de um Blog com conteúdo reprovável. Basta responder que se quer continuar para que o Blog fique acessível. No entanto, trate-se de uma brincadeira de mau gosto feita por alguém que se acha com graça, ou de uma tentativa por quem não gosta dos conteúdos de o Jumento para o inviabilizar, não posso deixar de me associar ao repúdio que a acção merece.

Irresponsabilidade sindical

Publicada por José Manuel Dias


Fernando Pinto, presidente da TAP, repetiu a ronda de reuniões com os sindicatos. Em cima da mesa colocou uma proposta de redução de custos com pessoal, que inclui, por exemplo, a redução dos ganhos extraordinários e a suspensão do adiantamento de subsídio de doença. Os representantes dos trabalhadores recusaram. O acordo disponibilizado ontem pela administração da transportadora estatal, que registou prejuízos de 102 milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2008, contém cinco medidas de natureza laboral, que integram a lista de 84 acções designada por Plano de Emergência.No documento disponibilizado aos sindicatos, a TAP propõe a "manutenção dos níveis de emprego", ou seja, garantias de que nenhum trabalhador será despedido, e a "preservação dos ganhos regulares fixos", colocando de parte reduções e aumentos salariais.
Jornal Público, aqui.
Por este andar - 102 milhões de euros de prejuízos de Janeiro a Maio - e com sindicalistas destes que " reinvindicam actualização de remunerações em 2008" e não estão disponíveis para "sacrifícios viladores dos direitos dos trabalhadores" não tarda que a imagem deste post - um avião em pleno voo - seja apenas uma imagem de arquivo. Registe-se que a Administração da TAP comprometia-se a "manter os níveis de emprego" mas parece que os representantes dos trabalhores estão apostados em dar razão a John Kohlsaat.

Deve Portugal negociar com a Venezuela?

Publicada por José Manuel Dias


No caso da Venezuela a crítica roça o ridículo já que o regime político ainda está muito longe do da Coreia do Norte e a presença de uma grande comunidade portuguesa obriga a ter algum cuidado diplomático. Mas se a questão é a defesa dos direitos humanos pode colocar-se a mesma questão em relação a muitos outros países, não apenas Angola ou a Líbia.
Teríamos que quase cortar relações económicas e diplomáticas com uma boa parte dos países do mundo, reduzindo-as à Europa, Oceânia, América do Norte e meia dúzia de países da América Latina, África e Ásia. Isto é, um país sem recursos naturais e cuja economia depende das exportações teria de viver orgulhosamente só, mais isolado ainda que nos tempos de Salazar.
Um pequeno país como Portugal não se pode dar ao luxo de reduzir as relações económicas com Angola por causa do Eduardo dos Santos, com a Rússia por causa do Putin, com a Líbia por causa do Kadafi, com a Venezuela por causa do Chavez, com a China por causa do Tibete e por aí adiante. Em nenhum país do mundo os governos confundem os sentimentos em relação a terceiros países com os interesses nacionais, no caso de um país com as dimensões de Portugal isso seria mesmo desastroso.
É evidente que muitos dos românticos que leio nos jornais ou na blogosfera têm uma situação económica que lhes permite viver bem independentemente da situação económica do país, falam de barriga cheia.
Transcrito coma devida vénia do blogue O Jumento.

A eficiência fiscal e o contribuinte

Publicada por José Manuel Dias


A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) deu ordem aos serviços de finanças para que intensifiquem a pressão sobre os contribuintes com dívidas fiscais. As ordens foram enviadas na passada segunda-feira para todas as repartições de finanças do país depois de os serviços centrais terem verificado que os objectivos de cobrança relativos ao primeiro semestre estavam abaixo do previsto.
Maior celeridade na realização de penhoras e na venda dos bens penhorados; maior frequência no contacto por e-mail e telefone com os contribuintes com dívidas para que estes regularizem a sua situação tributária; e maior atenção aos grandes devedores e às dívidas que resultam da não entrega ao fisco de impostos retidos, são algumas das instruções enviadas às repartições pela Direcção de Serviços de Gestão dos Créditos Tributários (DSGCT) num documento a que o Público teve acesso.
Notícia desenvolvida pelo Jornal Público, aqui.
O Estado tem a obrigação de garantir à população um conjunto de serviços essenciais (segurança, educação, saúde,...), o que só é possível se, em contrapartida, os cidadãos contribuirem, por via dos impostos, para o financiamento necessário. Pagar impostos é, pois, um acto de cidadania. Com os impostos, redistribui-se riqueza, transferindo dos que mais têm, para os que mais precisam. Melhorar a eficiência fiscal, garantindo que os contribuintes em falta pagam o que devem, é, pois, uma obrigação do Estado. Só todos pagando o que devem, podemos todos pagar menos.

A lista, as dívidas fiscais e o aeroporto

Publicada por José Manuel Dias


São 3,164 mil milhões de euros, 1,9% do PIB, o suficiente para deixar quase a zeros o défice orçamental de 2008 ou construir o novo aeroporto de Alcochete. Este é o montante da dívida já detectada e reclamada pelo fisco aos mais de 12 mil contribuintes, identificados na lista dos devedores, de acordo com dados da Administração Fiscal, a que o DN teve acesso.Os 7672 particulares - entre os quais oito dezenas estão acreditados como devendo, cada um, mais de um milhão de euros - "escondem" do fisco cerca de 1,5 mil milhões de euros em impostos como o IVA e IRS. Estes contribuintes estão notificados e já foram objecto do "contraditório" efectuado pelas Finanças, o que garante a autenticidade das dívidas.Não pagam porque.... cada um dos devedores terá uma história a contar, mas são os próximos candidatos a execuções fiscais a patrimónios e rendimentos, como salários ou pensões.
[...]
Desde meados de 2006, data da publicitação dos primeiros devedores, a administração fiscal já emitiu mais de 67 mil notificações e conseguiu recuperar 462 milhões de euros a contribuintes que estiveram nomeados na lista negra. Nos primeiros seis meses deste ano, o valor recuperado pelas Finanças já atinge os 160 milhões de euros. Apesar de estarem na lista, os devedores estão a enfrentar execuções fiscais.
No Diário de Notícias desta data, aqui.
A publicação da lista de devedores relapsos por parte da DGCI permitiu recuperar 462 milhões de euros mas se todos os que constam da lista pagassem, o valor arrecadado atingiria 3.164 mil milhões de euros, o montante necessário para construir o novo aeroporto de Alcochete.

Katie Melua - On The Road Again

Publicada por José Manuel Dias

Não há duas sem três...

Publicada por José Manuel Dias


O primeiro-ministro, José Sócrates, recebe hoje o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao fim da tarde, em São Bento, onde deverão ser assinados acordos bilaterais económicos, com especial incidência nos domínios das obras públicas, habitação e energia. Este será o terceiro encontro entre Sócrates e Chávez em menos de oito meses, depois de uma primeira deslocação do chefe de Estado venezuelano a Portugal em Novembro.
[...]
Um dos acordos em preparação entre os executivos de Lisboa e de Caracas é o da ampliação do porto de La Guaira - infra-estrutura visitada por Sócrates em Maio e que é um dos principais pontos de abastecimento à capital venezuelana. De acordo com a carta de intenções assinada em Caracas durante a deslocação do primeiro-ministro português, um consórcio nacional de empresas nacionais, liderado pela Teixeira Duarte, deverá ganhar uma obra de 415 milhões de euros, cujos trabalhos de construção deverão arrancar a curto prazo. A Teixeira Duarte está ainda envolvida em projectos para a construção da "barragem de Duas Bocas e obras hidráulicas auxiliares" - infra-estruturas estimadas em cerca de 190 milhões de euros. Ainda ao nível de acordos económicos, empresas portuguesas deverão construir habitação social em centros urbanos venezuelanos, enquanto na área da energia eólica a EDP vai dar apoio do ponto de vista técnico e de transferência de energia aos trabalhos que a petrolífera venezuelana, a PDVSA, tem nas Caraíbas.
No Jornal Público, aqui.
Portugal e a Venezuela têm muito a ganhar com o desenvolvimento das relações económicas. José Sócrates tem dado passos decisivos nesse sentido, como se infere da notícia. São boas notícias para as empresas portuguesas e para os portugueses e, como se vê por algumas reacções, más notícias para os que rejubilam com as más notícias. É a vida...

Universidades: estratégia e competitividade

Publicada por José Manuel Dias


Apesar das férias, a qualidade da gestão e estratégia das universidades públicas entrou na agenda por terem coincidido no dia de ontem a divulgação pelo Tribunal de Contas de um relatório crítico para quatro universidades estatais e a reunião inconclusiva dos reitores com o primeiro-ministro.
Por coincidência (ou talvez não), as quatro universidades (Algarve, Évora, Beira Interior e UTAD) que fazem fraca figura no relatório do Tribunal de Contas são das que dizem correr o risco de fechar as portas se o Governo não as salvar com um envelope financeiro de emergência. O CRUP (Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas) foi pedir a Sócrates 100 milhões de euros, alegando o aumento dos seus encargos para a Caixa Geral de Aposentações.
Independentemente da razão que assista às universidades nesta questão, o problema de fundo prende-se com a incapacidade de boa parte das nove universidades públicas de se adaptarem aos novos tempos em que a palavra de ordem é ser mais eficiente, reduzir custos e aumentar receitas.
As universidades não podem continuar sentadas à espera que o dinheiro venha ter com elas. Têm de aumentar drasticamente as receitas próprias, o que implica serem úteis às empresas. Não podem continuar sentadas à espera que os estudantes vão ter com elas. Têm de competir para conquistar os alunos. E deviam recorrer a soluções mais imaginativas de gestão, sem incorreram no risco de irem parar ao quadro negro do Tribunal de Contas.
Do editorial do Diário de Notícias de hoje, aqui.
Gerir é fazer escolhas, é tomar decisões. Definir estratégias em função dos objectivos que definimos. Optimizar a gesão dos recursos que nos estão alocados. Agradar a uns e desagradar a outros. Exige competências específicas. Gerir uma universidade não é tarefa fácil. Um bom professor mesmo que doutorado é sempre um professor. Um entre outros. O receio de desagradar é, sempre, inibidor de decisões difíceis. Passar o problema para "cima", exigindo mais recursos financeiros, está em linha com o tradicional" porreirismo". Todos ficam contentes menos o contribuinte.

Vivaldi - Summer

Publicada por José Manuel Dias

Eficiência, Eficácia, Economia...

Publicada por José Manuel Dias


Dívidas a fornecedores que ascendem a seis milhões de euros; prazo média de pagamento a fornecedores de 44 dias; contas bancárias sem revelação contabilística; sistemas deficientes de controlo interno para aquisição de serviços ; ou realização de despesas sem a devida autorização, são algumas das situações detectadas pelo Tribunal de Contas numa auditoria horizontal realizada à área das “aquisições de bens e serviços” de quatro instituições de ensino superior. Universidade do Algarve (UA); Universidade da Beira Interior (UBI); Universidade de Évora (UE); e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro foram as instituições avaliadas e onde o Tribunal de Contas diz existirem, em 2005, dívidas a fornecedores que ascendiam a seis milhões de euros, sendo que apenas 39 por cento destas verbas se encontravam reflectidas contabilisticamente.
O relatório do Tribunal de Contas surge no mesmo dia em que o primeiro-ministro, José Sócrates, recebe o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), um encontro marcado após este organismo ter denunciado em Junho os graves problemas financeiros das instituições universitárias em 2008, que rondariam os 100 milhões de euros.
No Jornal Público, aqui.
Eficiência, eficácia, economia, exigência, rigor e excelência devem ser as palavras chave das Universidades. Como se conclui pelo Relatório do Tribunal de Contas, aqui, há muito a melhorar no que concerne à gestão financeira. Uma melhoria tanto mais urgente quanto é certo que o Presidente do CRUP pretende "reforço orçamental" para fazer face à alegada "grave situação financeira das universidades".

A Pente-Fino

Publicada por José Manuel Dias


"(...) o consumo voltou a cair" diz Pedro Duarte no Diário Económico no subtítulo.
No texto lemos "Segundo os indicadores de conjuntura do Banco de Portugal relativos a Julho de 2008 hoje divulgados, em relação ao consumo privado, no trimestre terminado em Maio o índice de volume de negócios no comércio a retalho, divulgado pelo INE, aumentou em termos reais 0,4%, face ao período homólogo do ano passado."
E para abrilhantar a aldrabice, uma só até ficava mal, o Pedro lá acrescentou o habitual "voltou" no "voltou a cair".
Miguel Carvalho, no Blogue Pente Fino, aqui.

Copo meio cheio ou meio vazio?

Publicada por José Manuel Dias


O saldo negativo da execução orçamental nacional situou-se nos seis primeiros meses do ano nos 1,9 mil milhões de euros, uma redução de 29,8% face ao défice de 2,7 mil milhões de euros verificado no período homólogo de 2007.
Segundo os dados divulgados ontem pela Direcção Geral do Orçamento (DGO), entre Janeiro e Junho, a Receita Corrente cresceu 3,3% para os 19,56 mil milhões de euros, sendo que a receita proveniente de impostos directos aumentou 6,7% para os 7,75 mil milhões de euros e a de impostos indirectos.
Fonte: Diário Económico, aqui.
O abrandamento da economia portuguesa, que forçou o Governo e o Banco de Portugal a reverem as suas estimativas de crescimento, já está também a afectar o ritmo de cobrança de impostos, colocando em causa os objectivos definidos no Orçamento do Estado (OE) para 2008.
De acordo com o boletim de execução orçamental publicado ontem pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), a receita fiscal cresceu 2,4 por cento durante a primeira metade deste ano, um valor que fica abaixo dos 3,8 por cento previstos no OE. Em especial, nota-se um ritmo de cobrança bastante lento ao nível dos impostos sobre o consumo, aqueles que sofrem de forma imediata com o abrandamento da economia.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Se pretende ter uma opinião baseada na sua leitura é só espreitar aqui o Boletim Informativo da DGO.

Os maus créditos vêm dos "bons tempos"

Publicada por José Manuel Dias


O crédito mal parado aumentou 24 por cento em Abril, mas continua a valer apenas 1,9 por cento do total dos empréstimos concedidos, de acordo com os dados do boletim estatístico do Banco de Portugal hoje divulgados.O aumento do valor dos empréstimos concedidos (11,4 por cento), para 106,8 mil milhões de euros, fez com que se mantivesse o peso relativo das dívidas não pagas em 1,94 por cento do crédito total. Maio foi o quinto mês consecutivo de aumentos do crédito malparado.
Desse malparado, cerca de 68 por cento é relativo à habitação e 31 por cento é de crédito ao consumo.
Fonte: Jornal Público, aqui.

Mariza- Oh gente da minha terra

Publicada por José Manuel Dias

Será bom que corras

Publicada por José Manuel Dias


Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que o leão, ser mais veloz ou será morta.
Todas as manhãs, um leão acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que a gazela mais lenta, ou morrerá de fome.
Não interessa se és um leão ou uma gazela. Quando o sol se levantar será bom que corras.
Provérbio africano

Azeite português

Publicada por José Manuel Dias


Uma empresa andaluza comprou a Herdade da Enxara, um olival de 400 hectares na zona de Avis. Com este negócio, a sociedade Bogaris soma cerca de quatro mil hectares de olival no Alentejo, com rendimentos por campanha que poderão atingir os 19 milhões de euros, de acordo com a empresa.
Herdade da Enxara é a quinta aquisição da Bogaris Agriculture desde 2003, ano em que comprou a Herdade do Sobrado. Neste olival de 1200 hectares está a ser construído um dos maiores lagares europeus, com capacidade de moagem de 45 milhões de quilos.
A empresa conta em Portugal com uma superfície total de olival de 4004 hectares, 3525 dos quais são de superfície plantada, tanto em regime intensivo como em superintensivo.
O objectivo da empresa é transformar-se, no prazo de dois anos, no maior produtor integrado de azeite virgem da Europa.
Fonte: Correio da Manhã desta data, aqui.
Os agricultores portugueses queixam-se (para esta pesquisa encontramos 40.500 entradas no Google!!), os espanhóis produzem azeite português. Aqueles querem, por regra, mais subsídios, rendimentos garantidos, sem desenvolverem esforços para encontrar as melhores alternativas de produção em ordem a conseguir a desejada competitividade, estes investem, tomam riscos e procuram alcançar objectivos. Estes ajudam a diminuir o défice externo, aqueles parece que gostavam de ser funcionários públicos.

Lou Reed e Luciano Pavarotti - Perfect Day

Publicada por José Manuel Dias

Problema? Resolve-se (*)

Publicada por José Manuel Dias


Os reitores e o ministro do Ensino Superior discutiram hoje formas de resolver os problemas financeiros das instituições relativos ao ano de 2008, usando um fundo da tutela que rondará entre os 10 e os 15 milhões de euros.
Não há acordo quanto a transferências concretas de verbas. Não ficou claro quais as verbas que cada universidade vai receber. O que está claro é que para 2008 os problemas vão ser resolvidos. Há um entendimento e um fundo [do Ministério do Ensino Superior] para isso, que rondará entre os 10 e os 15 milhões de euros", disse à Lusa hoje fonte ligada ao processo.
"Os problemas ainda estão longe de estarem resolvidos, mas estão a abrir-se vias de diálogo e de resolução que podem, eventualmente, chegar a bom porto", adiantou o reitor da Universidade de Coimbra.
Na semana anterior, o CRUP denunciara a "grave situação financeira das universidades", que se traduz num défice real de tesouraria e na impossibilidade de cumprir compromissos.
Quando um problema tem só uma solução não se pode dizer que seja um problema difícil, um problema difícil era se não tivesse solução ou se tivesse mais do que uma", observou na altura o presidente do CRUP. De acordo com Fernando Seabra Santos, "a solução é o reforço orçamental". "O Estado não pode senão suportar os seus compromissos e a contratação e os salários dos funcionários públicos. É um dever inalienável do Estado", frisou o presidente do CRUP.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Problemas de tesouraria não são problemas para o Magnífico Reitor porque no seu entender existe uma solução óbvia: "reforço orçamental" que o mesmo é dizer dinheiro de todos nós. Alcançar melhores resultados com menos recursos, arranjar formas alternativas de sustentação financeira através do estabelecimento de parcerias com empresas privadas, não são coisas que pareçam ser equacionadas. A solução mais fácil é sempre a mais tentadora...
(*) com mais dinheiro dos impostos

Sol na eira e água no nabal

Publicada por José Manuel Dias


Nas empresas o ideal seria os trabalhadores poderem fumar umas cigarradas, ganhar horas extraordinárias por cada minuto para além do horário, preservando o direito à cigarrada nessas horas, ganhar muito mais, ser impossível qualquer despedimentos e mesmo assim a empresa ser competitiva, ser capaz de concorrer em simultâneo com as congéneres europeias e asiáticas. Também no mercado do trabalho o ideal seria ter sol na eira e água no nabal.
E que bom que seria se o Estado pudesse fazer tudo o que o PCP vai propondo e ao mesmo tempo fossem garantidos níveis dos défices e da dívida pública que não impedisse o crescimento que o mesmo PCP exige? Se há professores no desemprego encolhem-se as turmas, um centro de saúde e uma escola primária em cada aldeia, criação de emprego público para compensar o desemprego no sector privado assegurando o direito constitucional ao emprego, reposição das borlas de Abril no ensino e na saúde, etc., etc., etc.. Quem não gostaria? Seria como ter sol na eira e água no nabal, mas Abril é isso mesmo, criar o paraíso por decreto-lei e se alguém estiver contra convoca-se a cintura industrial de Lisboa e cerca-se o parlamento.
Enquanto os outros povos procuram responder à crise os políticos e grupos corporativos continuam apostados em encontrar uma solução para que possamos ter sol na eira e água no nabal, é isso que prometem aos portugueses e exigem dos governos.
Um post de leitura imperdível no blogue O Jumento, aqui.

Isto agora fia fino...

Publicada por José Manuel Dias


Vinte e nove pessoas foram constituídas arguidas por suspeita de envolvimento numa rede que praticava crimes de fraude fiscal qualificada e associação criminosa no sector da construção civil, após a Polícia Judiciária ter realizado ontem 48 buscas simultâneas a empresas do ramo, foi hoje anunciado.Segundo a Judiciária, a alegada rede vendia facturas falsas, emitidas em nome de empresas de construção civil, na sua maioria "sociedades unipessoais e empresas de vão de escada, sem instalações e com domicílios fiscais inexactos", o que as tornava dificilmente localizáveis.
Fonte: Jornal Público, aqui.
O combate à fraude e à evasão fiscais é mais do que uma necessidade (aumentar receitas) é uma obrigação pública. A fraude distorce a actividade económica, condiciona a qualidade dos serviços e pode obrigar a aumentar a nossa carga fiscal. Acções como as que a notícia descreve são, pois, merecedoras de aplausos. A massificação dos controlos informáticos através da partilha de dados entre vários organismos tem contribuído para a melhoria da eficiência fiscal. Existirá, ainda, uma grande margem para melhoria, se atentarmos no facto da economia informal se estimar em cerca de 20% do PIB. Justifica-se, assim, dar continuidade às acções contempladas aqui (Relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais).

Marisa Monte - Não é fácil

Publicada por José Manuel Dias

FMI - Conclusões Preliminares da Missão

Publicada por José Manuel Dias


"Estão a ser tomadas medidas decisivas, centrads no sector público, para corrigir os desequilíbrios acunulados durante os anos 90, e os resultados estão a ser visíveis. As condições mundais mais frágeis tornam mais difícil e urgente fazer face aos desafios económicos de Portugal. As políticas deverão tirar partido dos progressos recentes e evitar pôr em causa os objectivos de longo prazo para obter ganhos de curto prazo. Isto significa que se deverá prosseguir a consolidação e as reformas orçamentais, mantendo a solidez do sistema financeiro e prosseguindo a implementação de reformas do lado da oferta, para tornar a economia mais produtiva e flexível e reactivar o processo de convergência".
Das Conclusões Preliminares da Missão Portugal 2008, Consulta ao abrigo do Artigo IV, Lisboa 14 de Julho de 2008. Para ler o relatório clicar aqui.

Os chineses do Ocidente

Publicada por José Manuel Dias


Uma diplomata que tinha vivido longos anos na China e, mais tarde em Portugal, dizia que os portugueses eram o «chineses do Ocidente». E explicava: os chineses nunca vão directo ao assunto, dão voltas e mais voltas antes de lá chegar e sempre em termos velados. Os portugueses fazem o mesmo: aproximam-se indirectamente, percorrem espirais, caminhos ínvios e barrocos até abordar claramente a questão.
Gil, José, Portugal hoje, o medo de existir, Relógio D´Água, Lisboa (2005)
Tendo em conta a minha experiência de vida sou forçado a concordar com o que escreve José Gil.

Negócios da China

Publicada por José Manuel Dias


Enquanto noutros mercados as marcas medem a qualidade e ajudam as pessoas a fazer escolhas, na China são promotoras de estatuto”, resume Doris Ho, consultora da Sprout Brands na Ásia. Colectivista e massificada, a sociedade chinesa é muito sensível ao impacto que a imagem provoca nas decisões de compra individuais. Daí haver forte motivação para a compra de marcas de prestígio. Nos últimos anos, as preferências de compra têm vindo a alterar-se: os consumidores com rendimentos crescentes deixam produtos fracos, preferindo os de qualidade média, enquanto os consumidores de alto rendimento diversificam as suas compras, tanto na gama de luxo estrangeira, como na oferta interna.
Tatiana Canas, no Semanário Económico de hoje, com leitura integral aqui.
Um artigo que nos fornece uma panorâmica sobre a evolução da economia chinesa, focalizando-se nas diversas estratégias que os investidores estrangeiros têm seguido para captar negócios. Leitura recomendada.

Menos Desempregados

Publicada por José Manuel Dias


O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego caiu 1,6 por cento em Junho, face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Segundo a agência «Lusa», no final de Junho encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 382.498 desempregados, menos seis mil indivíduos que no período homólogo.
[...]
As ofertas de emprego nos Centros de Emprego subiram 2,8% para 15,9 mil no final de Junho, com aumentos em todas as regiões excepto o Algarve e o Norte.
Fonte: Blogue Agência Financeira, aqui.

Isto anda tudo ligado

Publicada por José Manuel Dias


A diminuição da tensão entre o Irão e o ocidente e os receios de que os preços energéticos elevados e o abrandamento económico façam reduzir a procura de petróleo constituíam as causas para o recente enfraquecimento do valor do ouro negro. Enquanto em Nova Iorque, o preço do petróleo “light” transaccionava-se a 131,41 dólares o barril, em Londres o petróleo de “Brent” valia 133,25 dólares, sensivelmente menos 14 dólares (8,82 euros) do que o valor recorde de 147,27 (92,79 euros) registado a 11 de Junho passado.
Fonte: jornal Público desta data, aqui.

Ensinar pelo exemplo

Publicada por José Manuel Dias



Dar o primeiro passo. Alinhar esforços. Acreditar na capacidade colectiva. Concretizar objectivos.

Diz quem sabe...

Publicada por José Manuel Dias


A recente revisão do Código do Trabalho a que o governo chegou em Junho com os parceiros sociais é um passo em frente no mercado laboral, diz hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) numa análise que faz sobre Portugal.
Nas conclusões preliminares no âmbito do artigo IV do FMI, os especialistas do Fundo dizem que o acordo vai "facilitar a flexibilidade interna nas empresas" e "dinamizar os processos de despedimentos". A introdução de uma taxa de três por cento a pagar pelas empresas que tenham ao serviço trabalhadores com recibos verdes deve ser "reconsiderada", aconselha o FMI, já que as experiências portuguesa e de outros países da União Europeia mostram que esses contratos de trabalho se têm mostrado "críticos" para aumentar o emprego.
Fonte: Jornal Público, aqui.

Na rota do petróleo?

Publicada por José Manuel Dias


O primeiro-ministro português, José Sócrates, inicia hoje uma visita oficial de 24 horas a Angola, tendo no topo da agenda um encontro com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Jornal Público desta data, aqui.
Depois da Líbia (Outubro de 2005), Angola (Abril de 2006), Brasil (Agosto de 2006), Rússia (Maio de 2007), Venezuela (Maio de 2008) , Argélia (Junho de 2008), José Sócrates volta a Angola. O reforço da proximidade do nosso primeiro ministro com Khadafi, Chávez, Eduardo dos Santos e Lula, coloca Portugal na rota do gás e do petróleo. Claro que a política não chega mas o que está a ser feito é um forte incentivo à consolidação de parcerias comerciais que nos coloquem a coberto de males maiores. Uma atitude avisada de quem joga, também, fortemente, no campo das energias renováveis.

Trabalho e sucesso (*)

Publicada por José Manuel Dias


A DGIDC promoveu recentemente um Encontro Internacional sobre o Ensino da Matemática, tendo organizadp uma exposição com mais de 100 posters sobre projectos no âmbito da disciplina e sobre boas práticas curriculares e de formação. Se pretender ter acesso aos 100 posters basta fazer um clique aqui. De seguida, surge-lhe um Mapa de Portugal dividido por concelhos. Terá de clicar em cima de cada concelho para ter acesso aos posters apresentados.
(*) só há um lugar no mundo onde a palavra sucesso vem antes da palavra trabalho, é no dicionário.

Ler na Rede

Publicada por José Manuel Dias

A boa notícia já não é notícia?

Publicada por José Manuel Dias


O número de vítimas mortais nas estradas portuguesas diminuiu 10% nos primeiros seis meses e meio deste ano relativamente ao mesmo período de 2007, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) ontem divulgados. De acordo com a ANSR, de 1 de Janeiro a 13 de Julho morreram em acidentes nas estradas portuguesas 375 pessoas, menos 10% que em igual período do ano passado, quando se registaram 422 vítimas. Os dados revelam ainda que no mesmo período 1 269 pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto nos primeiros seis meses e meios de 2007 houve 1 595 feridos graves.
Ler aqui, Diário de Notícias de ontem.

Público e Privado: reformas convergem

Publicada por José Manuel Dias


O jornal Público faz aqui menção a um estudo efectuado por economistas do BP que analisa os efeitos da alteração do Estatuto de Aposentação sobre o montante temporal das aposentações, o montante das pensões iniciais e a despesa da CGA.
Como é consabido, as alterações verificadas em 2005, vão na linha do preconizado já em 1993, num Governo de Cavaco Silva, de procurar fazer convergir o sistema de pensões dos funcionários públicos, a Caixa geral de Aposentações, para o regime aplicável à generalidade dos trabalhadores.
Do estudo referido, apresentado aqui (páginas 115-135), ressaltam as seguintes conclusões:
- o Estatuto gera o adiamento do ano de passagem à aposentação (com reforma completa);
- a grande maioria dos inscritos antes de Agosto de 2003 vai ver diminuido ligeiramente o valor da sua pensão, havendo, no entanto, casos em que o aumento do respectivo tempo de serviço pode levar a que o valor da pensão passe a ser maior;
- a redução da despesa com o pagamento de pensões é estimada em 20% do PIB de 2005.
O Público escolheu como título para o artigo "Funcionários Públicos podem perder até 18% do avlor da reforma" quando poderia ser outro "Acabam funcionários públicos de primeira (antes de Agosto de 1993) e de segunda" ou ainda " Diminuem desigualdades na garantia dos direitos dos cidadãos". Caberá, por fim, recordar que as pensões garantidas pelo sistema de aposentação dos funcionários públicos representam, ainda, em termos médios o triplo das pensões do regime geral da segurança social e que existia um sério problema de sustentabilidade financeira da Caixa Geral de Aposentações, que obrigava transferir anualmentes centenas de milhões de euros do Orçamento do Estado. De acordo com as considerações do estudo "a alteração legislativa que foi objecto de análise tem como efeito o prolongamento da vida activa e uma redução da despesa com o pagamento de pensões, o que vai de encontro das razões que a motivaram".

Porquê uma sociedade aberta?

Publicada por José Manuel Dias

Retomo o convívio com os leitores do Diário de Aveiro, depois de uma interrupção de alguns meses, agora numa crónica com um nome distinto: Sociedade Aberta. A mudança não será substancial, mas terá um espírito mais marcado, que o seu título sintetiza.
Embora a expressão venha do filósofo
Henri Bergson, o nome é inspirado no da obra do grande pensador Karl Popper, “A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos”. A sua alma procurará estar de acordo, em grande medida, com as ideias aí defendidas por aquele filósofo, que tão bem compreendeu, descreveu e marcou a actual sociedade ocidental. Recuso qualquer pretensiosismo da minha parte, embora reconheça o abuso da expressão que deu nome a uma das suas obras mais conhecidas. Porém, julgo-me absolvido por recorrer ao seu pensamento inspirador, o que, com a devida humildade, mais não é que o reconhecimento da sua importância para a nossa sociedade.
Ângelo Ferreira, no seu novo Blogue Sociedade Aberta
Sugiro uma espreitadela ao blogue deste meu amigo. As seguintes serão ditadas pelo gosto da primeira.

Um "ataque" aos direitos...

Publicada por José Manuel Dias


Os trabalhadores da empresa ferroviária EMEF não têm direito a usar uma hora do seu horário de trabalho para irem ao banco levantar o ordenado, que é pago por transferência bancária, sob pena de lhes ser aplicada falta injustificada. A empresa, que tinha sido multada pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), tinha afinal razão, de acordo com uma sentença do Tribunal de Trabalho de Abrantes a que o Correio da Manhã teve acesso.
Fonte : Correio da Manhã desta data, aqui.
A EMEF é uma empresa participada a 100% pela CP. A prática de ir receber o salário ao Banco remontava ao final da década de 70. Os sindicalistas afectos a uma das centrais sindicais queriam que os trabalhadores tivessem direito a uma hora por mês, durante o horário de trabalho, para poderem ir ao Banco dar uma vista de olhos pelas respectivas contas bancárias. Essa luta até teve direito a cartazes, ver aqui. Se é certo que dos 600 trabalhadores da empresa só 30 solicitavam regularmente e por escrito o pedido da hora, não é menos verdade que agora os trabalhadores vêem perdidos "direitos adquiridos", para usar a expressão Cgtpiana.

Não estamos imunes...

Publicada por José Manuel Dias



O Banco de Portugal baixou a sua previsão do crescimento económico deste ano para 1,2 por cento, uma diminuição de oito décimas em relação à previsão anunciada em Janeiro e que era de dois por cento. O boletim económico de Verão sustenta esta revisão em baixa na deterioração de quase todas as componentes macroeconómicas, em particular na forte quebra do investimento, que passa a crescer apenas um por cento, contra os 3,3 por cento apontados em Janeiro passado, da procura interna, que recua para um por cento (era 1,4 por cento no início do ano) e nas exportações (abranda para 4,4 por cento, menos cinco décimas do que em Janeiro).
Fonte: Público, aqui.
Não estamos imunes à crise internacional mas estamos muito melhor preparados para enfrentar as difculdades que no tempo, não muito distante, em que o défice orçamental se situava acima de 5%. Agir estrategicamente é, pois, tarefa de todos, e não apenas "deles", do Governo". Pena é que a nossa oposição se limite a expressar a satisfação pela crise sem apontar uma qualquer solução e se limite a dizer que "Não há dinheiro para nada!".

Eles não são loucos

Publicada por José Manuel Dias


Porque é que finlandeses e alemães acreditam em nós, investindo milhões de euros na criação de centros de investigação e desenvolvimento na área das telecomunicações no nosso país ? Será que são loucos?
Vejamos. Há um ano, dois dos gigantes mundiais das telecomunicações fundiram-se, dando origem à Nokia Siemens Networks. Em Portugal, o novo conglomerado incorporou a área de telecomunicações da Siemens.
Pois bem, um ano depois do arranque, a Nokia Siemens Networks criou mais 466 postos de trabalho especializados em Portugal, resultantes: 1) do arranque em Maio de 2007 do Centro de Inovação de Aveiro, desenvolvido em parceria com a Universidade de Aveiro; 2) da criação, em Junho, de um novo Global Network Solutions Center em Lisboa, o segundo a nível mundial, como parte integrante da estratégia de serviços da NSN; 3) da criação em Setembro de um novo Centro de Inovação Global, no Taguspark, em Oeiras, como resultado da cooperação entre a NSN, a Universidade Técnica, o IST e a Tagusparque.
Mais recentemente, a NSN assinou um protocolo com a Universidade de Aveiro e a Fundação para a Ciência e Tecnologia, visando a criação de uma Cátedra NSN, com o objectivo de desenvolver projectos de investigação e desenvolvimento nas telecomunicações.
Pode dizer-se que se não fosse João Picoito, o principal responsável pela NSN em Portugal, todo este investimento não teria acontecido. Mas se Picoito não mostrasse resultados também não conseguiria convencer alemães e finlandeses a reforçar a aposta que estão a fazer em Portugal e nos nossos técnicos.
A resposta à pergunta inicial é que eles apostam e acreditam em nós porque obtemos resultados tão bons ou melhores que os outros centros da NSN. Ou seja, não, eles não são loucos.
Nicolau Santos, na coluna de opinião Cem por Cento, Expresso de sábado p.p..

Leonard Cohen - Chelsea Hotel

Publicada por José Manuel Dias

Leonard Norman Cohen actua dia 19 em Lisboa. Um concerto a não perder para apreciadores de "um dos dos mais importantes e influentes compositores dos nossos tempos, uma figura cujo trabalho alcança maior mistério e profundidade à medida que o tempo passa".

Dólar afunda-se...

Publicada por José Manuel Dias


O dólar baixou hoje para o valor mínimo histórico, cotando-se cada euro nos 1,6038 dólares, antecipando eventuais declarações do presidente da Reserva Federa e do secretário do Tesouro norte-americano sobre os efeitos da crise de crédito no abrandamento da economia do país.
[...]
“Os mercados estão a reagir negativamente á retoma da crise do crédito nos EUA e isso está a atingir o dólar”, explicava à Bloomberg online Roberto Mialich, da Unicredit Markst & Investment Banking, com escritórios em Milão. “Os mercados estão a especular que Bernanke [presidente da Reserva Federal dos EUA] irá traçar um cenário sombrio sobre a economia do país”, antecipava ainda o mesmo analista.
Fonte Jornal Público desta data, aqui.
A desvalorização do dólar é bem a expressão dos problemas estruturais que afectam a maior economia do mundo e que se reflectem, também, no nosso país. A competividade das nossas exportações para a terra do Tio Sam fica prejudicada, bem como para países que usam a nota verde como referência. Mas há sempre um lado bom nestas coisas: o custo da factura dos combustíveis não vai ser tão penalizante.