Ser empreendedor

Publicada por José Manuel Dias


QUERER SER empreendedor significa fazer opções essenciais no domínio do balanço entre actividades profissionais, desportivas, familiares para evitar ser uma pessoa estranha, isolada na vida. Não pode ser um eremita estranho nos comportamentos, isolado num convento ou laboratório. A diversidade de vivências é um elemento essencial para que de repente, “caia do céu” uma solução ou quase solução. Às vezes é quase um só sinal (a maçã a cair da árvore) para que muitos sacrifícios e estudos anteriores, de repente, façam sentido para encontrar uma lei (teoria da gravidade, ou lei da correlação da massa e energia).
O empreendedor nunca é derrotado para sempre e espera sempre pelo tal “click” que, de repente, junta várias ideias próprias, ou de outros, e é capaz de transformar tais ideias num produto, ou processo, ou novo serviço.
[...]
Para terminar e comentando o título que me foi dado, direi que um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE.
A opinião de Belmiro de Azevedo, no Jornal de Negócios, desta data. A ler na íntegra aqui.

A pior crise

Publicada por José Manuel Dias


A actual crise financeira desencadeada pelo colapso da bolha imobiliária, nos Estados Unidos, marca também o fim de uma era de expansão do crédito assente no dólar como a moeda de reserva internacional.É uma tempestade muito maior do que qualquer outra ocorrida desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Para compreender o que está a acontecer, precisamos de um novo paradigma. Esse paradigma está disponível na teoria da reflectividade que propus pela primeira vez, há 20 anos, no meu livro "The Alchemy of Finance" (A Alquimia dasFinanças).
George Soros, Público, uma opinião que merece ser lida, aqui.

O que eles dizem

Publicada por José Manuel Dias


"Arrisco mesmo: a remodelação, se houver, vai ser tudo menos radical. Os verdadeiros pesos continuarão por lá e as mexidas não serão profundas. Não porque Sócrates não saiba o que deve fazer, mas porque entende que não o deve fazer agora. Ganharia pouco ou nada com isso e faz mais sentido deixar as medidas radicais para os momentos em que se pode mudar tudo numa vida. E há muito poucos momentos assim".
O Governo quer baixar os encargos com a dívida pública e captar recursos junto das famílias a um custo mais baixo? Os contribuintes devem agradecer a preocupação com a boa gestão do dinheiro que entregam ao Estado. Mas, sendo muito ou pouco, é apenas isso que está em causa. Se os investidores se derem ao trabalho de comparar a rendibilidade previsível dos novos certificados com algumas soluções concorrentes, são bem capazes de fazer o jeito de os ir deixando agonizar.

Obesidade: um problema de todos

Publicada por José Manuel Dias


A obesidade é uma doença que continua a aumentar no nosso país. 39,4% dos portugueses têm sobrecarga de peso, enquanto que 2,4 têm peso a menos (estando em risco de contrair doenças como a anorexia nervosa), conclui o Estudo da Prevalência da Obesidade em Portugal, liderado pela investigadora Isabel do Carmo, que será apresentado hoje, no âmbito do IX Congresso Português de Endocrinologia, que tem lugar até domingo.
Semanário Expresso, desta data.
A questão da obesidade merece ser estudada com profundidade. É uma questão de saúde pública. Quem não tem cuidado com a alimentação acaba por ter graves problemas de saúde (hipertensão, diabetes, doença coronária ou acidente vascular cerebral). As escolas podem (e devem) ter um papel nuclear na formação de cidadãos responsáveis. Comer mal, exagerando nos doces, não prejudica apenas o próprio. Penaliza-nos a todos, via aumento de recursos finanaceiros afectos ao Sistema Nacional de Saúde. Prejudica, de igual modo, a qualidade de vida do grupo familiar em que se está inserido. Em tempos já abordámos esta questão, ver aqui. A discussão suscitada, na altura, merece ser recuperada. Obesidade: doença ou maus hábitos?

Portugal no Top Ten

Publicada por José Manuel Dias


Portugal ocupa a oitava posição no ranking dos países da OCDE no que se refere à velocidade no acesso à Internet em banda larga. Segundo dados divulgados por aquela organização internacional, o nosso país é o quinto mais bem classificado do espaço europeu, situando-se à frente da Espanha, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido. Notícia desenvolvida pode ser lida aqui. Efeitos do Plano Tecnológico dizem alguns...

Os portugueses e os impostos

Publicada por José Manuel Dias


A recolha de receitas fiscais via IRC foi das que mais cresceu em 2007. Como se explica este desempenho? Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças, tem uma explicação simples:
«Convivemos muitos anos com o laxismo fiscal, com a conivência social para com quem faltava às suas obrigações, com a incapacidade da máquina para combater essa situação», disse o ministro, para logo de seguir garantir que, actualmente, as coisas já não são assim.
«Hoje em dia fugir ao Fisco é um risco, que tem consequências. A mentalidade mudou», concluiu.
Prova disso mesmo «é o facto de o cumprimento voluntário ter aumentado de forma considerável», garantiu Teixeira dos Santos, que deu como exemplo o caso dos pagamentos especiais por conta das empresas. «Muitas empresas apresentavam prejuízos vários anos consecutivos. Estabelecemos uma regra que, quando as empresas apresentassem perdas mais do que dois ou três anos seguidos, seriam alvo de uma inspecção. O resultado foi que muitas empresas deixaram de reportar prejuízos», afirmou.
Retirado da Agência Financeira

Síntese de execução orçamental

Publicada por José Manuel Dias


Registe-se o ritmo de crescimento das receitas do Estado, acima dos 9% (9,2%): Realce, também, para a rubrica da despesa. O ano também fechou com números muito interessantes, uma subida bastante moderada de 3,2% das quais se destaca um crescimento ínfimo nas despesas em Remunerações certas e permanentes, de 0,8%.

Professor Emanuel Leite (5)

Publicada por José Manuel Dias


Publicamos hoje mais um texto do Professor Emanuel Leite para a divulgação do Empreendedorismo. Depois de "O que é o empreendedorismo? (parte I)", "O que é o empreendedorismo?(parte II)", "Ecoempreendedorismo", "Virtudes de um bom empreendimento" publicamos hoje "Criar empregos! Solução para o Desemprego" . Um texto que nos deve fazer reflectir sobre a realidade portuguesa. A recente reportagem da TSF "Vidas por um Canudo" põe o dedo na ferida. De nada vale ter gente qualificada, se essa mesma gente não tem oportunidade de aplicar o que aprendeu ou se se limita a esperar que outros criem o emprego que ambiciona. É por estas e por muitas outras que se justifica alterar o modelo de governação das Universidades, em ordem a conseguir uma mais eficiente alocação de recursos.

Criar empregos! Solução para o desemprego!

Publicada por José Manuel Dias

Isso parece pensar os dirigentes políticos brasileiros quando analisamos as últimas medidas anunciadas de apoio à criação de empresas. Porém, o trabalho é um bem controvertido. O desempregado aspira a trabalhar e o trabalhador aspira ócio. Ninguém está satisfeito com sua sorte.
O desemprego é um grande problema econômico e social É muito importante que todos os indivíduos tenham formação que os tornem aptos a ser empreendedor ou empregado. Uma das principais causas do desemprego é o desajuste entre a formação e a sua aplicabilidade: falta a educação para ganhar-se a vida.
Encontrar trabalho de qualidade não é algo fácil. As empresas valorizam mais as qualidades pessoais e certos conhecimentos que um título universitário. Hoje, muitos jovens universitários estão em busca do primeiro emprego quando deviam receber incentivos para criarem a sua própria empresa. O jovem universitário que é versado em conhecimentos de informática e Internet, fala inglês, detentor de alguma de experiência, oriunda de estágio supervisionado, e com disponibilidade para viajar, se lhes forem desenvolvidas qualidades pessoais como responsabilidade, iniciativa, perseverança, capacidade de trabalho em equipe, paciência e prática, temos tudo para transformar esse jovem em um empreendedor.
O trabalho de qualidade é algo bastante escasso. Os jovens acabam a freqüentar os subempregos apesar de sua preparação. Para os mais inquietos, criar uma empresa aparece como uma alternativa em seu horizonte laboral.
Quantos jovens com formação técnica, quantos titulados superiores planejam criar sua própria empresa? Quantos tentam mudar o modelo de ser empregado para tornar-se um empreendedor? Põem como sua meta tornar-se um empreendedor em oposição a ser funcionário de qualquer empresa, a preferir não sair por aí entregando seus currículos em empresas na esperança de obter um emprego.
Quem de nossos internautas estaria disposto a criar uma empresa? Quem aconselharia o seu filho (a) a criar uma empresa? O que pensam as pessoas sobre o tema empreendedor x empregado. No Brasil ainda temos muitos indivíduos a preferir ser empregados, mesmo a viver em uma era muito interessante, a nova economia: internet, informática, biotecnologia, etc., um mundo de oportunidades criadas por jovens empreendedores.
É preciso uma Nova Política de Empreendedorismo. “Desenvolver o Espírito de Empresa”, como fórmula crítica para criar emprego e riqueza com a criação de novas empresas em geral, e a contribuição ao crescimento das micros, pequenas e médias empresas em particular, são fatores essenciais para a criação de emprego e de oportunidades de formação para os jovens. Este processo tem como fundamento o fomento de uma maior consciência empresarial na sociedade nos programas de desenvolvimento plena cidadania entre nossos jovens. A União, os Estados e os Municípios, nos limites de suas competências, devem estabelecer estratégias, a fim de explorar plenamente as possibilidades que a economia local oferece aos empreendedores interessados na criação de emprego e renda.
Este texto é da responsabilidade do Professor Emanuel Leite e foi-me enviado por mail com o propósito de ser publicado no COGIR

Porque será?!

Publicada por José Manuel Dias


Porque será que Fundos de investimento controlados por estados nacionais asiáticos estão a adquirir participações expressivas em instituições financeiras americanas prestigiadas que se encontram urgentemente necessitadas de injecções de capital?
Apenas alguns exemplos:
Citigroup: $7.5 billion from Abu Dhabi Investment Authority and $6.88 billion from Government Investment Corp. of Singapore.
Morgan Stanley: $5 billion from China Investment Corp.
Merrill-Lynch: $5 billion from Singapore's Temasek Holdings, $6.5 from Kuwait Investment Authority, $2 billion from Korean Investment Corp.
Bear Stearns: $1 billion from China Investment Corp. UBS: $10 billion from the Government Investment Corp. of Singapore.

Menos 100.000 pobres

Publicada por José Manuel Dias


O estudo que o INE publicou recentemente sobre "risco de pobreza e a desigualdade na distribuição dos rendimentos" permite objectivamente concluir que:
- Houve uma redução da taxa de pobreza para 18 por cento — era 19 por cento em 2005 e 20 por cento em 2004;
- O grupo com maior incidência de pobreza , idosos, foi aquele em que a taxa mais se reduziu — passa de 28 por cento em 2005 para 26 por cento em 2006;
- O impacte das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de risco de pobreza mantém-se em sete pontos percentuais, sendo que, de 2004 para 2006, aumenta um ponto percentual o impacte das pensões.
Impõe-se retirar uma conclusão: os resultados são positivos, mas existe um enorme trabalho pela frente. A sustentabilidade do sistema de segurança social é essencial para reduzir o risco de pobreza em Portugal mas a sociedade civil não pode divorciar-se desta realidade. O Estado somos todos nós.

Efeitos da globalização

Publicada por José Manuel Dias


A Autoeuropa tem o futuro assegurado por mais uma década. O sucessor da Volkswagen Sharan vai ser produzido em Palmela, confirmou o director-geral da Autoeuropa, Jorn Reimers. Prevê-se que entre em produção corrente nos próximos dois a três anos. É uma boa notícia para as exportações portuguesas. Um contributo para o aumento do emprego - previstos 2.000 novos postos de trabalho nos próximos três anos.

Há desresponsabilização nas empresas portuguesas

Publicada por José Manuel Dias


José Calisto, consultor da Eurogroup, com 17 anos de experiência profissional na área de negociação e resolução de conflitos, em entrevista ao Semanário Económico desta data:
P - Como é que a negociação e resolução de conflitos funciona nas empresas?
JC - Quando falamos em negociação, estamos a falar de uma competência de gestão. Um gestor/líder tem de saber negociar. Qualquer gestor tem necessidade de negociar, dentro ou fora de uma organização, para cima ou para baixo, em todas as direcções da vida organizacional. Faz parte da vida do líder de uma organização prevenir e, quando não o consegue, gerir conflitos. Dificilmente se pode falar de vida sem conflitos; mas há graus de conflituosidade além dos quais entramos em entropia e esses conflitos podem ter consequências negativas. É muito difícil falar de organizações sem conflitos, daí que seja necessário lidar com eles de forma natural e competente.
[...]
P-Isso significa que a produtividade depende mais das lideranças do que dos trabalhadores?
JC - Exacto. Se uma organização é pouco produtiva a responsabilidade é da liderança. O grau de eficácia da organização é uma variável directamente relacionada com o desempenho do líder.
Para ler a entrevista completa, clicar aqui.

Portugal vai crescer acima da média europeia

Publicada por José Manuel Dias


O Banco de Portugal prevê que a economia nacional cresça mais que a média europeia em 2009, o que a confirmar-se, acontecerá pela primeira vez desde 2001. As previsões publicadas no Boletim de Inverno apontam para um crescimento do PIB português de 2,3%, em 2009, acima dos 2,1% estimados para a Zona Euro.
Notícia desenvolvida no Jornal de Negócios desta data, ler aqui.

A reforma do Sistema de Saúde

Publicada por José Manuel Dias


Hoje, a medicina exige meios de diagnóstico e tratamento que, pelo seu custo, não estão disponíveis em todo o lado. O país não é rico, tem de gerir os seus recursos (é curioso como este ideia simples é desprezada). Manter aberta uma urgência, que depois inevitavelmente chuta os doentes para o hospital adequado, é uma desperdício de tempo que se traduz em vidas perdidas ou outras sequelas. Dito de outra maneira, as ‘falsas urgências’ são o problema, não a solução. A prática dos médicos – como as hérnias do Hospital canadiano – e a existência de meios técnicos actualizados são condições essenciais para uma boa saúde pública. O resto é demagogia. E a demagogia não salva vidas: mata.
André Macedo, Debate Urgente, no Diário Económico desta data.

2008

Publicada por José Manuel Dias

Do "wonderful game" podemos tirar uma excelente lição para 2008: nunca perder de vista os objectivos, por mais ambiciosos e difíceis que possam parecer. Bom Ano Novo!