Um dia destes, George W. Bush ainda acabará por ser recordado, não como um grande estadista, mas como um grande estatista. Tudo por causa do combate aos estragos causados pelos mágicos do dinheiro fácil e pela atitude crédula de que viveremos eternamente no mundo do crédito sem fim.
O que assistimos agora é o resultado, como sempre desastroso, de mais uma forma de se conseguir mais lucros e bónus através da utilização do dinheiro de muita gente no mercado financeiro global. Ganhar dinheiro de todas as formas possíveis sempre foi glamoroso durante o século XX. Lembremo-nos dos "roaring twenties" descritos por F. Scott Fitzgerald, antes da crise de 1929. Ou dos loucos anos 60, antes da crise petrolífera. Ou de "A Fogueira das Vaidades" de Tom Wolfe, nos anos 80, antes da próxima crise. A economia e o sistema financeiro sempre viveram crises destas, em que se gastou mais do que se poupou, em que se investiu demasiado em sonhos que acabaram em pesadelos. Vivemos numa época em que a massificação da cultura da riqueza fácil (dos concursos televisivos ao investimento em derivados) se tornou global. E em que todos nos atirámos ao mar, ao som de sereias que cantavam a facilidade do crédito inesgotável. O Estado só regressou para que o dilúvio universal não aconteça devido à irresponsabilidade geral. Ronald Reagan, afinal, é que tinha uma visão simples e realista da economia: "Se se mexe, taxem-na; Se se continuar a mover, regulamentem-na; Se parar de se mexer, subsidiem-na".
O que assistimos agora é o resultado, como sempre desastroso, de mais uma forma de se conseguir mais lucros e bónus através da utilização do dinheiro de muita gente no mercado financeiro global. Ganhar dinheiro de todas as formas possíveis sempre foi glamoroso durante o século XX. Lembremo-nos dos "roaring twenties" descritos por F. Scott Fitzgerald, antes da crise de 1929. Ou dos loucos anos 60, antes da crise petrolífera. Ou de "A Fogueira das Vaidades" de Tom Wolfe, nos anos 80, antes da próxima crise. A economia e o sistema financeiro sempre viveram crises destas, em que se gastou mais do que se poupou, em que se investiu demasiado em sonhos que acabaram em pesadelos. Vivemos numa época em que a massificação da cultura da riqueza fácil (dos concursos televisivos ao investimento em derivados) se tornou global. E em que todos nos atirámos ao mar, ao som de sereias que cantavam a facilidade do crédito inesgotável. O Estado só regressou para que o dilúvio universal não aconteça devido à irresponsabilidade geral. Ronald Reagan, afinal, é que tinha uma visão simples e realista da economia: "Se se mexe, taxem-na; Se se continuar a mover, regulamentem-na; Se parar de se mexer, subsidiem-na".
Fernando Sobral, no Jornal de Negócios, aqui.
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