O futuro da Globalização

Publicada por José Manuel Dias


Algumas coisas a presente crise internacional tem vindo a tornar claras:
1. A crise financeira não foi uma simples crise de liquidez e nem sequer nesse plano foi fácil resolvê-la. O seu impacto na economia está a manifestar-se de duas formas diferentes – o declínio do crescimento e a subida dos preços – ambas igualmente perniciosas e difíceis de combater. A contribuir para essa dificuldade, está o facto de que o expansionismo monetário necessário para contrariar uma – a contracção do crédito – agrava a outra – as expectativas de inflação.2. Investidores que exigem um rendimento para as suas aplicações duplo ou triplo do da economia têm de estar preparados para incorrer nos riscos respectivos. Se for considerado que isso põe em risco a própria economia, então, tal como os trabalhadores têm de prescindir de direitos adquiridos e de conformar-se com quebras de rendimento, em nome da estabilidade e da competitividade, a moderação terá de ser extensiva aos rendimentos do capital. 3. Se é certo que os governos criam distorções, sofrem de miopia política e introduzem imperfeições nos mercados, não o é menos que, deixados a si mesmos, estes criam outras distorções e imperfeições, revelam-se ainda mais míopes e agravam as desigualdades ao ponto de as tornar insustentáveis. Pior ainda, tornou-se evidente que a eficiência, cujo estímulo justificava a desregulação e a assimetria de rendimentos, tinha afinal uma forte componente de ilusão.
Teodora Cardoso, no Diário Económico desta data, para continuar a ler clicar aqui.

1 comentários:

  1. Cleopatra disse...

    Ora aqui está o que eu sempre disse. O Mundo não é nada plano Nem pode ser.
    O tal senhor do livro, o Thomas Friedman não tem razão.