"Os próximos anos vão ser mais difíceis do que se esperava", disse Vítor Constâncio. Para o Governador do Banco de Portugal, atingir a meta de um défice inferior a 3% até 2013, "vai agora ser mais difícil", depois de no ano passado este ter subido para 9,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Constâncio admitiu que não esperava este resultado e isso reforça a necessidade de serem tomadas medidas adicionais, o que já tinha defendido anteriormente.
Quem anda por aí e está atento aos pequenos sinais sabe que o que se vê é, em muitos casos, sustentado, apenas, pelo crédito. Muitas das pessoas habituaram-se a um nível de vida que já não é compaginável com o seu nível de rendimentos. Esta crise mundial, com impacto profundo na nossa economia, está a contribuir para que essa percepção seja mais nítida. E se alguns, com consciência deste facto, arrepiam caminho, reformulam o seu estilo de vida e elegem a poupança como necessidade prioritária, outros julgam que os rendimentos reais podem subir em resultado do barulho mediático que procuram fazer. Esquecem-se que o patrão enferma dos mesmos problemas. Tem andado a gastar mais do que o devia e, agora, também, não tem quem lhe continue a financiar os défices recorrentes e, por isso mesmo, não tem outra alternativa que não seja a de conter despesas. E é bom que o faça, sem hesitações, para bem de todos. A não ser assim, as próximas gerações não vão viver pior que as actuais, vão viver muito pior.
P: Não somos uma Grécia?
R: Eu não vou por comparações, isso é mais para criar ruído do que para ir à essência do problema. Não há uma iminência de default que leve a secar as fontes de financiamento. Pode é haver a percepção de que Portugal tem um risco maior e portanto o custo a pagar [por pedir emprestado] é mais elevado. Grande parte da preocupação está em evitar as incertezas e as ameaças. Essa tarefa não é fácil e da minha experiência só há uma forma de convencer os mercados. Não adianta desfazermo-nos em lágrimas pelas injustiças que nos são feitas, nem evitar opiniões contrárias. Temos de ter a capacidade de apresentar factos que enfraqueçam as opiniões que nos são desfavoráveis. Esse é o único caminho que temos de fazer e, por isso, o orçamento é importante.
P: O Orçamento é decisivo?
R: O statement mais importante para os mercados, mais do que quaisquer declarações públicas, mais do que quaisquer comunicados, vai ser aquilo que venha a ser o orçamento.
Retirado da entrevista de Vítor Bento, Presidente da SIBS, ao Jornal i, uma leitura imperdível, aqui.
O melhor modelo de negócio para uma cidade inteligente desenvolvido até hoje e com maior probabilidade de sucesso". É assim que o professor norte-americano Robert Eccles, docente da Harvard Business School, descreve o projecto PlanIT Valley, uma espécie de "Silicon Valley" português que a start-up Living PlanIT já está a construir em Portugal, no concelho de Paredes, e que deverá estar pronto em 2013. Para Robert Eccles, a ‘smart city' que será construída do zero, a 30 minutos de viagem do Porto, é tão "interessante e inovadora" que o professor americano viajou mais uma vez para Portugal, onde estará até sexta-feira, para estudar de perto o projecto e a partir daí elaborar um ‘case study' que será apresentado nas suas aulas de MBA na Harvard Business School.
"Este caso de estudo português terá grande impacto em Harvard e já tenho provas disso", confirmou Robert Eccles ao Diário Económico.
Fonte: Diário Económico, aqui.
"Este caso de estudo português terá grande impacto em Harvard e já tenho provas disso", confirmou Robert Eccles ao Diário Económico.
Fonte: Diário Económico, aqui.
Foram apresentados os resultados do “STEPS: Study of the impact of technology in primary schools”, estudo que avalia o impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas com 1.º Ciclo do Ensino Básico da União Europeia e também do Liechtenstein, da Islândia e da Noruega.
O STEPS foi financiado pela Comissão Europeia (CE), abrange 209 mil escolas e “foi realizado pela European Schoolnet e pela Empirica GmbH, com o apoio de agentes nacionais, de investigadores, de decisores políticos, de professores e de alunos em trinta países”, permitindo concluir que se regista “um aumento do acesso e do uso das TIC”, que estas “facilitam a aprendizagem e a concretização de objectivos educativos” e que os “índices de motivação de professores e de alunos aumentaram, o que favorece o desenvolvimento de competências e a aprendizagem ao longo da vida”.
Alguém muito imaginativo e com uma maldadezinha à mistura pegou nos países do sul da Europa, avaliou-lhes o comportamento e chamou-lhes PIGS – Portugal, Itália, Grécia e Espanha (Spain). Se a este acrónimo juntarmos o I da Irlanda, a fonética mantém-se e ficamos com o grupo de países da zona euro que hoje mais sofrem com as finanças públicas. A pergunta que me interessa: como é que Portugal compara com os outros?
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Tudo ponderado, eu diria que Portugal não sai mal do confronto. Mas há dois problemas que não podemos ignorar. O primeiro é de competitividade: precisamos de produzir e de vender mais, o que passa pelo controlo dos custos. O segundo é de bom senso: na Irlanda, perante medidas draconianas, as pessoas compreenderam; em Portugal, onde ainda nem há orçamento, já se programam as greves - em nome dos sacrossantos "direitos dos trabalhadores". Assim não vamos lá.
Daniel Amaral, em artigo de opinião no Diário Económico, aqui alerta-nos para os constrangimentos em que vivemos e para as dificuldades em que alguns, por regra bem instalados, teimam em criar a todos nós.
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Tudo ponderado, eu diria que Portugal não sai mal do confronto. Mas há dois problemas que não podemos ignorar. O primeiro é de competitividade: precisamos de produzir e de vender mais, o que passa pelo controlo dos custos. O segundo é de bom senso: na Irlanda, perante medidas draconianas, as pessoas compreenderam; em Portugal, onde ainda nem há orçamento, já se programam as greves - em nome dos sacrossantos "direitos dos trabalhadores". Assim não vamos lá.
Daniel Amaral, em artigo de opinião no Diário Económico, aqui alerta-nos para os constrangimentos em que vivemos e para as dificuldades em que alguns, por regra bem instalados, teimam em criar a todos nós.
A Corticeira Amorim lançou uma colecção de rolhas capsuladas de luxo, cujo mercado-alvo são os produtores de bebidas espirituosas "Premium" a nível internacional.
A nova rolha, cujo material de base é cortiça natural, tem a designação de "Top Series" e apresenta-se em quatro gamas diferentes (Prestige, Elegance, Premium e Classic Value). No seu "design" foram introduzidos materiais complementares à cortiça, como cerâmica, madeira e metal. As rolhas podem ainda ser personalizadas com logotipos e desenhadas de acordo com as especificidades dos clientes.
Fonte: Semanário Expresso, aqui.
A nova rolha, cujo material de base é cortiça natural, tem a designação de "Top Series" e apresenta-se em quatro gamas diferentes (Prestige, Elegance, Premium e Classic Value). No seu "design" foram introduzidos materiais complementares à cortiça, como cerâmica, madeira e metal. As rolhas podem ainda ser personalizadas com logotipos e desenhadas de acordo com as especificidades dos clientes.
Fonte: Semanário Expresso, aqui.
A melhoria contínuda da proposta de valor é uma condição necessária para garantir um bom desempenho económico de qualquer empresa. Perante a ameaça de vedantes alternativos à cortiça há que encontrar formas criativas de preservar os clientes.
Em declarações ao Financial Times, a Moody's deixa um aviso a Portugal: ou se tomam medidas para reduzir o défice ou haverá corte de 'rating'. O Orçamento de Estado para 2010 é visto como um teste crucial. "Se Portugal quiser evitar um 'downgrade', vai ter que tomar medidas significativas e crediveis para baixar o défice", avisa Anthony Thomas, analista sénior da Moody's, citado pelo 'Financial Times'. A agência de notação financeira está preocupada com o défice português, que deve ter atingido 8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, quase o triplo do valor registado no ano anterior.
Nestas coisas da política já sabemos que não há culpados mas uma coisa podemos dizer: somos todos responsáveis. Depois não digam que não fomos avisados...
O problema de Portugal é que gasta mais do que aquilo que ganha. Não é único - acontece o mesmo noutros países. Mas isso gera défice. Esse défice pode ser bom ou mau. Isto é, se os gastos que provocam défice forem de investimento (ou seja, apontados a gerar retorno) isso pode ser bom. Só é preciso discutir se esse investimento é certeiro. Se os gastos, pelo contrário, forem no célebre consumo intermédio - o nome pomposo para essa despesa estúpida (água, clipes, papel, luz...) - então o défice é mau. Aplique-se a lógica das famílias: se os gastos forem maiores do que o salário para financiar jantares fora ou para manter as luzes da casa todo o dia ligadas, é despesa estúpida. Se o salário não chegar para enviar os filhos estudar no estrangeiro (e se recorrer ao crédito), é despesa virtuosa.
Martim Avilez de Figueiredo, em artigo de opinião, aqui, analisa um dos problemas com que nos debatemos: gastamos acima das nossas possibilidades e dá-nos pistas para pouparmos. Uma leitura mais do que justificada.
Martim Avilez de Figueiredo, em artigo de opinião, aqui, analisa um dos problemas com que nos debatemos: gastamos acima das nossas possibilidades e dá-nos pistas para pouparmos. Uma leitura mais do que justificada.
Pela primeira vez em muitos anos, o Natal de 2009 não provocou engarrafamentos nas operadoras móveis. Depois de terem sido batidos todos os recordes de SMS em Dezembro de 2007 - só pela TMN foram enviados mais de mil milhões de mensagens escritas -, os portugueses abrandaram o ritmo. Apesar de não haver números oficiais, já que as três operadoras deixaram de divulgar os dados em 2008, a tendência para enviar menos SMS e usar mais as redes sociais foi notória este Natal. "Houve um aumento do número de mensagens directas no Twitter e no Facebook", confirma ao i Paulo Querido, salientando que este facto se explica com disparo do número de pessoas que aderiram às redes sociais em 2009. O especialista em internet associa a queda no número de mensagens enviadas por telemóvel ao facto de "as operadores cobrarem SMS neste período".
Nem sempre damos conta mas a realidade que nos envolve vai-se alterando. Quem não estiver atento corre o risco de perder oportunidade de fazer coisas em que a relação custo benefício é mais interessante...
A bolsa nacional fechou 2009 com a maior valorização anual dos últimos 12 anos, com muitas acções a registarem fortes ganhos, depois de terem sido bastante castigadas em 2008. O PSI-20 valorizou 33,5% desde o início do ano. Este ano foi marcado pela recuperação, com os sectores mais castigados em 2008 a corrigirem das fortes desvalorizações. É o caso da Sonae que liderou as subidas ao avançar 99,08%, depois de no ano passado ter sido a segunda cotada que mais perdeu valor.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
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