De boas intenções...

Publicada por José Manuel Dias


Boas intenções, só por si, não garantem bons resultados. Esta é uma “maldição” frequente das políticas públicas.
É a conclusão que Vítor Bento retira das inconsistências associadas às contas poupança-habitação. Depois de dar o enquadramento da situação anota três reflexões interessantes. A saber:
A primeira é que mais uma vez se confirma que, como sustenta a teoria, os agentes económicos – empresas e pessoas – reagem a incentivos, pelo que se os incentivos forem errados ou erradamente definidos, os comportamentos incentivados produzirão maus resultados.A segunda é que, como a prática repetidamente demonstra, boas intenções, só por si, não garantem bons resultados. Esta é uma “maldição” frequente das políticas públicas, ainda que seja demasiado descurada. Neste caso, a rigidez criada impediu a concorrência e acabou por beneficiar os bancos e não os aforradores. Não será certamente por razões muito diferentes que os PPR também se transformaram num dos piores instrumentos de aplicação de poupança.A terceira é que nem tudo o que é racional é certo e nem tudo o que se pode fazer, se deve fazer. Mesmo os exercícios de “racionalidade” são muitas vezes míopes e só são explicáveis no horizonte de vistas curtas.
A ler, na íntegra, no Diário Económico desta data. Basta clicar aqui.

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